Navegando por Autor "Lima Neto, Everaldo Marques de"
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Item Análise comparativa entre plantios, erradicações e quedas de árvores urbanas em Recife - PE(2022-05-27) Coêlho, Claudio Brito; Lima Neto, Everaldo Marques de; http://lattes.cnpq.br/6791561445213969; http://lattes.cnpq.br/3337910994559137Ao longo dos anos, a cidade do Recife sofre continuamente com a redução da floresta urbana. A prefeitura realiza ações de plantio e manutenção recorrentes, através da Secretaria de Meio Ambiente da Cidade do Recife e da Autarquia de Manutenção e Limpeza Urbana (Emlurb). Diante disso, esta pesquisa tem como objetivo avaliar a diferença entre os números de plantios, erradicações e quedas de árvores urbanas no Recife, entre os anos de 2016 e 2020, assim como analisar a situação corrente dos plantios realizados pela autarquia. As variáveis trabalhadas estão relacionadas à posição da árvore, tanto quanto a seu endereço, quanto em relação ao entorno, características dendrométricas, fitossanidade e sinais de intervenção antrópica em seu desenvolvimento. Constatou-se um déficit de 600 árvores de rua/ano, num total de 3.568 ocorrências, atendidas para quedas e erradicações. A sobrevivência dos plantios deveria superar o percentual de 50%, no entanto, entre as sobreviventes, mais de 60% apresentaram sinais de declínio. Os plantios foram realizados com baixa variedade de espécies, sendo mais observados os ipês, os mororós e as saboneteiras. Podas mal executadas e vandalismo foram as principais causas de perda da qualidade fitossanitária. Foram detectados diversos tipos de conflitos entre as árvores de rua e o mobiliário urbano, além de várias não conformidades em relação aos padrões indicados no Manual de Arborização. Foram indicadas ações em três áreas: 1 – atividades de educação ambiental, visando aproximar a população da arborização urbana, a fim de reduzir os atos de vandalismo e a necessidade de manejo futuro; 2 – aumento da diversidade de espécies a serem utilizadas na arborização de ruas, especialmente as de pequeno porte, para reduzir os conflitos com o mobiliário urbano; 3 – reconsideração dos parâmetros indicados no Manual de Arborização, para auxiliar a melhor escolha das espécies utilizadas.Item Caracterização espacial dos fragmentos florestais em Recife/PE(2020-11-05) Fernandes, Carolina Rovira Pereira; Lima Neto, Everaldo Marques de; Silva, Marcos Francisco de Araújo; http://lattes.cnpq.br/8412606118873368; http://lattes.cnpq.br/6791561445213969; http://lattes.cnpq.br/1250249475932403O crescimento das cidades e o consequente aumento da densidade populacional geram alterações no meio ambiente natural, reduzindo a vegetação natural e refletindo na paisagem urbana. A existência de fragmentos ou habitats naturais em cidades repercute positivamente tanto na vida humana, quanto na preservação de ecossistemas. Assim, a ecologia de paisagem e suas métricas buscam analisar a estrutura espacial para entender possíveis dinâmicas e estruturas da paisagem, subsidiando o planejamento e desenvolvimento urbano. Desta forma, o objetivo do trabalho foi caracterizar a distribuição espacial dos fragmentos florestais e suas relações ecológicas e de preservação no município do Recife. A cobertura da terra, realizada a partir de fotointerpretação, foi adquirida da Prefeitura do Recife, proveniente da ortofotocarta de 2013. Esta foi analisada, obtendo acurácia por determinação do índice de Kappa de 0,88. Todas as feições florestais com, no mínimo, 15m de largura e comprimento foram consideradas fragmentos, os quais foram divididos em classes de tamanho < 0,1ha, 0,1 a 1ha, 1,01 a 10ha, 10,01 a 100ha e maior que 100ha. Para estas, foram analisadas com a extensão Patch Analyst para ArcGIS as métricas de área total, número, tamanho médio e mediano das manchas. Foi avaliada a área dos fragmentos por Região Político-Administrativa (RPA), para identificação das RPA com menor cobertura arbórea. Também foi avaliada a influência espacial do efeito de borda a cada 10 metros de 20 a 100m de borda. Além disso, foram avaliados os índices de proximidade entre fragmentos com a extensão V-LATE e a relação das classes de tamanho dos fragmentos com as Unidades de Conservação do Recife com a ferramenta Near Table. Recife apresentou 39,58% de sua área coberta por fragmentos florestais, destes 6,50% são menores que 1ha, enquanto a classe >100ha contém 74,37% da área dos fragmentos. As três primeiras classes sofrem aproximadamente 70% de influência do efeito de borda a 20m e a classe >100ha se mantém 43,75% sem ser afetada a 100m. Os índices de proximidade determinaram que, apesar de haver algumas RPA com índice de cobertura arbórea abaixo de 30% e uma lacuna na cobertura arbórea nas áreas centrais do município, a vegetação de Recife, no geral, se encontra conectada, com poucos fragmentos em isolamento total. A incidência dos fragmentos em Unidades de Conservação (UC) aumenta gradativamente junto às classes de tamanho, de forma que todos os fragmentos com mais de 100ha estão em UC ou estão diretamente ligados a elas. Notaram-se três grandes áreas que não estão englobadas por UC, onde se sugere atenção, e pequenos fragmentos que devem ser expandidos no município para maior conexão e estabelecimento de espécies. É importante que as RPA 01, 02 e 06 recebam maior atenção nesse processo, visto que estão sem cobertura florestal adequada.Item Correlação espacial entre renda per capita, área construída e cobertura florestal urbana em Recife - PE(2022-09-30) Paulo, Fernanda Vanilly de Lira; Lima Neto, Everaldo Marques de; http://lattes.cnpq.br/6791561445213969; http://lattes.cnpq.br/0175688410552482Visto que as cidades são sistemas socioecológicos complexos, é altamente importante estudar a interrelação entre indicadores socioeconômicos e naturais dentro do meio urbano. Os estudos que relacionam cobertura florestal urbana com renda encontraram uma relação positiva, porém a maioria se concentra em cidades de países desenvolvidos. Em contrapartida, países subdesenvolvidos tendem a apresentar um padrão irregular de ocupação do solo e desigualdades sociais. Desta forma, este trabalho tem por objetivo verificar se há correlação espacial entre a renda per capita, cobertura florestal e área construída na cidade do Recife, estado de Pernambuco, e, se houver, analisar se esta correlação é positiva ou negativa, com a finalidade de fornecer subsídios para um planejamento ambiental urbano mais justo do ponto de vista socioambiental. O mapa de cobertura do solo foi confeccionado pela Secretaria de Meio Ambiente e Sustentabilidade do Recife, utilizando um ortomosaico de 2013. Os bairros foram utilizados como unidade espacial básica e para os dados de renda, foi utilizado o produto interno bruto (PIB) per capita, em reais. Foram realizadas as seguintes análises: autocorrelação espacial global univariada, autocorrelação espacial local univariada, correlação espacial global bivariada e correlação espacial local bivariada. As variáveis testadas foram o percentual de cobertura florestal, percentual de área construída e valor em reais da renda per capita por bairro. A cidade do Recife apresentou uma cobertura de 1% de atividades agrícolas e aquícolas, 4,5% de água, 2,6% sem cobertura vegetal, 2,5% de área úmida, 49,6% de área construída, 37,6% de cobertura florestal e 2,1% de vegetação herbácea. O Índice de Moran para a autocorrelação espacial global univariada foram 0,339, 0,476 e 0,243 para área construída, cobertura florestal e renda, respectivamente. Para a autocorrelação espacial local univariada observou-se um aglomerado significativo de área construída HH nas regiões norte e central-norte, representando 31% dos bairros do Recife; um cluster LL (39%) formado por bairros com baixíssima cobertura florestal, e para renda per capita, existe um padrão de concentração na área central-norte da cidade (cluster HH), cercado por clusters LH e existência de clusters LL nas áreas noroeste, sudoeste e sul (periferias). Os índices de Moran para a correlação espacial global bivariada foram: cobertura florestal x renda (-0,119); cobertura florestal x área construída (-0,334); renda x área construída (0,100). Para a correlação espacial local bivariada foram encontrados clusters significativos para: cobertura florestal x renda (cluster LH 28% na região central-norte da cidade); cobertura florestal x área construída (cluster LH 29%, nas regiões central-norte e norte); renda x área construída (cluster LH 22% na região norte). Dessa forma, conclui-se que o município de Recife apresentou correlação negativa entre floresta e renda, floresta e área construída e correlação positiva entre renda e área construída, refletindo um padrão espacial que favorece populações de baixa renda quanto à proximidade com a cobertura florestal, porém esse favorecimento se deve majoritariamente à existência de remanescentes florestais que ao longo do processo histórico de urbanização da cidade foi sendo deslocado para as regiões periféricas.Item Determinação da cobertura vegetal de Olinda-PE: um subsídio a gestão florestal urbana(2019-12-03) Lopes, Iran Jorge Corrêa; Lima Neto, Everaldo Marques de; Pessoa, Mayara Maria de Lima; http://lattes.cnpq.br/4721886920195910; http://lattes.cnpq.br/6791561445213969; http://lattes.cnpq.br/3433274611248891A expansão urbana sem o planejamento adequado cria uma série de efeitos colaterais para seus habitantes, tanto ambiental quanto socialmente. Cada vez mais a vegetação vem sendo associada à qualidade de vida, devido aos comprovados benefícios que ela promove no ambiente urbano. O objetivo desta pesquisa foi classificar o uso do solo da cidade de Olinda - PE, bem como quantificar sua floresta urbana. Para isso, foram utilizadas técnicas do sensoriamento remoto, com a finalidade de gerar informações espaciais que serviram de base para o planejamento de uso e ocupação do solo urbano. Para tal foram identificadas por meio do software QuantumGIS as classes de infraestrutura urbana, água, solo exposto, vegetação e nuvem por meio da classificação supervisionada Maxver, com imagens de satélite SENTINEL-2 com resolução espacial de 10m, datadas de fevereiro de 2018. Foram determinados e quantificados os índices de floresta urbana da cidade. O município de Olinda apresentou cobertura para as classes de 6,32% de água, 12,96% de solo exposto, 59,86% de infraestrutura urbana, 12,72% de vegetação e 8,14% de nuvem. A quantidade de floresta urbana nas regiões foram variáveis, mas foram insatisfatórias para promover benefícios ambientais à população, com exceção da Zona Rural, local onde há maior quantitativo de vegetação da cidade. Observou-se que Olinda é uma cidade com baixa presença de vegetação, em comparação com algumas listadas neste trabalho. Foi possível perceber que o município carece de projetos de criação de áreas verdes e arborização.Item Diagnóstico da arborização no Parque Municipal Maria Anita Amazonas Macdowell, Camaragibe – PE(2023-09-20) Paula, Williane Victoria Matos de; Lima Neto, Everaldo Marques de; http://lattes.cnpq.br/6791561445213969Os parques são considerados uma das principais áreas provedoras de benefícios ecossistêmicos para os centros urbanos, caracterizadas pela diversidade das espécies encontradas, desempenhando função paisagística e/ou social e contribuindo para a qualidade ambiental das cidades. Diante disso, o estudo objetiva inventariar quali-quantitativamente a arborização do Parque Municipal Maria Anita Amazonas Macdowell, fornecendo subsídios à gestão das áreas verdes no município de Camaragibe – PE. Para isso, foi realizado um inventário arbóreo-arbustivo, realizado de forma quantitativa, avaliando os parâmetros de quantitativos, entre eles: número de indivíduos, espécies, altura total e circunferência a altura do peito. O diagnóstico qualitativo foi realizado avaliando os seguintes parâmetros: condições fitossanitárias, injurias mecânicas, condições do sistema radicular e condição geral do indivíduo. Além disso, foi realizada a classificação de cobertura do solo e calculado os índices de cobertura vegetal para o parque municipal. Foram encontrados 92 indivíduos entre árvores e palmeiras, distribuídos em 11 famílias botânicas e 13 espécies. Observou-se que 37% dos indivíduos apresentam altura inferior que 3 m e 59,78% DAP entre 3,7 e 18,6 cm, indicando são indivíduos jovens provenientes de um plantio recente. A qualidade da arborização do parque é considerada boa, pois apresenta 95,65% dos indivíduos com boas condições físicas sem apresentar problemas que comprometam seu desenvolvimento. Observou-se a presença de formigueiros em 31,52% dos indivíduos, apenas 4,35% apresentaram raízes superficiais. Em relação as injúrias mecânicas, 33,70% dos indivíduos apresentaram algum tipo de poda. O parque possui uma área de 18.602, 28 m2, destes 10,68% de cobertura arbórea, 61,29% de cobertura permeável e 28,03% de cobertura de pavimento. Em relação ao índice de área verde total (0,126 m2 hab.-1), índice de cobertura vegetal (0,013 m2 hab.-1) e percentual de cobertura vegetal (10,68%), os valores encontrados para o Parque foram muito abaixo do considerado satisfatório. Sendo assim, é recomendado a implementação de políticas públicas conscientização ambiental e plantio de novos indivíduos, para que no futuro seja ofertado as melhores condições ambientais para a população.Item Diagnóstico da arborização urbana provenientes de solicitações de poda e/ou supressão em unidades operacionais da COMPESA(2021-12-10) Santos, João Pedro Mesquita Souza; Lima Neto, Everaldo Marques de; http://lattes.cnpq.br/6791561445213969; http://lattes.cnpq.br/9510283556240839As unidades operacionais da Companhia Pernambucana de Saneamento (COMPESA) não dispõem de um plano de arborização, como também de um diagnóstico sistematizado dessa floresta urbana privada. Devido a tal problemática, o presente estudo teve por objetivo realizar o levantamento florístico e diagnóstico qualiquantitativo dos indivíduos arbóreos, onde buscou-se identificar os problemas correlatos ao plantio e interferências com as estruturas e/ou equipamentos das unidades, localizadas na Região Metropolitana do Recife - Pernambuco. Realizou-se a identificação dessas árvores, provenientes das solicitações de podas e/ou supressões, onde identificou-se 82 indivíduos, de 19 espécies, distribuídas em 11 famílias botânicas. A espécie mais frequente foi a Mangifera indica L., com 23 espécimes, que representa 32,92% da amostragem. A família Anacardiaceae foi a mais presente, composta por Mangifera indica L. (74%), Anacardium occidentale (19%) e Spondias mombin (7%). A maioria é de caráter exótico (65,85%) e frutíferas (68,29%). Da totalidade, 93,9% constataram a necessidade de ações corretivas do tipo poda, e 6,1% foram casos de supressão. Dentre os casos de podas, a Mangifera indica L. (29,87%) foi a espécie mais frequente. Sobre as variáveis dendrométricas analisadas, obteve-se valores médios de DAP e H, onde constatou-se que 76,82% das árvores são de médio porte e sua totalidade na fase adulta. Os aspectos qualitativos da arborização analisados foram: afloramento das raízes acima do solo (32,92%); equilíbrio de copa (copa equilibrada - 63,41% e parcialmente equilibrada - 36,58%), sem representatividade de árvores com copa desequilibrada; presença de cupins (51,22% não observado e 48,78% observado); necessidade apenas de manutenções do tipo poda (57,32%) e conflitos com estruturas e/ou equipamentos (42,68%). No tocante aos conflitos, 60% interfere em rede elétrica e 40% conflitam com demais estruturas e/ou equipamentos. Esses resultados apontam para a necessidade da adoção de um planejamento estratégico de manutenção e conservação da floresta urbana presente nas unidades da companhia.Item Diagnóstico quali-quantitativo da arborização do Parque do Atalaia no município de Escada-PE(2021-12-10) Lima, Klívia Grazielly da Silva; Lima Neto, Everaldo Marques de; http://lattes.cnpq.br/6791561445213969; http://lattes.cnpq.br/6878720904890921O crescimento acelerado e desordenado das cidades, seguido das ocupações irregulares do solo, ocasionou a substituição da vegetação urbana por edificações e estruturas viárias, dificultando o planejamento adequado das cidades e causando uma série de problemas, tais como, impermeabilização do solo, aumento da temperatura local, perda da biodiversidade e aumento da poluição sonora. A arborização urbana compreende a arborização de ruas e as áreas verdes públicas e privadas. Os parques estão inseridos nas áreas verdes públicas e são considerados espaços públicos destinados ao lazer e a recreação da população da cidade, proporcionando muitos benefícios, como o bem estar psicológico, o contato físico com a natureza e a prática de atividade física. Desse modo, a pesquisa tem como objetivo avaliar a arborização do Parque do Atalaia em Escada-PE, com a finalidade de criar um banco de dados que sirva de subsídio à gestão da floresta urbana. O estudo foi realizado no Parque do Atalaia, que está localizado no centro do município de Escada-PE. Foi realizado um inventário censo de todas as espécies com CAP (circunferência à altura do peito) ≥ 15 cm. Foram mensurados os dados dendrométricos: altura total, diâmetro de copa, CAP, DAP (diâmetro à altura do peito), área de copa e área basal. A partir desses dados foram calculados os índices morfométricos: Grau de Esbeltez, Índice de Saliência e Índice de Abrangência. Foram determinados os índices espaciais de sombreamento, de cobertura arbórea e o índice de densidade arbórea. Foram analisados também os índices de diversidade de Shannon-Wiener, o índice de equabilidade de Pielou e o índice de diversidade de Simpson. Quanto aos parâmetros fitossociológicos foram determinados densidade absoluta, densidade relativa, dominância absoluta, dominância relativa, valor de cobertura absoluta, valor de cobertura relativa, valor de importância absoluta e valor de importância relativa. Em relação aos aspectos qualitativos foi avaliada a fitossanidade dos indivíduos arbóreos, a condição geral, vandalismo, morfologia do fuste (tortuosidade/inclinação), avaliação da primeira bifurcação, condição do sistema radicular, condição de poda e conflitos. As espécies Inga edulis, Handroanthus sp. e Senna siamea juntas perfazem 56,78% da cobertura arbórea do Parque, onde apenas 36,84% das espécies encontradas foram classificadas como nativas da flora brasileira. Foi observado um valor preocupante nos índices espaciais, em contra partida a maioria dos indivíduos arbóreos encontra-se em boas condições físicas e fitossanitárias. Os conflitos entre a arborização e a rede elétrica não foram relevantes e os maiores danos observados foram decorrentes de poda e vandalismo. De modo essencial, foi sugerida a adoção de medidas de introdução de outras espécies, priorizando as espécies nativas, para promover a diversidade e equilibrar a frequência das espécies que já existem no Parque, aumentando o conforto térmico e colaborando para a melhoria estética e ecológica, evitando assim, a perda do patrimônio arbóreo municipal.Item Dinâmica da cobertura da terra (2016-2023): um estudo no Parque Natural Municipal Mata do Frio e seu entorno, Paulista - PE(2023-09-18) Lima, Richely da Silva; Lima Neto, Everaldo Marques de; Silva, Emanuel Araújo; http://lattes.cnpq.br/2765651276275384; http://lattes.cnpq.br/6791561445213969; http://lattes.cnpq.br/5078677187654553As Unidades de Conservação (UC) no Brasil são utilizadas como ferramentas para o aumento da preservação ambiental e dos ecossistemas. Porém, sem a devida fiscalização e gestão essas se tornam alvos de degradação e crimes ambientais, em destaque aquelas unidades presentes no meio urbano, que acabam por sofrer pressão antrópica. Levando em consideração as denúncias realizadas de desmatamentos ocorridos dentro do Parque Natural Municipal Mata do Frio em Paulista – PE, este estudo teve como objetivo analisar o uso e cobertura da terra dessa unidade de conservação por meio de técnicas de sensoriamento remoto, utilizando-se o Índice de Vegetação Normalizada (NDVI) para avaliar a área em um intervalo de 7 anos a partir de imagens oriundas do Satélite Planet. Para isso, foram utilizados recortes da área de estudo dos anos de 2016 e 2023, assim como foi gerado um buffer de 1 km para avaliar a área de influência. Com as imagens recortadas foi aplicado o cálculo do NDVI, e as classes foram reclassificadas de acordo com os seus valores em água, solo exposto, área antropizada, vegetação rasteira e vegetação densa. Além disso, as imagens dos anos estudados foram correlacionadas para verificar as mudanças de cobertura da terra. A partir deste estudo, verificou-se um aumento da vegetação densa na UC, saindo de 26,72% para 65,81%, além de uma redução nas áreas antropizadas de 3,33% para 1,89% da área total. Observou-se a conversão de áreas de ocupação antrópica em vegetação rasteira e vegetação densa, sendo 4,74% e 0,28%, respectivamente. Apesar destes dados positivos, observou-se o desmatamento de 1,17 ha (5,70% da área de vegetação). Em relação a área do entorno, verificou-se um aumento na área antropizada de 33,17% para 47,12% devido a expansão urbana, sendo parte dessa área antropizada reflexo de desmatamento de 67,41 ha de vegetação rasteira. Para validação da acurácia dos dados obtidos, foi utilizado o índice kappa, que apresentou valores acima de 80% (muito boa) para as imagens de 2016, e acima de 90% (excelente) para as imagens de 2023. Os resultados do estudo permitiram verificar que as degradações ambientais ocorridas na UC em questão não foram expressivas, mas puderam ser observadas, implicando na necessidade do aumento das fiscalizações e práticas de educação ambiental com a comunidade, além da realização do plano de manejo da unidade e a delimitação da sua zona de amortecimento, visto que há pressão antrópica na área circundante do Parque.Item Espacialização de áreas verdes públicas e sua relação socioeconômica em Recife - PE(2021-12-10) Fernandes, Maria Eduarda Batista Vieira; Lima Neto, Everaldo Marques de; http://lattes.cnpq.br/6791561445213969; http://lattes.cnpq.br/3221481970454260Os recursos naturais demonstram uma grande influência positiva nas cidades urbanas, trazendo conforto, criando microclimas, mantendo a umidade relativa do ar - UR, dentre outros. Em paralelo, o crescimento desordenado dos meios urbanos causou muitas consequências ao meio ambiente ao longo dos anos. Dentre estas, podem ser destacadas a especulação imobiliária nos bairros de maior planejamento urbano e poder aquisitivo. Também, por consequência da expansão urbana, houve a redução considerável da vegetação natural, refletindo diretamente na paisagem urbana e na qualidade e expectativa de vida da população. A fim de entender a influência da presença de áreas verdes na especulação imobiliária local, este trabalho teve como objetivo principal avaliar a relação existente entre a presença de áreas verdes públicas e o valor adotado para o Imposto Predial e Territorial Urbano - IPTU nas Regiões Político Administrativas - RPA da cidade do Recife, a fim de verificar se os bairros (inseridos dentro da RPA) onde se pagam os maiores impostos são, também, os que conferem maior arborização. Metodologicamente, utilizou-se o método de interpolação por inverse distance weighting - IDW, utilizando como calculador o software ESRI®Arcgis assim como na produção de mapas de distribuição espacial tanto das áreas verdes da cidade, quanto dos valores de renda, IPTU e Índice de Desenvolvimento Humano Médio - IDHMédio, verificando assim se as áreas de arborização estão distribuídas onde a população tem maior renda. Com isso pode-se perceber que as áreas verdes do Recife se concentram ao centro do município. Além disso, para estipular se os bairros do Recife se enquadram no valor mínimo de área verde por habitante estabelecido pela Sociedade Brasileira de Arborização Urbana - SBAU, foram calculados os Índices de Área Verde Total – IAVT, Índice de Área de Praças – IAVPR, e Índice de Área de Parques – IAVPA. Com isso, constatou-se que apenas a RPA 1 apresentou índice de áreas verdes acima do sugerido pela SBAU, enquanto que as demais RPA não ultrapassaram 6 m²/hab. Contudo, mesmo com índices totais das RPA < 5, alguns bairros da cidade se destacaram, como foi o caso dos bairros do Recife e Santo Antônio, referentes à RPA 1; Jaqueira e Santana, referentes à RPA 3. As RPA 5 e 6 chamam bastante atenção por apresentarem IAVT próximo à 1 m²/habitante, o que os deixa muito aquém do mínimo sugerido pela SBAU para que a população tenha uma boa qualidade de vida. Dessa forma, a cidade do Recife se mostrou ter um IAVT médio de 1,56 m²/habitante, estando abaixo do recomendado pela SBAU. É, portanto, recomendado um maior investimento em arborização e silvicultura urbana de forma especializada e igualitária, identificando áreas de inserção de novas florestas, e espaços verdes urbanos através de interpolação, como o utilizado nesta pesquisa para que dessa forma a população possa usufruir de maior qualidade de vida e mais áreas de lazer de forma efetiva.Item Estimativa do sequestro de carbono no Parque da Jaqueira, Recife/PE(2022-05-27) Melo, Anne Karoline Lima de; Lima Neto, Everaldo Marques de; http://lattes.cnpq.br/6791561445213969; http://lattes.cnpq.br/1734941378825031O plantio de árvores em áreas urbanas é uma medida eficaz para se criar um efeito de conforto e atenuar o aquecimento urbano tanto em níveis macro quanto microclimáticos. As florestas urbanas promovem diversos serviços ecossistêmicos, dentre eles, a remoção de gases efeito estufa da atmosfera, principalmente, com o sequestro do dióxido do carbono. A cidade do Recife torna-se um local propício para potenciais estudos de sequestro de carbono. Diante disso, o presente trabalho teve como objetivo estimar o estoque de carbono no Parque da Jaqueira, Recife – PE. Para tanto, o estudo foi realizado em duas etapas, a realização de um inventário florestal urbano, no qual foram identificadas as espécies e coletadas as variáveis dendrométricas daquelas que apresentaram um DAP maior ou igual a 15 cm, em seguida, os dados coletados foram tabulados por meio do software Excel® e as análises estatísticas realizadas no programa R. v.1.3.1093. Com os dados obtidos em campo, estimou-se o estoque de carbono por espécie e por blocos com a utilização da equação alométrica. A estrutura vegetal que absorveu maior quantidade de carbono foi o fuste com uma absorção média de 362,85 a 1595,90 kgC/indivíduo e as espécies nativas com maior potencial de estoque de carbono foram a Aroeira-da-praia (Schinus terebinthifolia), seguida da Barriguda (Ceiba speciosa) e por fim a Munguba (Pachira aquatica). Dessa forma, uma estratégia para a Prefeitura do Recife contribuir com a mitigação das mudanças climáticas e sequestro dos gases de efeito estufa (GEE) é mediante a criação de áreas arborizadas, parques e áreas verdes, em geral, investindo principalmente em espécies nativas que tenham crescimento rápido tanto em altura quanto em largura (DAP).Item Índices de áreas verdes e a relação com dados socioeconômicos em Recife/PE(2023-09-04) Lima Junior, Francisco de Assis de; Lima Neto, Everaldo Marques de; http://lattes.cnpq.br/6791561445213969; http://lattes.cnpq.br/6109865471506527O crescimento urbano consolidado em concreto, juntamente com a contínua supressão da vegetação, contribui para a deterioração das condições ambientais e está diretamente ligado à menor qualidade de vida. O índice de áreas verdes públicas (IAVP) é fundamental para avaliar a qualidade de vida urbana e o bem-estar da população, onde a grande maioria de espaços livres não é incorporada para a população de baixa renda. Neste estudo, buscamos analisar a distribuição de índices de áreas verdes e a sua relação com dados socioeconômicos, subsidiando o planejamento da floresta urbana em Recife-PE. Para atingir esse objetivo, foi essencial empregar dados de shapefiles que representam as áreas verdes, como praças e parques, em conjunto com informações socioeconômicas, permitindo realizar os cálculos das correlações. A cidade do Recife possui 462 áreas verdes que se enquadram como Área Verde de Convivência, Recreação, Esporte ou Lazer - AVCEL, totalizando 227,34 ha (21 parques e 441 praças), apresentou 1,48 m²/hab no índice de praças por habitante (IAPH). O IAPH oscilou de 0,44 a 3,45 entre as Regiões Político Administrativas - RPAs, destacando a RPA 6, que apresentou a maior quantidade de áreas verdes (114), no entanto, detém um dos menores índices de áreas de praça por regional – IAPR com 0,97% e um IAPH de 1,06, demonstrando que a quantidade de áreas verdes na região, não está correlacionado com os índices de áreas verdes. Somente 5 bairros dispõem de valores acima de 15 m²/hab de AVCEL, ou seja, 94,70% dos bairros não atendem aos critérios determinados pela Sociedade Brasileira de Arborização Urbana (SBAU). A maioria das AVCEL está concentrada em 14 bairros, que compreendem mais de 50% de todas as áreas na cidade. Cerca de 5,56% dos habitantes da cidade do Recife-PE, não possuem acesso a AVCEL em seus bairros. A correlação Spearman revelou que o rendimento nominal médio mensal dos domicílios (RNMD) na RPA 3, apresentou correlações moderadas e positivas com as AVCEL (0, 4936), IAPH (0,5367) e o IAPB (0,5277), indicando que bairros com maior renda tendem a ter mais áreas verdes e espaços públicos, e uma correlação negativa moderada com o número de habitantes (-0,5118), sugerindo que bairros mais ricos tendem a ter menor densidade populacional. A distribuição desigual dessas áreas influência diretamente nas disparidades socioeconômicas entre os bairros da cidade, identificando padrões de distribuição de áreas verdes, que ressaltam a importância de um planejamento urbano sustentável e inclusivo.Item Influência de variáveis biométricas de espécies florestais na interceptação pluvial da floresta urbana tropical(2023-04-25) Moura, Thiago Allain Martins Siqueira; Lima Neto, Everaldo Marques de; http://lattes.cnpq.br/6791561445213969; http://lattes.cnpq.br/4967227193918552As florestas urbanas são importantes reguladoras da água, pois reduzem a sobrecarga nos reservatórios hídricos, diminuindo a intensidade das enchentes. As árvores retêm a água pluvial e auxiliam na penetração gradual da água no subsolo, tornando-se importantes para a regulação hídrica em áreas urbanas. Esta capacidade varia de acordo com características biométricas de cada espécie e indivíduo, sendo a maioria variáveis relacionadas com a copa. Para quantificar e classificar os benefícios da floresta urbana como ferramenta de regulação hídrica, é necessário um estudo aprofundado dos serviços prestados pelas árvores. Nesse sentido, a presente pesquisa teve como objetivo avaliar a influência das variáveis biométricas de indivíduos de Senna siamea e Paubrasilia echinata na interceptação pluvial. Foi testada a hipótese de que há diferença significativa entre o volume de água interceptado pelas espécies de acordo com seus diferentes padrões biométricos conferidos pelas variáveis morfológicas, dendrométricas e índices morfométricos. Para testar a hipótese, foram selecionados indivíduos de ambas as espécies presentes na floresta urbana tropical de Recife - PE. A seleção das árvores foi baseada em critérios como tamanho, idade, saúde e localização geográfica. Foram medidas as variáveis morfológicas, dendrométricas e índices morfométricos de cada árvore selecionada, bem como o volume de água interceptado pelas árvores durante os eventos pluviométricos. Os resultados foram discutidos em relação à hipótese formulada, com a identificação das diferenças significativas encontradas entre as variáveis estudadas. Dessa forma, observou-se que as taxas de interceptação pluvial entre as duas espécies foram acima de 50% na maioria dos eventos. Em caráter comparativo, a espécie P. echinata apresentou uma interceptação pluvial ligeiramente maior do que a espécie S. siamea em quase todos os eventos. A média da interceptação do grupo P. echinata (55,99%) foi maior do que a do grupo S. siamea (46,97%). Esses resultados indicam que a espécie P. echinata pode ter uma maior capacidade de interceptação pluvial do que a espécie S. siamea. Foi avaliado que a intensidade da chuva afetou diretamente a interceptação pluvial de ambas as espécies. Em eventos com intensidade de chuva menor (0,3mm/h), os percentuais médios de interceptação das espécies foram mais elevadas (85,5%), sendo (84%) para P.echinata e (87%). Para S. siamea, enquanto que em eventos com intensidade de chuva mais alta (8,5mm/h), as porcentagens médias de interceptação foram mais baixas (36%) sendo (41,3%) para P. echinata e (30,83%) Para S. siamea. Para P. echinata, a correlação de Spearman revelou que a proporção de copa apresentou-se positiva significativa com a interceptação média (0,76), enquanto a formal de copa e o índice de abrangência apresentaram correlações negativas (-0,71). Para P. echinata, indivíduos com maiores proporções de copas mais arredondadas e menos ramificadas estiveram relacionados a uma maior interceptação pluvial. Outras variáveis avaliadas não apresentaram correlação significativa com a interceptação média. Para S. siamea, foi constatado que o estudo não encontrou correlação significativa a 5% entre interceptação pluvial e as variáveis biométricas avaliadas, sugerindo a necessidade de aumentar o tamanho da amostra e assim melhorar a precisão das estimativas e aumentar o poder estatístico do teste. No entanto, é importante destacar que a correlação não implica causalidade entre as variáveis. Foi observado que indivíduos de S.siamea da amostra apresentam características morfológicas que podem favorecer uma maior cobertura de copa e, consequentemente, maior potencial para oferta de serviços ecossistêmicos quando bem desenvolvidos, mas estão sofrendo de desbastes excessivos..Item Monitoramento de plantio experimental de mudas em diferentes padrões de desenvolvimento na arborização da cidade do Recife - PE(2023-09-19) Sayegh, Maria Carolina Cordeiro; Lima Neto, Everaldo Marques de; Torres, José Edson de Lima; http://lattes.cnpq.br/6791561445213969; http://lattes.cnpq.br/7293590726946296Na arborização urbana é comum observar conflitos entre as árvores e os elementos urbanos, o que acaba resultando em um manejo inadequado e a mortalidade do indivíduo arbóreo. Por essa razão, é fundamental a implementação do monitoramento, utilizando métodos de inventário florestal urbano. Diante do novo padrão de plantio definido pela lei municipal do Recife Nº 18.938, de 17 de junho de 2022, este estudo tem como objetivo monitorar o plantio experimental de mudas de árvores urbanas em diferentes padrões de desenvolvimento na cidade do Recife - PE, buscando oferecer subsídios ao poder público para a melhoria da arborização da cidade. Para isso, foram avaliados em 180 e 360 dias após o plantio (janeiro e julho de 2023) os parâmetros quantitativos (frequência relativa, altura e diâmetro a altura do peito), qualitativos (parâmetros fitossanitários) e a taxa de sobrevivência das mudas plantadas com padrão de diâmetro a altura do peito de 5 e 10 cm. Além disso, também foram avaliadas as espécies que mais se adaptaram às condições da região. A partir deste estudo, observou-se que todas as mudas plantadas experimentalmente foram consideradas jovens, e que, 52% apresentaram boas condições fitossanitárias. A sobrevivência do plantio experimental superou o percentual de 60%, apresentando 87% de sobrevivência em campo para as mudas com padrão de diâmetro a altura do peito de 5 cm e 62% para as mudas com padrão de diâmetro a altura do peito de 10 cm. As espécies que se destacaram por apresentar uma taxa de sobrevivência superior a 60% foram a Poecilanthe parviflora (Canela-do-brejo), Ficus enormis (Figueira), Handroanthus roseoalbus (Ipê-branco), Cenostigma pluviosum (Sibipiruna), Libidibia ferrea (Pau-ferro), Cariniana ianeirensis (Jequitibá-lilás), Pterocarpus violaceus (Aldagro), Cariniana legalis (Jequitibá-rosa), Cariniana rubra (Jequitibá-vermelho) e Peltophorum dubium (Canafístula). Conclui-se que, a utilização das árvores estabelecidas pelo novo padrão de arborização garante a redução na taxa de mortalidade das árvores plantadas, diminuindo a necessidade constante de manutenção e reposição do indivíduo arbóreo.Item Parâmetros fitossociológicos e índice de perfomance na arborização de ruas de Recife, Pernambuco(2025-02-10) Novais, Maria Eduarda Silva de; Lima Neto, Everaldo Marques de; http://lattes.cnpq.br/6791561445213969; http://lattes.cnpq.br/1071037415624656O estudo fitossociológico das árvores urbanas representa um instrumento importante para o planejamento, manutenção e gestão da arborização nas cidades. Compreender a composição florística e a estrutura fitossociológica dos ambientes urbanos é fundamental para entender a dinâmica da vegetação, além de fornecer suporte para a implementação de ações voltadas à conservação e ao aprimoramento da diversidade nessas áreas. Neste sentido, este estudo teve como objetivo analisar a adaptação e performance das espécies presentes na arborização de ruas de Recife-PE. A pesquisa desenvolvida foi realizada sobre 4 (quatro) unidades amostrais com tamanho de 350 metros x 560 metros, selecionadas de forma casual do inventário da arborização de ruas realizado por Biondi (1985), em Recife, Pernambuco. As espécies presentes nas calçadas foram identificadas e estimados os parâmetros fitossociológicos, Frequência Absoluta e Relativa (FA e FR), Dominância Absoluta e Relativa (DoA e DoR), Densidade Total, Absoluta e Relativa (DT, DA e DR), Valor de Importância Absoluto e Relativo (VI e VI%), e o Índice de Performance (IPE). Foram contabilizados 528 indivíduos, distribuídos em 59 espécies, pertencentes a 19 famílias. Observou-se que 67,86% são de origem exótica do Brasil, que é uma das principais causas de redução de biodiversidade. Dentre as espécies com maior número de indivíduos, destacaram-se Senna siamea (87 indivíduos) Ficus benjamina (64 indivíduos) e Adonidia merrillii (53 indivíduos). Na análise fitossociológica observou-se que Pithecellobium dulce apresentou a maior dominância (19,99%), seguida por Terminalia catappa (14,31%) e Senna siamea (13,85%). Em relação à densidade relativa, Senna siamea (21,48%), Ficus benjamina (16,79%) e Pithecellobium dulce (6,67%) evidenciaram uma menor diversidade de espécies nas áreas estudadas. O VI foi mais elevado para Senna siamea (13,40%), seguida por Ficus benjamina (10,97%) e Pithecellobium dulce (10,11%). As espécies com IPE acima de 1,0, destacaram-se Handroanthus impetiginosus, Hymenaea courbaril, Schinus terebinthifolia, Apeiba tibourbou, Cassia fistula, Cassia javanica, Genipa americana e Bauhinia monandra, que continuam sendo inseridas à arborização de Recife. Recomenda-se a adoção de medidas de introdução de espécies de origem nativa, e possivelmente fazer a substituição gradativa dos indivíduos contribuindo para reduzir a concentração de indivíduos em poucas espécies, com as espécies Handroanthus impetiginosus, e Bauhinia monandra, que foram promissoras em relação aos valores para IPE e VI%.Item Percepção ambiental de estudantes e profissionais de tecnologia da informação em relação às áreas verdes públicas de Recife - PE(2023-04-24) Freire, Evelyn Victória do Nascimento; Lima Neto, Everaldo Marques de; http://lattes.cnpq.br/6791561445213969; http://lattes.cnpq.br/1334017526244291A perda de profissionais de tecnologia da informação (TI) para outras regiões do país, e até mesmo para outros países, é algo que já vem sendo discutido na cidade do Recife há alguns anos. Esses profissionais saem em busca não apenas de um melhor salário, mas também de uma boa relação entre o trabalho e a vida pessoal. Em outras palavras, esses profissionais saem em busca de uma melhor qualidade de vida. Contudo, a qualidade de vida pode ser proporcionada por diversos fatores, dentre eles as áreas verdes. No entanto, apesar da percepção da população acerca dos benefícios dessas áreas ter aumentado, ela não é unânime e pode sofrer alterações ao longo dos anos. Desse modo, é necessário a realização de estudos de percepção ambiental para entender a importância das áreas verdes nos centros urbanos e como a população faz uso delas. Nesse sentido, o presente trabalho tem como objetivo analisar a percepção ambiental e uso das áreas verdes por estudantes e profissionais de Tecnologia da Informação (TI), como um recurso de qualidade de vida na cidade do Recife. Para isso, aplicou-se um questionário de percepção ambiental de forma online, através da plataforma Google forms, a estudantes e profissionais de TI que residem na cidade do Recife, e que são maiores de 18 anos. Sendo posteriormente, elaborado uma planilha no Excel para realizar a tabulação dos dados quali-quantitativo. Ao todo obteve-se 70 respostas válidas, sendo 45 do gênero masculino, 23 do gênero feminino e 2 não-binários. Ao analisar as respostas obtidas, constatou-se que apesar dos entrevistados frequentarem as áreas, eles não vão com a freqüência que gostariam. Porém, os entrevistados reconhecem a importância das áreas verdes dentro da cidade e que estão atrelados a uma melhor qualidade de vida. Percebeu-se como um dos motivos para essa resposta, a falta de segurança nessas áreas, especialmente durante o período da noite. Desse modo, é essencial que a gestão pública atente para as áreas verdes, e para como elas estão distribuídas na cidade, visando incentivar a população a frequentá-las.Item Percepção ambiental e perfil socioeconômico de frequentadores em duas áreas verdes no Recife – PE(2022-10-06) Barbosa, Júlio César Martins; Lima Neto, Everaldo Marques de; http://lattes.cnpq.br/6791561445213969; http://lattes.cnpq.br/1104545851624309O estudo da percepção ambiental é de importante relevância para entender, além da inter-relação do homem e o meio ambiente, suas expectativas, julgamentos e condutas, satisfações e insatisfações. Estes estudos proporcionam uma visão única dos sentimentos e valores desenvolvidos pelas pessoas para com o ambiente e que refletem diretamente na formação de ações sobre estes espaços. O objetivo deste trabalho é verificar se a classificação socioeconômica dos frequentadores de duas áreas verdes do Recife-PE pode influenciar na percepção ambiental dessas pessoas, quais as relações ambientais e serviços ecossistêmicos existentes e qual o reflexo na conscientização e sensibilização ambiental. Para isso, utilizou-se um questionário semiestruturado com perguntas de cunho social e ambiental e fez-se a aplicação de forma in loco com 8 visitas sendo 5 na Praça de Joana Bezerra e 3 na Praça de Casa Forte. Para análise dos dados utilizou-se o Microsoft Excel 2013 onde fez-se tabulação e organização dos dados, cálculo dos percentuais e construção dos gráficos. Como resultados, encontrou-se diferenças na questão socioeconômica entre os bairros, principalmente em relação a escolaridade e renda mensal, no entanto, as percepções ambientais do público-alvo em ambos os bairros foi positivo, com destaque para o Praça de Casa Forte. Foram observados ainda a presença de serviços ecossistêmicos nos dois locais de estudo, se destacando a melhoria no clima, qualidade do ar, lazer, recreação e atividades físicas e beleza paisagística. Com isso, conclui-se que a presença de áreas verdes influenciam na qualidade de vida da população e que se faz necessário o conhecimento da visão social para o planejamento de ações e estratégias voltadas para as comunidades.Item Percepção ambiental em comunidades do entorno de unidades de conservação no Brasil: uma revisão integrativa(2019-12-06) Santos, Talita Lopes dos; Lima Neto, Everaldo Marques de; http://lattes.cnpq.br/6791561445213969Uma ferramenta de proteção às áreas naturais e a biodiversidade são as Unidades de Conservação (UC’s) que atuam não somente na preservação dos recursos naturais, mas, também, como locais de aprendizado e sensibilização da comunidade, acerca da problemática ambiental. O desenvolvimento dessas UC’s encontra-se associado à avaliação de percepção ambiental dos diferentes grupos da comunidade do entorno, desta forma a percepção cumpre o papel de auxílio na compreensão da relação humano-ambiente. Com a realização da avaliação de percepção torna-se mais direta a identificação dos conflitos ambientais que permeiam a gestão e o manejo das Unidades, pois, estas questões refletem no processo de formulação das políticas e diretrizes que envolvem a criação destes espaços. Partindo dessa perspectiva, o presente trabalho tem por objetivo listar e identificar pesquisas realizadas nos últimos dez anos que abordaram a temática de percepção ambiental no entorno de Unidades de Conservação no Brasil, considerando como pressuposto a importância da participação da população local na gestão da área protegida. Essa análise ocorreu a partir de uma revisão integrativa de pesquisas selecionadas em cinco bases de indexadores nacionais e internacionais, seguido de aplicação de filtros de elegibilidade sobre o tema. Como resultado a consulta sistematizada identificou 725 periódicos nos últimos 10 anos, sendo que destes 53 tratavam de percepção ambiental e 25 foram executados em comunidades do entorno. Além disso, as pesquisas selecionadas evidenciam a necessidade de compreender as alterações ambientais através da percepção dos moradores do entorno visto que conhecer as bases educacionais e socioculturais das comunidades, suas relações de usos e percepções são formas mais apropriadas e democráticas para gestão das unidades. Após análises dos estudos, recomenda-se a necessidade de uma formação mais voltada para essa temática, visto a importância social e ambiental das UC’s, na promoção da sustentabilidade e de geração de renda.Item Planejamento da arborização urbana: estudo de caso da Avenida Duque de Caxias, São Lourenço da Mata - PE(2024-10-01) Cravo, Amanda Clarinda de Melo; Lima Neto, Everaldo Marques de; http://lattes.cnpq.br/6791561445213969O presente estudo teve como objetivo analisar o espaço físico disponível, indicando espécies e o custo de aquisição de mudas para a implantação da arborização viária, com o intuito de subsidiar o plano executivo para a arborização na Avenida Duque de Caxias, São Lourenço da Mata – PE. A metodologia incluiu o levantamento detalhado dos espaços disponíveis para o plantio com medição de largura das calçadas, existência de árvores, postes, placas e rampas de acesso, bem como a altura da fiação e as condições das áreas de passeio, identificando 179 intervalos viáveis, embora limitados pela presença dispersa de elementos urbanos como postes e placas de sinalização. Os resultados destacaram a necessidade de 2.130 mudas para cobrir a demanda de implantação necessária, considerando uma taxa de mortalidade de 50%. Foram selecionadas espécies de pequeno porte adequadas às larguras das calçadas e à altura da fiação, essenciais para mitigar riscos e reduzir taxas de mortalidade das mudas. O levantamento de custos junto a nove viveiros locais revelou orçamentos variáveis entre R$ 383.400,00 e R$ 440.200,00, enfatizando a complexidade e os desafios econômicos associados à aquisição de mudas em uma região com escassez de espécies nativas disponíveis. Além disso, identificou-se uma lacuna significativa na oferta de mudas de espécies nativas nos viveiros locais, sublinhando a importância de políticas eficazes para conservação da biodiversidade urbana e incentivo à produção local de mudas. Conclui-se que um planejamento integrado e participativo é crucial para o sucesso de iniciativas de arborização urbana, envolvendo ativamente comunidades locais, órgãos governamentais e instituições de pesquisa. Esse enfoque não apenas contribui para melhorar a qualidade de vida urbana, mas também para fortalecer a resiliência das cidades frente aos desafios ambientais. Este estudo não só oferece informações pertinentes para a implementação prática de projetos de arborização urbana, mas também destaca a necessidade contínua de adaptação e inovação nas políticas urbanas para promover ambientes urbanos mais verdes e sustentáveis, alinhados com as metas de desenvolvimento sustentável.Item Potencial das árvores urbanas na regulação hídrica em ruas da cidade do Recife – PE(2019-12-06) Oliveira, Bianka Luise de; Lima Neto, Everaldo Marques de; http://lattes.cnpq.br/6791561445213969; http://lattes.cnpq.br/2234337737762536As árvores urbanas possuem a capacidade de interceptar a água da chuva por meio de suas folhas, galhos superficiais e troncos, retardando o pico de vazão e reduzindo o escoamento superficial. Diante disso, este estudo teve como objetivo estimar o potencial de regulação hídrica de árvores urbanas no bairro das Graças em Recife – PE com o auxílio da plataforma i-Tree para quantificar o volume de água interceptado e o escoamento superficial evitado pelas árvores. Foi realizado um inventário arbóreo em 4 ruas do bairro seguindo os modelos e protocolos da plataforma. Os dados foram inseridos no programa i-Tree Eco v6, que possui a finalidade de quantificar e valorar serviços ecossistêmicos de árvores urbanas. Com uma interface intuitiva e de fácil utilização, o programa gerou relatórios referentes à interceptação e ao escoamento superficial evitado a nível de indivíduo e de espécies, à saúde das copas, às classes de diâmetro à altura do peito (DAP), à área de copa, à área foliar e à frequência das espécies. No ano de 2016, 137 indivíduos interceptaram 1.739,8 m³ de águas pluviais e evitaram o escoamento superficial de 355,1 m³ de água. As espécies de maior frequência foram Licania tomentosa (21,17%), Senna siamea (11,68%), Terminalia cattapa (9,49%) e Filicium decipiens (8,03%). Dentre as espécies de maior frequência, a L. tomentosa apresentou maior interceptação total e a T. catappa apresentou maior valor de interceptação média de seus indivíduos. A mesma sequência ocorreu para os valores de escoamento evitado. A espécie Lagerstroemia speciosa apresentou os menores valores de interceptação e escoamento superficial evitado. Boa parte dos indivíduos das espécies de maior ocorrência apresentaram copas em condições ruins e críticas. A espécie L. tomentosa apresentou maior área e volume de copa, seguida pela T. catappa e S. siamea. Os valores de interceptação e escoamento superficial evitado demonstraram que estão diretamente relacionados à área, ao volume e à saúde da copa. Os resultados corroboram a utilidade da plataforma nos estudos dos serviços ecossistêmicos para com a arborização urbana de cidades brasileiras. Apesar de algumas limitações para projetos internacionais, a plataforma consegue cumprir com as suas funções de forma satisfatória. Os produtos gerados pelo programa i-Tree Eco v6 pode auxiliar no planejamento e gestão das árvores urbanas.Item Sensoriamento remoto utilizado em restauração florestal: uma revisão de literatura(2025-03-21T03:00:00Z) Soares, Joseph da Silva; Lima Neto, Everaldo Marques de; Melo, Lorena Moura de; http://lattes.cnpq.br/1486808425687522; http://lattes.cnpq.br/6791561445213969; http://lattes.cnpq.br/6734386135151391A restauração florestal tornou-se uma estratégia fundamental para mitigar os impactos ambientais, promover a recuperação da biodiversidade e restaurar serviços os ecossistêmicos. No entanto, o monitoramento contínuo dessas áreas ainda enfrenta desafios tecnológicos, operacionais e econômicos, dificultando a avaliação da eficácia das iniciativas de restauração. Nesse contexto, o sensoriamento remoto surge como uma ferramenta inovadora e promissora para o monitoramento da restauração florestal, permitindo análises em larga escala com menor dependência de pesquisas de campo. Este estudo tem como objetivo analisar o uso do sensoriamento remoto no monitoramento contínuo da restauração florestal por meio de revisão bibliográfica, identificando as potencialidades, desafios no acompanhamento das áreas e na avaliação da eficácia das iniciativas de restauração. A metodologia consiste em uma revisão de literatura sobre o uso do sensoriamento remoto na restauração florestal, focando em estudos de 2000 a 2025. Foram selecionados artigos que correlacionaram sensoriamento remoto ao monitoramento de restauração, abordando eficácia, dificuldades técnicas e aplicações práticas. Os resultados indicaram que os avanços tecnológicos na área do sensoriamento remoto melhoraram a precisão do monitoramento, aprimorando a detecção de mudanças na vegetação e facilitando a avaliação do sucesso da restauração. No entanto, desafios como variações metodológicas, dificuldades de diferenciação de espécies, limitações de resolução espacial e interferência atmosférica ainda afetam a eficiência da geotecnologia. Além disso, a falta de métodos padronizados de análise de dados dificulta a comparação de resultados entre diferentes iniciativas. A integração de múltiplas fontes de dados, com algoritmos de aprendizado de máquina, tem se mostrado uma alternativa viável para superar essas limitações, otimizando a precisão das análises e tornando o monitoramento mais acessível e eficiente. Conclui-se que o sensoriamento remoto é uma ferramenta indispensável para o monitoramento contínuo da restauração florestal, contribuindo para o manejo sustentável dos ecossistemas e o desenvolvimento de ações mais efetivas.
