Navegando por Orientadores "Rocha, Clélia Márcia Cavalcanti da"

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Biodiversidade de tardígrados limnoterrestres da UFRPE - Campus Dois Irmãos (Sede)
(2023-04-25) Silva, Agelson Santana da; Rocha, Clélia Márcia Cavalcanti da; Santos, Érika Cavalcante Leite dos; http://lattes.cnpq.br/1552807658058972; http://lattes.cnpq.br/8971495967943784; http://lattes.cnpq.br/0953438836794634
Os tardígrados, conhecidos como ursos d'água, são invertebrados cosmopolitas, descobertos em todos os biomas da Terra, desde lugares bem gelados (Ártico e Antártida) até as fontes termais. São animais que apenas ficam ativos rodeados por água, e quando são privados disso entram em criptobiose, sua extraordinária técnica de sobrevivência. Apesar dessa capacidade de sobreviver a ambientes extremos através da criptobiose deixar a todos boquiabertos e ter impulsionado há poucas décadas as pesquisas a seu respeito, os tardígrados ainda são pouco estudados, o que se atribui à sua ainda desconhecida importância econômica, médica ou mesmo ecológica. No presente estudo buscamos conhecer a biodiversidade de tardígrados limnoterrestres do campus SEDE da UFRPE, no bairro de Dois Irmãos no Recife (PE), além de enriquecer a escassa literatura a respeito desses seres encantadores. Com isso, coletas em cinco pontos no campus da universidade foram feitas, a fim de registrar a biodiversidade de tardígrados encontrados nos diferentes substratos amostrados. As amostras de musgos, hepáticas e líquens foram armazenadas em envelopes de papel e posteriormente triadas seguindo metodologias encontradas na literatura. Após a preparação definitiva dos exemplares encontrados, procedeu-se à identificação com o auxílio de microscópio binocular (aumento de 100X por imersão) e com chaves taxonômicas. Nossos resultados foram bastante gratificantes, uma vez que encontramos dois gêneros que tiveram seus primeiros registros de ocorrência para o estado de Pernambuco (Bryodelphax sp. Thulin, 1928 e Murrayon sp. Bertolani & Pilato, 1988) e um gênero com primeiro registro para o país (Xerobiotus sp. Bertolani & Biserov, 1996), assim atingindo nosso objetivo de contribuir para o conhecimento da biodiversidade de tardígrados limnoterrestres de Pernambuco e do Brasil, além de abrir novas perspectivas acerca do seu estudo na localidade abordada.
Efeitos de um processo de engorda de praia sobre a comunidade meiofaunística da zona entre-marés da praia de Candeias (Jaboatão dos Guararapes – PE)
(2018) Sena, Luiz Felipe Valença Galiza; Rocha, Clélia Márcia Cavalcanti da; Santos, Érika Cavalcante Leite dos; http://lattes.cnpq.br/1552807658058972; http://lattes.cnpq.br/8971495967943784; http://lattes.cnpq.br/0088518530140540
A erosão marinha, que é caracterizada pelo recuo da linha da costa em direção contrária à do mar, promove uma importante perda de habitat para organismos que habitam a faixa de areia. Em vários pontos da costa pernambucana já é percebida essa erosão em níveis moderados a severos, e já foram realizadas obras para conter o recuo da linha da praia. Recentemente foi realizado um processo de contenção da erosão marinha no estado de Pernambuco,visando primeiramente as áreas mais atingidas.Essa ação propiciou, ao longo de um trecho de 5,5 km, o alargamento da faixa de areia das praias de Barra de Jangadas, Candeias e Piedade. A recomposição sedimentar dessas praias foi feita através de areia dragada da plataforma continental a uma profundidade de 13 m. Este trabalho analisou a sucessão ecológica dos organismos da meio fauna, que variam de 0,044 mm a 0,5 mm de tamanho, e os sedimentos em que habitam, na praia de Candeias (Jaboatão dos Guararapes, PE) antes e após um processo de engorda da faixa de areia, até um período de 90 dias posteriores ao processo. Esses animais possuem um modo de vida adaptado ao ambiente intersticial, podendo variar de acordo com a variação da natureza e tamanho dos grãos. As coletas foram realizadas antes da engorda, 1 dia após, 7, 15, 30, 60 e 90 dias após a deposição de sedimentos, no infralitoral e no médio litoral. O material foi tratado em laboratório através das técnicas de rotina para estudo da meio fauna, que foi identificada em níveis taxonômicos altos. Este trabalho investigou os efeitos deste processo sobre a comunidade meio faunística da praia e sua sucessão ecológica, tendo em vista a sua estreita relação com os sedimentos e as suas características. Verificou-se que imediatamente após o processo de engorda da praia tanto os sedimentos foram modificados, como a estrutura da comunidade meio faunística que os coloniza. Esta passou por várias mudanças na sua estrutura, tanto na riqueza de espécies, quanto na abundância.Testes estatísticos mostraram a tendência à estabilização ou mesmo a estabilização da estrutura da comunidade num padrão significativamente semelhante à meio fauna originalmente existente na praia. Sendo assim os resultados apontam para uma possibilidade de utilização da meio fauna em programas de biomonitoramento ambiental para ações de engenharia costeira.
Estrutura da comunidade meiofaunística de três praias rochosas de diferentes condições geográficas no Nordeste brasileiro
(2019) Pereira, Maria Eduarda Oliveira; Rocha, Clélia Márcia Cavalcanti da; http://lattes.cnpq.br/8971495967943784; http://lattes.cnpq.br/4083542942187872
A meiofauna é composta por organismos marinhos de 0,044 a 0,5mm de tamanho que vivem nos interstícios dos sedimentos. A composição da comunidade meiofaunística é determinada pelo tamanho e o tipo de sedimento, além dos fatores geológicos, físicos e químicos. São organismos considerados bioindicadores devido à sua estreita relação com o meio, ampla distribuição, rápido tempo de regeneração e por serem sensíveis à mudanças do ambiente. Este trabalho analisou amostras do médio-litoral e do médio-litoral-inferior das praias de Atalaia, no Arquipélago Fernando de Noronha, Ilha do farol, no Atol das Rocas e da praia de Muro Alto, no litoral Sul de Pernambuco, com o intuito de conhecer e comparar as comunidades meiofaunísticas encontradas em cada praia. O material foi tratado em laboratório através das técnicas de rotina para estudo da meiofauna, que foi identificada em níveis taxonômicos altos. A principal hipótese deste trabalho era que comunidade meiofaunística encontrada nas três praias, seriam estruturalmente semelhantes, pelo fato de serem caracteristicamente comunidades de praias rochosas. Com os resultados das análises estatísticas verificou-se que a composição meiofaunística mostrou-se diferente na diversidade e na riqueza de espécies de cada local estudado, o que foi atribuído à diferente natureza dos sedimentos.