TCC - Licenciatura em Letras (UAST)
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Item A expressão das cores e histórias que salvam vidas em O voo da guará vermelha, de Maria valéria Rezende.(2023-03-30T03:00:00Z) Silva, Iza Maria Lopes da; Almeida, Maria do Socorro Pereira de; http://lattes.cnpq.br/3185435491287172; http://lattes.cnpq.br/7537342535632454O voo da Guar avermelha, romance escrito por Maria Valéria Rezende, publicado no ano de 2005, traz a essência das cores diante das mudanças dos sentimentos e emoções das personagens principais, Rosalio e Irene, apresentando essas personagens num cenário social em meio a exploração, excluso e desrespeito dos seus direitos. Através das contações de histórias, ora beirando a fantasia, ora beirando o factual, podemos perceber a (re)construção, o identitária dessas pessoas ao longo do enredo. Em vista disso, este trabalho objetiva identificar os aspectos simbólicos das cores e sua importância na construção do enredo, o que nos direciona para um estudo semiótico, mas È objetivo, também, observar como se revelam os aspectos socioculturais que remetem ‡s identidades dos protagonistas, refletindo sobre o papel da literatura diante do retrato sociocultural contemporâneo trazido pela obra rezendiana através de Rosalio e Irene. Diante disso, a metodologia consiste em pesquisas bibliográficas, com consulta a periódicos, revistas, livros e sites da internet. A pesquisa est· teoricamente embasada em autores como Santaella (2007), Hall (2005), Candido (2006), Pignatari (2004); Pierce (2005); Possebon (2014), Guimarães (2004), Kandinsky (1996) entre outros que muito contribuíram para o desenvolvimento do estudo. Ao longo do estudo foi possível observar que as personagens nos despertam para um diálogo humanizador que reascende e pelo poder transformador da educação, mas nos alertam, também, frente ‡s condições de pobreza e de exclusao social, problemas ainda emergentes em nossa sociedade contemporânea.Item A imagem como produtora de sentidos e a temática ambiental em Um dia um rio de Léo Cunha e André Neves(2021-12-14) Batista, Maria Joice Araújo; Almeida, Maria do Socorro Pereira de; http://lattes.cnpq.br/3185435491287172; http://lattes.cnpq.br/1180321526893283O trabalho tem por finalidade analisar e discutir a importância das ilustrações contidas na literatura infantil e abordar a respeito da temática ambiental tratada na obra Um dia, um rio, do escritor Léo Cunha e ilustrado por André Neves, uma vez que se trata de uma obra direcionada para o público infantil e que conta, em uma linguagem poética, o desastre que ocorreu na cidade de Mariana-MG no ano de 2015, quando uma usina de minérios de ferro invadiu o Rio Doce. Os autores, nesse contexto, dão voz ao próprio rio que narra sua saga antes e depois de ser tomado pela lama tóxica. Para dar suporte à pesquisa, tomamos como base alguns teóricos e críticos entre os quais estão: Almeida (2020), Costa (2017), Coelho (2000), Bettelheim (2007), Quadros e Rosa (2008), Santaella (2003 e 2012), Zilberman (2013) e Simão (2013). Ao longo do estudo foi possível concluir que a literatura infantil também pode tratar de temas sociais, culturais, ambientais, entre outros, sem, no entanto, perder a afinidade com o seu públicoItem A literatura no ensino fundamental II: uma proposta para a formação do leitor(2018) Barbosa, Geneilda de Sousa; Almeida, Maria do Socorro Pereira de; http://lattes.cnpq.br/3185435491287172Sabe-se que a leitura desempenha um papel muito importante na educação escolar de crianças, adolescentes e adultos. Através da leitura de textos literários se tem acesso aos diferentes conteúdos ensinados na escola e informações da sociedade em geral, nos permitindo ter contato com o mundo no qual estamos inseridos e interpretá-lo. Nesse sentido, o presente trabalho pretende discutir de que forma o ensino de literatura pode ser trabalhado no ensino fundamental II, buscando subsídios teóricos que permita desenvolver estratégias de ensino de literatura na sala de aula, utilizando a leitura como uma ferramenta lúdica e auxiliar no desenvolvimento da leitura do aluno. Metodologicamente optou-se por revisão bibliográfica, através da reunião de um vasto arcabouço teórico, onde nos debruçamos sobre estudos basilares de autores como: Regina Zilberman, Nelly Coelho, Marisa Lajolo, dentre outros. Enfatiza-se também o caráter crítico-analítico, haja vista que no texto constam algumas análises de textos literários, particularmente no último capítulo em que procuramos fazer uma leitura analítica do livro “A Bolsa Amarela”, de Lygia Bojunga. O trabalho está dividido em três capítulos, o primeiro capítulo aborda a questão da “literatura e escola”, apontado como o ensino de literatura pode ser incrementado na sala de aula e como ela pode ser uma aliada para a formação do sujeito crítico e reflexivo. O segundo capítulo aborda a importância da literatura infanto-juvenil, pois os alunos que estão no fundamental II precisam de uma literatura mais direcionada para a sua faixa etária. No terceiro capítulo apresentamos uma análise do livro “A Bolsa Amarela”, mostrando algumas possibilidades de leitura para essa obra e observando através de elementos simbólicos o cotidiano de muitas crianças. Conclui-se com este trabalho, portanto, a necessidade pujante do reconhecimento por parte da escola, professores e sociedade em geral, família e outros membros da sociedade, de reconhecer a importância da literatura para a formação do aluno, não apenas como atividade obrigatória da escola, mas como um instrumento transformador. Ressalta-se ainda, a importância do estudo de texto literários como ferramenta que possibilita ampliar os horizontes de interpretação do leitor, ampliando sua visão de mundo. Através da análise do livro “A bolsa Amarela”, proposta neste trabalho, pode-se ver na prática como a leitura tem o poder de gerar reflexão, inquietação, levar o leitor para o mundo da fantasia, mas sem perder o senso crítico, levando-o a decifrar códigos implícitos no texto que vão muito além do que as palavras escritas estão dizendo.Item A mulher nas letras das canções de Chico Buarque(2019) Ferreira, Rejane da Silva; Almeida, Maria do Socorro Pereira de; http://lattes.cnpq.br/3185435491287172; http://lattes.cnpq.br/7338815417526024Este trabalho tem como objetivo, discutir sobre a figura da mulher culturalmente construída como sexo frágil, apresentada nas letras do compositor Chico Buarque de Hollanda. Assim como discutir acerca da invenção desse conceito, visto que muitas mulheres não se enquadram a ele. Buscamos refletir sobre a figura da mulher submissa e também daquela que quebra tal conceito, sendo esta a mulher transgressora. Por fim entender como estes estereótipos são percebidos nas letras de músicas de Chico Buarque. A pesquisa é de cunho bibliográfico-qualitativa, tendo como respaldo estudiosos como Martha Robles (2006), Alfredo Bosi (1977), Adélia Menezes (2001), entre outros. O estudo será dividido em três partes, na primeira buscamos responder a questão “mulher, sexo frágil?”, a partir da vida de várias figuras da nossa história e também das letras do compositor. Na segunda parte, traremos um breviário bibliográfico sobre Chico Buarque, bem como suas produções como escritor, teatrólogo e suas faces nas composições musicais. Na última parte será a análise de algumas letras, apontando para a posição das figuras femininas nas mesmas. Finalizando o trabalho destacamos que a mulher é presa a estereótipos patriarcalistas e presa a conceitos nos quais, muitas vezes, ela própria se aprisiona, e para libertar-se ela deve se auto reconhecer como uma mulher forte, livre de conceitos pré-estabelecidos. O estudo nos levou a concluir que o estereótipo de mulher frágil ainda perdura principalmente na mente da própria mulher e que as letras do autor em questão, colocam ela como protagonista, partindo assim da própria voz da mulher, que fala do lugar em que ocupa.Item A perspectiva existencial e a imagem da mulher na fusão humano-ambiental em Doze Reis e a moça no labirinto do vento(2019) Silva, Auricélia Nunes da; Almeida, Maria do Socorro Pereira de; http://lattes.cnpq.br/3185435491287172; http://lattes.cnpq.br/6296537709996947O presente trabalho tem como objetivo estudar alguns contos presentes no livro Doze Reis e a Moça no labirinto do vento (2006), de Marina Colasanti, com enfoque nos contos “A mulher ramada”, “Uma concha à beira-mar” e “Doze reis e a moça no labirinto do vento”, no intuito de perceber como a figura feminina é constituída bem como observar a relação das personagens com o contexto socioambiental. Mostramos que a autora escreve contos de fada a fim de atingir não apenas o público infanto-juvenil, mas também adultos, pois o estilo empregado nas narrativas foge da tradição do “era uma vez” e do “viveram felizes para sempre”, mostrando o humano da atualidade que busca a liberdade, o amor e o sonho. Discutimos sobre a fusão humano-ambiental para melhor entender a relação entre mulher e outros elementos da natureza na obra e o autoconhecimento, determinando seu posicionamento na sociedade patriarcal. A pesquisa é de cunho bibliográfico e também buscou-se conhecer melhor a formação literária da autora e a sua constituição como escritora feminina e feminista, tanto esses aspectos quanto as análises dos contos foram embasados nos pressupostos de algumas estudiosas feministas como Martha Robles (2006), Rose Marie Muraro (1970), Ruth Silviano Brandão (2006), entre outros também importantes para pesquisa. Contudo, foi possível verificar que os contos colassantianos possuem grande significação humano-existencial, capaz de fazer refletir sobre os aspectos da realidade humana, bem como a representação da mulher na sociedade e são apresentados de maneira mágica, aludindo a mitologias cristã, grega, e africana.Item A representação externa e a verdade interna em espelho de José J. Veiga(2019) Silva, Mikaelly Keila Pereira da; Almeida, Maria do Socorro Pereira de; http://lattes.cnpq.br/3185435491287172; http://lattes.cnpq.br/0057832271208582A pesquisa tem por objetivo fazer uma análise acerca do conto Espelho de José J. Veiga, tendo por foco o objeto espelho, uma vez que tal elemento parece revelar além das aparências físicas e mostrar o que está por trás das aparências de integrantes da família que fazem parte do espaço onde tal artefato se encontra localizado. A pesquisa tem por base os estudos desenvolvidos por Chevalier e Gheerbrant (2012), Melchior-Bonnet (2016), Souza (1990), Turchi (2005) entre outros de fundamental importância para o desenvolvimento da análise. Durante todo o percurso histórico da humanidade o ―homem‖ sempre tentou (re)conhecer o outro e a si mesmo, para isso utilizava tudo que pudesse dar-lhe uma pista, uma imagem do que e de quem era, primeiro nas águas e em alguns metais, depois em um objeto feito de vidro chamado de espelho, contudo, tão fascinante objeto foi interpretado de diversas maneiras pelas diferentes sociedades. Dessa forma, o espelho vai ganhando formas e também simbolismos no imaginário social. No texto literário, ele pode representar as figuras sociais e também as personalidades de quem o ―enfrenta‖. Assim, ao longo do trabalho, foi possível observar que no conto de Veiga, o espelho reflete e transfigura as máscaras sociais, a hipocrisia em que vivem os personagens da trama. Nesse conto, o espelho não é visto apenas como um objeto comum, simples e sem maiores significados ou importância, ele é o centro, que faz com que os personagens desloquem suas experiências e mostrem quem realmente são.Item A saudade cantada na poesia popular do sertão do Pajeú(2019-12-12) Soares, Luis Ricardo Lopes; Almeida, Maria do Socorro Pereira de; http://lattes.cnpq.br/3185435491287172O objetivo desse estudo é refletir sobre a “saudade” e as formas como ela se apresenta na literatura popular nordestina em especial na poesia, com análises mais aprofundadas na produção no Sertão do Pajeú. Realizamos também uma pesquisa da palavra do latim que deu origem ao termo “saudade” na língua portuguesa em contraponto com palavras já existentes de povos originários brasileiros e que possuem o mesmo significado. Fazendo assim, um apanhado de processos históricos sobre a palavra e o sentimento, produzindo análises literárias sobre o “cantar” poético da saudade na cultura popular. Para embasamentos teóricos recorremos aos estudos de vários autores tais como Guerreiro (1987), Hall (2003), Silva (2013), Cascudo (1984) entre outros também importantes para o estudo. O trabalho encontra-se dividido em três seções com alguns subtópicos. Em princípio discorremos sobre a perspectiva do que vem a ser popular e a literatura popular bem como a pluralidade temática existente. Depois buscou-se entender um pouco mais sobre a saudade, como ela se representa em cada situação, língua, cultura etc. Finalizamos mostrando os cantos do Pajeú e a saudade cantada pelos poetas da região. Ao longo da pesquisa, foi possível observar que a saudade não tem amarras e nem uma definição e é inerente ao ser humano.Item Carnavalização e matutismo na poesia de Jessier Quirino(2019) Silva, Luana Mayara da; Almeida, Maria do Socorro Pereira de; http://lattes.cnpq.br/3185435491287172; http://lattes.cnpq.br/4817478121971125Este trabalho procura estudar a obra de Jessier Quirino no intuito de observar como a perspectiva da carnavalização se revela ao tempo em que busca também investigar como se constitui a imagem do matuto e o cotidiano sertanejo na obra do autor. O matuto sempre foi visto como um ser ‘ignorante’, não letrado e de características negativas. Jessier nos faz enxergar outra forma de ver esse sujeito como alguém esperto, de sabedoria única, assim como apresenta também o Nordeste, sempre levantando nossa bandeira, em qualquer lugar em que ele vá. Para muitos ele inventou um novo jeito de escrever. Trata-se de uma pesquisa de cunho bibliográfico e de análise para atingir o objetivo, dividimos em três partes, na primeira tentamos entender melhor o fenômeno da carnavalização para poder adentrar a obra do poeta. Depois discorremos brevemente sobre o contexto da poesia popular. Finalmente, analisamos alguns poemas de Jessier, dos quais escolhi entre três obras do autor, Agruras da lata D’água (1998), Prosa Morena (2005) e Paisagem do interior (2006), com o propósito acima descrito. Ao logo do estudo, foi possível perceber que dentro das obras do poeta, ele usa uma linguagem simples, sarcástica e por vezes subvertendo a seriedade dos assuntos abordados. Assim, vemos o quanto é importante estudar a poesia de Jessier, uma vez que além de um estilo peculiar ele tem como principal foco a cultura nordestina, mostrando os hábitos, costumes e natureza física e social do matuto, deixando claro a importância de se estudar um tema por tanto tempo negligenciado, que para nós nordestino é de extrema valia, nos deixamos mais perto do nosso contexto e mostrando a tantas outras qualidades que não são mostradas quando o assunto é Literatura popular.Item Devaneios, mitos e simbologias em a terceira margem do rio(2019) Nunes, Dinamérica Souza; Almeida, Maria do Socorro Pereira de; http://lattes.cnpq.br/3185435491287172; http://lattes.cnpq.br/9744453889452116O trabalho aqui desenvolvido tem por objetivo estudar a perspectiva dos devaneios, mitos e as simbologias presentes no conto “A terceira margem do rio”, de João Guimarães Rosa, no qual o autor conta a estória de um pai que de uma hora para outra sai de casa, do convívio familiar, deixando todos perplexos e vai viver numa canoa dentro do rio. Essa atitude do pai desencadeia toda estrutura familiar que com o passar do tempo todos os membros da família seguem seu destino dando um rumo na vida, menos o filho mais velho que permanece até o fim de seus dias, buscando uma resposta para a atitude do pai, se culpando de algo que nem mesmo ele sabe do quê se trata e vivendo preso a sombra do pai na margem do rio. Ao analisarmos o referido conto, nos deparamos com aspectos que remetem a alguns mitos assim como também nos faz perceber simbologias representadas por vários elementos postos ao longo da narrativa. Outro aspecto que está presente na obra são os devaneios, estes serão observados de acordo com Bachelard (1988). Alguns mitos como Caronte, o arquétipo do grande pai entre outros também são observados na obra. Essa abordagem sobre os mitos vai ser embasa por estudiosos da área a exemplo de Eliade (1972). No que diz respeito as simbologias encontradas no conto, nos apoiamos no parecer de Scárdua (2008). Ao longo da pesquisa foi possível observar que o conto de Rosa pode transportar o homem para uma nova perspectiva de vida num patamar subliminar.Item Diadorim e o mito da donzela-guerreira: uma leitura de Grande Sertão: veredas(2019) Lima, Gicele Geneale Santos de; Almeida, Maria do Socorro Pereira de; http://lattes.cnpq.br/3185435491287172; http://lattes.cnpq.br/8246640791043297Este estudo teve como objetivo analisar o arquétipo mitológico da donzela guerreira revelado na personagem Diadorim em Grande Sertão: Veredas, de Guimarães Rosa. Por meio do mito da donzela guerreira podemos observar como ocorre a conservação e ao mesmo tempo, a ruptura dos valores patriarcais, a inversão de papéis e como isso influi na vida e na percepção da figura feminina. A obra expõe a situação da protagonista que foi inicialmente impelida pelo pai a adotar a configuração masculina para se proteger e crescer no meio social hierarquizado dos jagunços e depois motivada a continuar transvestida para vingar a morte do pai, ou seja, lutar em nome do pai. Ela não pode vivenciar a feminilidade e assumir o amor que nutria por seu parceiro de luta. A pesquisa é de cunho bibliográfico e visa atingir os objetivos propostos com estudos de várias áreas do conhecimento, entre eles nos valemos das pesquisas de Eliade (1972), Tuan (1983), Galvão (1998), Jung (2000), Neitzel (2004), Ribeiro (2011), Almeida (2014) entre outros. Com base nas analises, observamos como os fundamentos do mito da donzela que luta, principalmente em nome do pai ou pelo pai, atravessa gerações desde os mitos nativos, perpassando os arquétipos, a literatura popular e se manifesta renovado através de várias obras da atualidade, seja no contexto cinematográfico, seja na literatura assim como Diadorim em Grande Sertão: Veredas. Estruturamos o estudo em três partes em que a primeira trata do mito e do mito da donzela guerreira, como se manifesta na literatura, incluindo conceitos e características. A segunda parte é sobre o sertão de Riobaldo e algumas personagens femininas. A ultima parte é totalmente dedicada a analisar a Diadorim e os aspectos que a tornam uma donzela guerreira. Ao final do trabalho foi possível observar que Diadorim, além de lutar em nome do pai, luta por ele e tenta ser o filho varão que ele deseja, primeiro mostra que mesmo sendo mulher pode ser uma guerreira em meio aos jagunços e depois luta em nome do pai a quem tenta honrar com a vingança pela traição e morte dele.Item Escrevivência: escrita, identidade e o eu feminino negro em Ponciá Vicêncio de Conceição Evaristo(2019) Bezerra, Simone Maria; Almeida, Maria do Socorro Pereira de; http://lattes.cnpq.br/3185435491287172Este trabalho tem como objetivo analisar como se dá a construção do eu feminino negro no romance Ponciá Vicêncio, de Conceição Evaristo, através do conceito de Escrevivência e de identidade. A autora, ao trazer como protagonista a mulher negra, a empodera de voz e vez, quebrando as correntes da subalternidade que silencia a mulher e o povo negro ao longo dos séculos, dando a eles o direito de se auto rrepresentar. Para atingir os objetivos propostos partiremos das reflexões apresentadas por alguns estudiosos dos temas em questão, a exemplo de Mirian Alves, Djamila Ribeiro, Stuart Hall, Ana Rita Santiago, Nei Lopes e entre outros. A mulher negra nessa obra deixa de ser representada e passa a se autorrepresentar, contando e recontando suas histórias através de suas próprias vivências, mostrando uma visão de dentro para fora no que diz respeito aos medos, sonhos e a vida de uma protagonista mulher e negra. A “escrevivência” de Conceição Evaristo é impregnada de sua condição de mulher negra na sociedade brasileira, que infelizmente ainda é uma sociedade em parte misógina e racista. Trata-se de uma pesquisa de cunho bibliográfico e para elaboração,traçamos um caminho com quatro capítulos. O primeiro busca conhecer melhor sobre a escrita de autoras negras no Brasil, o segundo traz um breviário sobre a obra da autora no intuito de saber mais sobre o estilo e a estética da mesma. Depois buscamos discutir algumas questões sobre ancestralidade e identidade bem como algumas perspectivas do eu feminino negro na obra.Ao longo do estudo foi possível perceber que Evaristo quebra as lentes impostas por quem fala de um gênero ou de uma etnia sem vivência ou conhecimento de causa e oferece voz a mulher negra silenciada há gerações pelo patriarcalismo e pelo preconceito racial, para que ela mesma conte sua própria história e sentimentos através de sua Escrevivência.Item Ler por prazer no ritmo do cordel(2019) Honorato, Danila Salvador; Almeida, Maria do Socorro Pereira de; http://lattes.cnpq.br/3185435491287172; http://lattes.cnpq.br/2204982655758230A presente monografia aborda discursões sobre a Literatura de cordel como um dos meios para auxiliar no processo de ensino/aprendizagem na construção de um aluno leitor, trazendo discursões sobre a importância da leitura assim como conteúdos abordados nos folhetos, e também traz algumas sugestões de trabalho com a mesma em sala de aula. Como embasamento teórico foram utilizadas fontes como Pinheiro (2018), que aborda diferentes formas de trabalhar com a literatura de cordel; Luyten (1983) e Cascudo, (2012) que conceituam e abordam aspectos extremamente relevantes sobre os folhetos e a literatura popular em geral. Candido (1980) em sua discursão sobre literatura e sociedade, Stuart Hall (2006) como base teórica para discursão sobre identidade e cultura refletidas na literatura de cordel, dentre outros. O trabalho foi dividido em três partes, a primeira traz discursões sobre a literatura popular e a erudita, abordando as características das mesmas assim como a importância de ambas para o processo de ensino/aprendizagem, a segunda parte foca na literatura de cordel sua origem e características e os aspectos culturais, trazendo algumas sugestões de uso em sala de aula, e como os folhetos podem desperta o gosto pela leitura. Com isso pudemos perceber que o incentivo ao trabalho com o cordel em atividades voltadas ao processo de ensino/aprendizagem ressaltando a importância e riquezas como cultura viva e mutável é uma atividade instigante e prazerosa.Item No limiar do inefável: a relação humano-animal na poética de Orides Fontela(2020-12-17) Beserra, Eduardo de Lima; Almeida, Maria do Socorro Pereira de; http://lattes.cnpq.br/3185435491287172; http://lattes.cnpq.br/9563550467648491Neste trabalho, perscrutamos a relação humano-animal na poética de Orides Fontela. À vista disso, tomamos como perspectiva inicial a percepção de que a vida do ser humano sempre esteve atrelada a do animal de alguma maneira, seja de forma positiva, seja de forma perniciosa. Por sua vez, a literatura, como um dos representantes do espírito de cada época, sempre deteve no não humano um personagem importante tanto na prosa quanto na poesia. No entanto, até o presente momento, são incipientes as pesquisas que se dedicam a estudar a relação humanoanimal. Tendo em vista isso, esta pesquisa é norteada pelas seguintes indagações: Como os animais são representados no âmbito literário? Como se dá a relação humano-animal nos poemas orideanos e de que forma o animal pode ser apreendido nos poemas da poeta? Em razão disso, partimos da hipótese de que a interação humano-animal, na poética fonteliana, é deliberada por dois aspectos inerentes à condição humana: o enlevo pela existência e o desejo de compreender as sutilezas do ser. Nessa perspectiva, apreciamos, neste estudo, como o eu poético singulariza e procura entender sua radicalidade a partir da existência do ser alado – a figura do pássaro. Em virtude disso, o trabalho se insere na perspectiva Ecocrítica – uma vez que investiga a relação do humano com a natureza (natural) – tomando como proposta epistemológica a Fenomenologia. Para isso, aportamo-nos nos estudos teóricos de William Rueckert (1978); Serge Moscovici (2007); Greg Garrard (2006); Jacques Derrida (2002); JeanPaul Ronecker (1997); Gilbert Durant (2012); Merleau-Ponty (2004); Octavio Paz (2012) e nas perspectivas críticas de Almeida (2008 e 2014); Ângela Maria Guida (2001); Evely Vânia Liboranari (2015); Afonso Henrique Menezes (2002), bem como nos ancoramos em outros estudiosos que se dedicaram/se dedicam às ilações relativas ao objeto de estudo desta pesquisa. O presente estudo nos desvelou nuances da relação dialética entre o humano e o não humano, vacilando maniqueísmos e nos permitindo atravessar o limiar que coloca as radicalidades do ser em contraposição existencialItem O leitor literário no primeiro ano do ensino médio: a interação entre aluno e texto a partir de contos de mistério(2019) Lima, Moniza Dark Mendes de; Almeida, Maria do Socorro Pereira de; http://lattes.cnpq.br/3185435491287172; http://lattes.cnpq.br/5670635914769712Esta pesquisa tem como objetivo identificar as causas do afastamento do aluno do Ensino Médio do texto literário e refletir sobre a importância desses textos na interação entre aluno e obra, para que assim possamos estabelecer métodos, que contribuam para a aproximação do aluno com as narrativas, por meio da leitura e análise de contos de mistério, para despertar o interesse desse público leitor à leituras mais complexas a exemplo de romances. Desta forma, se fez necessário compreender como se deu o processo de escolarização da literatura e como ela é trabalhada na escola nos dias atuais, problematizando os empecilhos no desenvolvimento do letramento literário e destacando algumas das especificidades do aluno iniciante dessa fase escolar. Adotamos os contos de mistérios “As Formigas” e “Venha ver o pôr do sol”, da autora brasileira Lygia Fagundes Telles, como indicação de leitura a ser feita em sala de aula com esse público iniciante, pois compreendemos que esse tipo de narrativa possibilita o desenvolvimento de um trabalho que permite aos educandos compreender as características de um texto narrativo, a fim de proporcionar uma experiência de leitura capaz auxiliar na formação do aluno enquanto leitor e encanta-los. Se fez necessário uma abordagem sobre o conto e suas características narrativas para que melhor pudéssemos analisar os contos acima citados. Essa pesquisa é definida como bibliográfica e nos embasamos nos estudos de autores como Almeida (2014/2018), Cadermatori (2009), Candido (2004), Carvalho (2017), Cortazár (1993), Cosson (2006), Gotlib (2006), Moisés (2006), Zilberman (2009) dentre outros, visando compreender como o ensino de literatura e o trabalho com os textos literários é desenvolvido e pode ser modificado por meio de propostas que envolvam o letramento literário com o auxílio dos contos de mistérios. Dessa forma, percebemos a importância do trabalho com textos no processo de leitura e de interação entre aluno e obra literária.Item O trágico e a construção nas personagens femininas em noite na taverna, de Álvares de Azevedo(2022-07-05T03:00:00Z) Torres, Lilian Dayane de Carvalho; Almeida, Maria do Socorro Pereira de; http://lattes.cnpq.br/3185435491287172; http://lattes.cnpq.br/8396884041320293Álvares de Azevedo sempre foi considerado um jovem emblemático, sua escrita mesmo que prematura e sem amadurecimento, demonstra até os dias atuais, várias questões a serem exploradas. Nessa pesquisa, a obra Noite na Taverna tem como foco a exploração dos aspectos trágicos a partir das histórias silenciadas das mulheres, vítimas de feminicídio encobertos por um "amor romântico". Essas colocações buscam se apoiar na concepção de que o universo do narrador maldito, que Azevedo constrói inspirado em Lord Byron, busca incessantemente se alimentar dos corpos, como um vampiro, se colocando no papel de herói trágico que encara a velhice como uma derrota, a brevidade do ser uma dádiva. Entendemos que discutir sobre essas questões não é papel fácil, por isso utilizamos como meio teórico os seguintes autores: Nietzsche (2019), Puppi (1985), Aristóteles (1987), Santos (2015), Perrot (2010), Brandão (2006), Labres (2002), entre outros que possam nos encaminhar nas discussões sobre o aspecto do trágico, a crítica literária, a perspectiva do uso dos arquétipos femininos e da submissão aplicada pelo patriarcado para silenciamento dos corpos femininos.Item Perspectivas do herói em “O santo e a porca” de Ariano Suassuna, traços e peculiaridades da obra e dos personagens(2018) Araujo, Jeancarlos Marins de; Almeida, Maria do Socorro Pereira de; http://lattes.cnpq.br/3185435491287172; http://lattes.cnpq.br/7401151266473757A presente monografia pretende investigar as representações do herói, na obra O santo e a porca, de Ariano Suassuna, especialmente na perspectiva da personagem Caroba, que se revela como picaresca. Vemos também as peculiaridades de outros personagens e os traços de nordestinidades, típicos das obras Suassunianas. O trabalho observa, também, aspectos do sagrado e do profano na obra com embasamento, principalmente, nas visões teóricas de Émile Durkheim e Mircea Eliade que nos ajudaram a entender melhor essas perspectivas e analisá-las no texto em estudo. Trata-se de uma pesquisa qualitativa e bibliográfica para a qual procuramos nos embasar em documentos e textos já produzidos sobre o assunto e para atingirmos o objetivo, dividimos o estudo em três partes, primeiro procuramos conhecer mais sobre o estilo e a estética do autor, depois apresentamos a obra e em seguida, fizemos uma análise de alguns aspectos importantes da obra e dos personagens. Ao final da pesquisa, foi possível perceber que a obra revela as peculiaridades humanas, o jogo de aparências dos personagens, especialmente a astucia de Caroba e também funde opostos como o sagrado e o profano, entre outros fatores.Item "Quem conta um conto aumenta um ponto", a construção da personagem Capitu na narração de Bento Santiago em Dom Casmurro(2019) Santos, Emanoela Carolaine Silva; Almeida, Maria do Socorro Pereira de; http://lattes.cnpq.br/3185435491287172; http://lattes.cnpq.br/5038462090721506Este estudo teve como objetivo principal compreender, através da obra Dom Casmurro,as relações de gêneros enraizadas no sistema patriarcal. A narrativa se passa no final do século XIX, e o romance é narrado em primeira pessoa por Bento Santiago. Desta forma, fez-se necessário analisar o papel da mulher em sociedade, tomando como base as faces de Capitu apresentadas por Bentinho. Faces estas que perpassam pela configuração de oblíqua e dissimulada dita por Bento, que constrói uma Capitu ora anjo, ora “empoderada”, que perturba a ordem patriarcal. Desta maneira, foi preciso verificar que lugar esse narrador ocupa socialmente e familiarmente na obra, ou seja, de que lugar e de que modo vem sua fala, como é construída e passada a sua percepção a respeito de Capitu. O discurso do narrador parte de um lugar que o evidencia como um cultuador do modo patriarcalista, que silencia as mulheres, assim como é o caso da personagem Capitu. Além disso, foi possível identificar as relações entre o discurso constituinte da literatura, o poder e o patriarcalismo, formando uma teia que subalterniza as figuras femininas, uma vez que, na obra em questão, elas estão sob a perspectiva única do dono e senhor da narrativa. A pesquisa é de cunho qualitativo e bibliográfico e para alcançar o objetivo buscamos estudos basilares como os de Dominique Maingueneau (2006), Mikhail Bakhtin (2002), Spivak (2010), Alfredo Bosi (1992), John Gledson (1991), Mariza Corrêa(1981), John Kenneth Galbraith (1999), Michel Foucault (2007, 2008), Ruth Silviano Brandão (2006), Robert Schwarz (1991), Rosemarie Muraro (2015), entre outros. A partir das análises, foi possível observar conceitos e ponderações sobre o patriarcalismo e as estratégias discursivas de Bento Santiago, como e com quais finalidades o narrador se coloca. O estudo está divido em três partes, na primeira tentamos entender como se configura o patriarcalismo e suas relações de poder. Depois, fizemos um breviário da posição da mulher na literatura brasileira e conhecemos também algumas mulheres machadianas. Finalizando o trabalho, procuramos entender como se revela o discurso literário e como Bentinho constrói esse discurso a respeito de Capitu. Ao longo da pesquisa pudemos perceber que a figura de Capitu é subalternizada por esse discurso de Bento, que a coloca como diabólica e sedutora que vai de encontro a mulher anjo que a sociedade tanto idealiza.Item Vozes poéticas do pajeú: estudo da obra de alguns poetas da região do Pajeú sob a ótica da criação(2021-03-01) Sousa, Cícero Ângelo Antas de; Almeida, Maria do Socorro Pereira de; http://lattes.cnpq.br/3185435491287172; http://lattes.cnpq.br/0456226302887988Objetivou-se com esse estudo, traçar um panorama do atual cenário poético da região do Pajeú, frente ao processo de criação dessa literatura e das chamadas vozes poéticas da nova geração. Por meio desse trabalho de pesquisa, busca-se compreender as especificidades por trás dessa poética popular, apresentando a ótica do processo de criação de alguns poetas da região. Como parte metodológica do estudo, discutimos com base em pressupostos teóricos de diversos autores, poetas e críticos literários, tais como: Arantes (1998), Bosi (1977), Candido (2006), Paz (1982), Ribas (2000), Santchuk (2009), Santos (2017), Silva (1988), Tavares (2005) e entre outros, questões ligadas ao processo de criação da poesia, o próprio ato de criar e os fatores internos e externos que atravessam tal manifestação. Nesse sentido, foram discutidas, ainda, questões referentes aos fatores contextuais, geográficos e históricos da própria região e da poesia de um modo geral. Assim, apresentamos um percurso em termos de origens da poética popular até o cenário de contemporaneidade. A partir de uma rota de pesquisa, selecionamos quatro cidades do Pajeú e buscamos trazer um poeta/representante de cada uma, são elas: Afogados da Ingazeira, São José do Egito, Tabira e Serra Talhada. Na apreciação, constatamos que a poesia dos autores estudados é repleta de especificidades, que vão desde fatores estéticos, à personalidade de criação de cada um. Além da perspectiva comum a todos que são as raízes sertanejas, que dão à poesia do Pajeú, traços de unicidade e identidade. Fatores como a inspiração, as percepções e a técnica, são elementos extremamente importantes para a poética popular, por isso, como evidenciado, os poetas tendem a levá-los em consideração no ato da criação. Destaca-se ainda a carga valorativa de muitos vates ao fator da inspiração, além da liberdade poética e a diversidade de tais obras, cujo misto de sentimentalismo e papel social estão presentes nas malhas dos textos. Como resultado desse estudo, percebemos que a poética Pajeuzeira revela poetas de várias facetas, que aliam tanto o processo escrito, quanto o processo oral da poesia. Muitos são considerados poetas glosadores que demonstram bastante aptidão para o verso de improviso. Nisso, os poetas continuamente fazem uso, dos mais variados gêneros de criação, entre os mais tradicionais e modernos. Por fim, concluímos que a poesia do sertão do Pajeú é uma das principais expressões socioculturais e parte da identidade do povo, que se vê de alguma forma representado por ela.
