TCC - Bacharelado em Engenharia de Pesca (UAST)
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Item Variação ontogenética do caranguejo Goyazana castelnaui H. Milneedwards, 1853 (Brachyura, Trichodactylidae) no semiárido do Brasil(2021-02-26T03:00:00Z) Almeida, Diógenes Santos de; Mendes, Renata Akemi Shinozaki; http://lattes.cnpq.br/2026358226342858; http://lattes.cnpq.br/6192430195288587A morfometria geométrica é um método de análise de baixo custo, no qual é possível fazer a transformação de dados obtidos a partir de marcos anatômicos, proporcionando conhecimento detalhado sobre a forma do animal, incluindo aspectos sobre ontogenia e dimorfismo sexual. Os braquiúros crescem por meio de mudas que continuam a ocorrer sucessivamente ao longo do crescimento, levando os indivíduos a apresentarem padrões corporais, desenvolvendo características de dimorfismo sexual e etário. Goyazana castelnaui é de grande importância ecossistêmica para a bacia do Rio Pajeú, especialmente, por ser a única espécie de braquiúro encontrada. Com isto, objetivou-se conhecer a trajetória ontogenética e identificar variações morfométricas do caranguejo G. castelnaui. Para a realização deste trabalho foram coletados 36 fêmeas, 43 machos e 162 juvenis (sexo não identificado, ainda na cavidade abdominal da fêmea) no Rio Pajeú, no semiárido brasileiro. Foram realizadas análises na carapaça, pléon e quelípodo direito dos caranguejos, os quais foram fotografados com os indivíduos paralelos ao plano, e foram selecionados 04 marcos anatômicos e 07 semimarcos na carapaça; 03 marcos e 10 semimarcos no pléon e nos quelípodos 03 marcos e 07 semimarcos. Na análise de componentes principais (PCA), as principais variações ocorreram na região frontal e posterior da carapaça, na região posterior e anterolateral do pléon e na base do pólex nos quelípodos. Na análise da variação canônica houve variação significativa entre os sexos assim como entre os juvenis e adultos (p<0,05, teste de Hotelling com correção de Bonferroni), e através da análise da discriminante (p<0,05) a carapaça, pléon e quelípodo obtiveram alocações corretas que variaram entre 89,3% e 100,0%. A trajetória ontogenética do G. castelnaui pode ser observada através dos escores de regressão das correlações canônicas em função do tamanho do centroide, no qual a carapaça apresentou constante dimorfismo atingindo tamanhos de centroide semelhantes tanto para machos como para fêmeas (p>0,05); o pléon e o quelípodo dos juvenis não apresentaram separação de grupos (dimorfismo), havendo uma variação e mudança ao passo que iam crescendo (trajetória ontogenética) chegando a diferentes tamanhos de centroide (p<0,05), nas fêmeas alcançando um tamanho maior no pléon e nos machos um tamanho maior nos quelípodos, condizente com a teoria monofilética dos Brachyura.
