01. Universidade Federal Rural de Pernambuco - UFRPE (Sede)
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Item Peste: uma ameaça silenciosa(2024-11-21) Silva, Joyce Caroline do Nascimento; Mendonça, Carla Lopes de; http://lattes.cnpq.br/3128979736085796; http://lattes.cnpq.br/5748327533451160A peste é uma zoonose vetorial causada pela bactéria Yersinia pestis que apresenta um histórico de mortalidade datado desde o século 1 d.C. e que ainda apresenta riscos à Saúde Pública. Apesar de no Brasil não haver registros de novos casos há 19 anos, no mundo ela ainda é uma preocupação latente com casos recentes em países como Madagascar, China e Estados Unidos. O presente trabalho teve por objetivo realizar um levantamento bibliográfico sobre a Peste sob a perspectiva da Saúde Pública. Realizou-se uma pesquisa qualitativa sobre a Peste utilizando bancos de dados científicos, além de sites oficiais dos sistemas de saúde, ambos nacionais e internacionais, totalizando 662 arquivos dos quais 66 foram utilizados. Prevalente em áreas elevadas como chapadas e agrestes tem nos roedores os principais reservatórios do agente etiológico. A transmissão vetorial deste agente ocorre principalmente através da picada de pulgas infectadas, em seu ciclo epizoótico oferece risco ocupacional principalmente para agricultores, e no ciclo domiciliar os roedores sinantrópicos são epidemiológicamente importantes. Apresenta-se em três formas clínicas distintas: Bubônica, Septicêmica e Pulmonar sendo esta última a mais letal. O diagnóstico é principalmente realizado por meio de sorologia e a terapia, emprega antibióticos, que são eficazes quando realizado em tempo hábil. As atividades de monitoramento sorológico atualmente realizadas no Brasil garantem o status atual de silêncio epidemiológico. Contudo a possibilidade da reemergência da peste é real, principalmente levando em consideração as alterações climáticas consequentes ao aquecimento global, ratificando a necessidade do contínuo monitoramento.Item Diagnóstico parasitológico em animais silvestres mantidos em instituições de conservação ex situ em Recife/PE(2022-09-30) Feitoza, Bárbara Feliciano; Oliveira, Jaqueline Bianque de; http://lattes.cnpq.br/2856383385211373; http://lattes.cnpq.br/1503294609593660Os animais silvestres, são hospedeiros de uma grande variedade de parasitos, incluindo aqueles com potencial zoonótico. O objetivo desse estudo foi realizar o diagnóstico parasitológico dos animais silvestres mantidos no Zoológico do Parque Estadual Dois Irmãos (PEDI) e no Centro de Triagem e Reabilitação de Animais Silvestres (CETRAS Tangará), em Pernambuco, Brasil. De 2021 até 2022, em total, foram analisadas 288 amostras fecais, sendo 162 (123 aves, 36 mamíferos e três répteis) amostras provenientes do CETRAS e 126 (69 aves, 56 mamíferos e um réptil) do Zoológico do PEDI, onde em 21,9% foram detectados ovos de helmintos e/ou oocistos de protozoários. Os parasitos gastrointestinais identificados nas amostras fecais foram: Capillaria sp., Strongyloides sp., Toxocara sp., Trichuris vulpis, Ancylostoma sp., Kalicephalus sp., Porrocaecum sp., Ascaridida, Oxyurida, Trichostrongylidae, Isospora sp. e Cystoisospora sp. Helmintos obtidos de primatas não humanos (PNH) e em necropsias de aves foram identificados como ascarídeos das espécies Ascaris lumbricoides e Ascaridia hermaphrodita, respectivamente. Os ectoparasitos identificados foram carrapatos Amblyomma longirostre e Amblyomma sp., ácaros Trombiculídeos, piolhos mastigadores Halipeurus sp. e larvas de moscas Philornis sp. Destacase o parasitismo por espécies de elevado potencial patogênico, como A. hermaphrodita, Toxocara canis e Capillaria sp. Além disso, Ascaris lumbricoides, Toxocara sp. e Ancylostoma sp. se destacam por seu potencial zoonótico, o que requer medidas para evitar a transmissão entre os animais e os profissionais que lidam diretamente com eles. Os resultados obtidos auxiliam os profissionais responsáveis pela sanidade e manejo dos animais nas duas instituições de conservação ex situ.Item O impacto do ectima contagioso na caprinovinocultura em Pernambuco: uma análise socioeconômica e comportamental da doença sob a perspectiva de Saúde Única(2025-03-20) Silva, Rafaela Cristini da Costa; Maia Filho, Luiz Flávio Arreguy; http://lattes.cnpq.br/2508376486299377; http://lattes.cnpq.br/7052266252404887Doenças zoonóticas são aquelas que podem ser transmitidas, de forma natural, de animais para humanos e se apresentam como um problema de saúde pública mundial. Além dos riscos à saúde animal e humana, as zoonoses trazem grandes impactos socioeconômicos para a sociedade como um todo. Grande parte dessas doenças acaba sendo negligenciadas nos países em desenvolvimento da África, Ásia e América Latina; uma dessas enfermidades é o ectima contagioso, uma doença viral e extremamente contagiosa que ocorre em caprinos e ovinos ao redor do globo, causando perda econômica nas regiões em que a caprinovinocultura é amplamente difundida. No Brasil, principalmente no Nordeste, a caprinovinocultura possui grande relevância econômica, sendo a fonte de renda de muitas famílias que vivem fora das grandes cidades; sendo assim, o ectima contagioso pode, a princípio, gerar grande impacto na região. Contudo, a doença segue negligenciada, tendo como principais dificuldades de enfrentamento a falta de diagnóstico e tratamento corretos, além de poucos estudos sociais e econômicos que permitam mensurar, de fato, os custos de enfrentamento à doença e os prováveis impactos socioeconômicos do ectima contagioso. Além disso, encontra-se em estágio muito inicial, em todo o Brasil, a construção de intervenções de saúde pública orientadas pela Saúde Única, abordagem que reconhece a interconexão entre a saúde humana, animal, das plantas e do meio ambiente. O presente trabalho busca levantar dados, informações e eventuais aspectos comportamentais envolvidos que possam subsidiar posteriores análises dos impactos econômicos e socioeconômicos da doença no estado de Pernambuco, bem como considerar linhas de intervenção promissoras, inspiradas na Saúde Única e na Economia Comportamental – com vistas à geração de impactos socioeconômicos positivos e a redução das perdas econômicas dessas famílias, decorrentes do ectima contagioso.Item Esporotricose no contexto da saúde única(2023-10-31) Nascimento, Wellington de Souza; Afonso, José Augusto Bastos; http://lattes.cnpq.br/9754109726295756; http://lattes.cnpq.br/8738450850987099As micoses de implantação, ou subcutâneas, são um grupo de doenças causadas por fungos que se caracterizam pela inoculação do agente através de trauma transcutâneo. São chamadas de micoses de implantação pois algumas dessas doenças podem afetar outros tecidos do organismo, além do tecido subcutâneo. Como é o caso da esporotricose, uma micose de implantação causada por fungos dimórficos do gênero Sporothrix. Assim, objetiva-se avaliar os aspectos epidemiológicos da esporotricose no contexto da Saúde única através de uma revisão bibliográfica. A revisão sobre esporotricose foi realizada através de pesquisa nos seguintes bancos de dados renomados da literatura nacional e internacional: BDTD Nacional, Scopus, Periódicos CAPES, PubMed, Scielo, Biblioteca Virtual em Saúde e Google Acadêmico, sendo utilizado esporotricose e saúde pública como principais palavras-chaves, tanto no português quanto no inglês. Sendo recuperados grande quantidade de arquivos, foram selecionados 47 arquivos que mais se encaixavam com a temática da pesquisa. Classicamente a esporotricose é transmitida pela inoculação do fungo através de traumas causados pelo contato com matéria orgânica contaminada como solo, galhos e troncos de árvores e espinhos, porém a partir da década de 1990, ela passa a ter grande relevância na saúde pública do Brasil, quando foi descrito o primeiro surto de doença em humanos tendo como principal inoculador o gato doméstico, no estado do Rio de Janeiro. Apresenta maior prevalência em regiões de clima tropical e temperado. No Brasil, assim como grande parte do mundo, a doença é negligenciada e não faz parte dos agravos e doenças de notificação compulsória. As manifestações clínicas em humanos estão relacionadas ao local onde as lesões se encontram e sua extensão, sendo as lesões cutâneas mais comuns e as lesões pulmonares mais comuns no comprometimento extracutâneo. Em animais é representada majoritariamente por gatos, que apresentam lesões ulcerativas e/ou nodulares principalmente na região nasal, tórax e extremidades. A implementação de uma vigilância em saúde eficaz e padrão surge como uma necessidade para que haja dados reais sobre a doença no território nacional. Se faz necessário que haja um trabalho conjunto no âmbito humano, animal e ambiental para adoção de ações e medidas sustentadas nesses três pilares para o melhor entendimento da doença. O fornecimento do diagnóstico gratuito e rápido para os gatos surge como incentivo a população de procurar serviços oficiais de saúde para identificação da doença. Somando a isso, a conscientização dos profissionais de saúde e da população em geral é de extrema importância para que o controle seja efetivo.Item Monkeypox (Varíola dos macacos) no Brasil: recorte epidemiológico de casos em Pernambuco de 2022 a 2023(2024-02-22) Cordeiro, Amanda Estefanir; Souza, Maria Isabel de; http://lattes.cnpq.br/4438209268573845; http://lattes.cnpq.br/4326277618190307A Varíola dos macacos ou Monkeypox é uma infecção de origem viral causada por um vírus de caráter zoonótico, pertencente ao gênero Orthopoxvírus e família Poxviridae. Neste trabalho objetivou-se descrever o surto de varíola dos macacos sob a perspectiva da Saúde Pública a nível nacional e com foco em Pernambuco no período de 11 meses (agosto de 2022 a julho de 2023). Para tal, realizou-se um levantamento bibliográfico baseando-se em diferentes publicações oficiais disponíveis em bases de dados da literatura científica nacional e internacional, com ênfase em dados do Ministério da saúde e do CIEVS Nacional e de Pernambuco. O surto aqui descrito apresentou um padrão de disseminação geográfica superior aos já identificados, logo na primeira semana do boletim epidemiológico inicial, 24 países notificaram casos suspeitos e confirmados. No Brasil, observou-se um maior número de casos confirmados na região Sudeste, sendo o estado de São Paulo e de Minas Gerais os responsáveis pelos maiores índices, seguido pelo Nordeste e Centro-oeste, respectivamente. O perfil de contaminados corresponde ao sexo masculino com 96,2% (77.685/80.722) dos casos confirmados no cenário mundial, com mediana de idade de 34 anos. A faixa etária com maior número de casos confirmados em Pernambuco ficou entre 30 e 39 anos, seguida por pessoas entre 20 e 29 anos, tidas como parda, seguidas por branca e preta. Atualmente a positividade na maioria dos países é confirmada por laboratórios nacionais de referência através de PCR (reação em cadeia da polimerase). Não há tratamento antiviral específico comprovado e assim como para a maioria das doenças virais, o tratamento baseia-se no controle dos sintomas observados. Não há vacinas específicas contra a infecção, todavia, investigações epidemiológicas indicam que a vacina da varíola induz até 85% de proteção contra o Monkeypox vírus.Item Ectima contagioso e a caprinovinocultura em Pernambuco: estudo preliminar para políticas públicas com novas abordagens(2023-09-15) Santana, Ítala Nascimento de; Maia Filho, Luiz Flávio Arreguy; http://lattes.cnpq.br/2508376486299377; http://lattes.cnpq.br/7702088790644666As doenças zoonóticas representam um grande problema de saúde pública em todo o mundo e, além dos grandes riscos impostos à saúde humana, também geram impactos econômicos, diretos e indiretos, significativos. Algumas dessas doenças já foram controladas ou eliminadas na maioria dos países desenvolvidos, mas permanecem endêmicas e, muitas vezes, negligenciadas em países em desenvolvimento. Uma dessas doenças é o ectima contagioso, uma doença zoonótica viral e altamente contagiosa que acomete principalmente caprinos e ovinos e pode ser responsável por perdas econômicas significativas no Brasil e, principalmente, na região Nordeste, onde a caprinocultura e a ovinocultura são atividades de grande relevância econômica. As dificuldades no enfrentamento ao ectima contagioso muitas vezes decorrem da ausência de diagnóstico e monitoramento da doença, além disso, seus custos sociais e econômicos ainda são pouco explorados. Nesse contexto, a realização de análises econômicas pode servir como suporte para a tomada de decisão das partes interessadas e permitir a avaliação e comparação de intervenções. Assim, o objetivo deste trabalho foi conduzir estudos preliminares que possam subsidiar análises futuras dos impactos socioeconômicos e de fatores comportamentais decorrentes ou envolvidos no adoecimento por ectima contagioso entre populações animal e humana em Pernambuco e, com base no conjunto de informações reunidas, apontar linhas de intervenção inspiradas na abordagem da Saúde Única e na Economia Comportamental. Para isso, o trabalho adota uma metodologia qualitativa, de natureza aplicada, com o objetivo de compreender e descrever os possíveis riscos socioeconômicos impostos pela doença em um contexto territorial e socioeconômico bem definido e construir uma perspectiva abrangente sobre as possibilidades de enfrentamento, utilizando como procedimentos a pesquisa bibliográfica e documental. Com base nos achados do trabalho, é possível afirmar que estimar os custos associados ao ectima contagioso é fundamental para determinar sua relevância como problema econômico, social e de saúde pública e que a utilização de abordagens como a Saúde Única e a Economia Comportamental pode contribuir para o desenvolvimento de estratégias eficazes para a prevenção e controle da doença.Item Biosseguridade na criação de bovinos e sua relevância para a saúde única(2023-02-27) Silva, Clara Rafaelle Cardoso da; Silva, Nivan Antônio Alves da; http://lattes.cnpq.br/3505011500604071; http://lattes.cnpq.br/8675807540589033A biosseguridade é um componente chave de qualquer estratégia de saúde animal e humana, através de programas de prevenção e controle de doenças. Na bovinocultura, os preceitos da biosseguridade vêm sendo utilizados recentemente, apesar de já possuírem medidas sanitárias estabelecidas pelo Governo Federal através dos programas de saúde animal. Com a pandemia da COVID-19, foi observado aumento na procura por normas de biossegurança e biosseguridade para prevenir a entrada do vírus nos criatórios e, consequentemente, maior controle de outras enfermidades. Diante disso, este estudo tem como objetivo demonstrar as principais medidas de biosseguridade a serem executadas em criações de bovinos e apresentar os dados acerca da situação dos programas de biosseguridade adotados nas fazendas, incluindo a percepção de pecuaristas e veterinários em relação às medidas de biosseguridade. A adoção de medidas de biosseguridade na pecuária permanece relativamente baixa e enfrenta múltiplos desafios. Nesse sentido, a melhoria da biosseguridade exige que os envolvidos no setor concordem com metas e objetivos compartilhados, além de levar em consideração a saúde animal, pública e ambiental, bem como fatores socioeconômicos e culturais. As pesquisas relacionadas a aplicabilidade da biosseguridade em rebanhos de bovinos são escassas, porém demonstram que a baixa adesão a esses programas ocorre devido à falta de conhecimento dos agentes envolvidos, sobrecarga de trabalho, demanda de tempo e necessidade de investimentos. Desse modo, se faz necessário a realização de estudos sobre a temática para compreender os reais motivos da baixa adesão em criatórios nacionais a fim de atuar de forma eficaz e eficiente na superação desses obstáculos.Item Relatório de Conclusão de Residência profissional de saúde em medicina veterinária – medicina veterinária preventiva – doenças parasitárias(2023-02-23) Paiva, Wanessa Ingrid de Albuquerque; Alves, Leucio Câmara; http://lattes.cnpq.br/6563157522654726; http://lattes.cnpq.br/6462457811968254O presente trabalho de conclusão da Residência descreve as atividades realizadas no Programa de Residência Profissional de Saúde em Medicina Veterinária - Medicina Veterinária Preventiva – Doenças Parasitárias, com duração de 24 meses, de março de 2021 a fevereiro de 2023, sendo 1.152 horas (20%) de atividades teórico e teórico-práticas e 4.608 horas (80%) de atividades práticas, distribuídas em 60 horas semanais. Foram destinadas 3.648 horas de atividades práticas no Laboratório de Doenças Parasitárias, no Departamento de Medicina Veterinária (DMV), na Universidade Federal Rural de Pernambuco (UFRPE), em Recife-PE, e 960 horas em atividades na saúde pública no Distrito Sanitário VII, nas Vigilâncias em Saúde, em Recife-PE, e no Núcleo de Apoio à Saúde da Família e Atenção Básica (NASF-AB), em Camaragibe-PE. No fim do Programa, foi realizado o estágio-vivência no Laboratório de Patologia Clínica, DMV/UFRPE, em Recife-PE, por 30 dias. Este relato também traçou o perfil dos pacientes atendidos no ambulatório de Leishmaniose Visceral Canina do Hospital Veterinário da UFRPE de janeiro de 2022 a janeiro de 2023.Item Relatório de conclusão do programa de residência em área profissional de saúde em medicina veterinária - medicina veterinária preventiva - doenças parasitárias: inquérito soroepidemiológico para detecção de anticorpos anti-Trypanosoma cruzi em cães provenientes de Camaragibe, Pernambuco(2022-02-23) Lima, Maria de Lara Oliveira; Alves, Leucio Câmara; http://lattes.cnpq.br/6563157522654726; http://lattes.cnpq.br/6108177158055138O Programa de Residência em Área Profissional de Saúde em Medicina Veterinária da Universidade Federal Rural de Pernambuco (UFRPE) foi desenvolvido com o intuito de preparar os Médicos Veterinários para o serviço em sua área específica de conhecimento. O programa apresenta uma modalidade de ensino de pós-graduação lato sensu, com regime de tempo integral e duração de 24 meses. O presente relatório tem como objetivo descrever as atividades teórico-práticas desenvolvidas durante a residência, no período de março de 2020 a fevereiro de 2022, totalizando uma carga horária de 5.760 horas, divididas em duas grandes áreas de concentração, uma específica e uma comum a todos os profissionais do programa. A carga horária desenvolvida na área específica Medicina Veterinária preventiva – Doenças Parasitárias, foi de 4.800 horas, dedicadas a rotina do Laboratório de Doenças Parasitárias da UFRPE bem como ao desenvolvimento de disciplinas teóricas durante todo o período da residência, e 960 horas foram desenvolvidas na Saúde Pública, distribuídas nas áreas de Vigilância em Saúde e Atenção Básica em Saúde (NASF-AB) no município de Recife, Pernambuco. Ademais, foi realizado um trabalho sobre “Inquérito soroepidemiológico para detecção de anticorpos anti-Trypanossoma cruzi em cães provenientes de Camaragibe, Pernambuco”.Item Coxielose em ruminantes e a febre Q na saúde pública no Brasil(2021-09-17) Zache, Eduardo; Torres, Alexandre Augusto Arenales; http://lattes.cnpq.br/5145322907663650; http://lattes.cnpq.br/9715170506304327A Febre Q é uma zoonose de distribuição mundial causada por Coxiella burnetii, uma bactéria intracelular obrigatória gram-negativa da ordem Legionellales, que foi classificado como potencial agente de bioterrorismo. Desta forma, o presente estudo tem objetivo de realizar uma revisão de literatura sobre a febre Q e a coxielose, com ênfase a sua estreita relação à saúde pública, em função do seu caráter zoonótico, somada à importância econômica para a pecuária nacional. Os bovinos e pequenos ruminantes representam as fontes de infecção mais frequentes em humanos, sendo a inalação de aerossóis contaminados de produtos animais infectados a principal forma de transmissão. O alto risco ocupacional está relacionado principalmente a criadores de bovinos e pequenos ruminantes e veterinários, até mesmo pessoas com contato esporádico com animais, como funcionários em consultórios veterinários. As infecções em humanos geralmente são assintomáticas, podendo evoluir para complicações graves como endocardite e se não tratada adequadamente pode ser fatal. Nos ruminantes as manifestações clínicas mais importantes são distúrbios reprodutivos, como abortamento, fetos natimortos, endometrite, infertilidade e mastite, porém o agente também já foi identificado em bovinos com endocardite. O diagnóstico clínico é difícil devido a inespecificidade dos sinais clínicos. Ferramentas de diagnóstico indireto específicas, como o teste de microimunofluorescência indireta é considerado técnica de referência para humanos, no entanto para ruminantes o método molecular de reação em cadeia da polimerase (PCR) é um método confiável para detectar a eliminação do agente em fluidos corporais (fezes, leite e muco vaginal) que pode ser intermitente. A combinação profilática de doxiciclina e hidroxicloroquina é comprovadamente eficaz para prevenção de endocardite, sendo indicada na presença de fatores de risco em humanos. Em animais o uso de antimicrobianos não apresentou eficácia. Nos últimos anos foram relatados diversos casos de infecção por C. burnetii em humanos e animais no Brasil, evidenciando-se a circulação de febre Q em humanos na região sudeste e nordeste, e em animais nas regiões do sudeste, centro-oeste e nordeste. O ministério da agricultura, pecuária e abastecimento enquadra a enfermidade na categoria 3 (três) da lista de enfermidades de notificação obrigatória ao Serviço Veterinário, no entanto, não é reconhecida pelo Ministério da Saúde Brasileiro como de notificação obrigatória em humanos. Como todas as doenças zoonóticas, o controle da enfermidade nos animais e a interdisciplinaridade seguindo os princípios de Saúde Única, influenciará diretamente nos resultados observados em humanos.
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