Navegando por Autor "Cruz, Maria Mylena Oliveira da"
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Item Avaliação ambiental do estuário do Capibaribe por intermédio da fauna planctônica: estrutura e indicadores biológicos da qualidade da água(2019-12-12) Cruz, Maria Mylena Oliveira da; Melo Júnior, Mauro de; http://lattes.cnpq.br/6735233221650148; http://lattes.cnpq.br/7317426286930736O objetivo geral deste trabalho foi avaliar um estuário fortemente poluído (Capibaribe) por intermédio da comunidade zooplanctônica e verificar o seu potencial uso como bioindicador da qualidade da água. Para testar a hipótese de que no estuário do Capibaribe, a condição da qualidade da água é eutrofizada ao ponto de sustentar (i) uma comunidade zooplanctônica formada por espécies indicadoras de abundância de matéria orgânica particulada, baixa oxigenação e elevada turbidez e (ii) o estabelecimento de populações de pequeno porte e dominada, sobretudo, por rotíferos, as campanhas foram realizadas na zona urbana do rio na cidade de Recife (Pernambuco), em três setores com base no gradiente de salinidade: Euhalino, Polihalino, Meso-oligohalino e 9 estações de coleta. Foram realizadas seis campanhas, sempre na baixa mar. Os dados referentes às variáveis ambientais foram mensurados a partir de uma sonda Horida U-52. As amostras de zooplâncton foram coletadas a partir de filtração de, no mínimo, 100 L, por meio de uma rede de plâncton (45 µm) e um balde graduado e fixadas com formaldeído salino a 4%. A bioindicação dos táxons foi avaliada pelo método do Valor de Indicação (IndVal), onde foram encontradas dez espécies pertencenctes ao grupo Rotifera, Copepoda e larvas de Polychaeta. Para a comunidade zooplanctônica foram registrados 46 táxons pertencentes aos grupos Rotifera, Annelida (Polychaeta), Mollusca (véliger de Gastropoda), Crustacea (Copepoda, Cladocera, Decapoda, Cirripedia), Chaetognatha e Chordata (larva e ovos de peixes). Rotifera foi o grupo mais frequente, destacandose Brachionus angularis (81,48%), a densidade média foi de 625.4+-731.8 ind. L-1 . A maior riqueza esteve nos setores Euhalino (seco) e no Meso-oligohalino (chuvoso) a dominância e diversidade de rotífero foram maiores no setor Meso-oligohalino para ambos os períodos. O estudo comprovou as hipóteses de que o estuário é dominado por espécies de pequeno porte e bioindicadoras de fatores abióticos que indicam poluição, mostrando que o estuário do rio Capibaribe está sendo afetado pela perturbação antrópica e que as espécies bioindicadoras podem ser utilizadas para monitoramento da qualidade da água.
