Navegando por Autor "Morais, Lucas Domingos de Oliveira"
Agora exibindo 1 - 1 de 1
- Resultados por Página
- Opções de Ordenação
Item Padrões sazonais de drosofilídeos (Insecta, Diptera) nativos e exóticos da Caatinga(2021-10-06) Morais, Lucas Domingos de Oliveira; Montes, Martín Alejandro; Garcia, Ana Cristina Lauer; http://lattes.cnpq.br/0563243377799793; http://lattes.cnpq.br/0349635170206363; http://lattes.cnpq.br/5192624756956968Embora possua grande extensão e número de espécies endêmicas, a Caatinga ainda é um bioma negligenciado no tocante à produção de conhecimento científico. Até então, poucos trabalhos se preocuparam em analisar a distribuição sazonal de espécies nativas e exóticas invasoras na região nordeste do Brasil, sobretudo na Caatinga. Neste estudo buscou-se avaliar a influência da sazonalidade na abundância de drosofilídeos nativos e exóticos da Caatinga. Foi realizada uma revisão bibliográfica, consultando as bases de dados da SciELO, Scopus, Science Direct, Google Scholar e PubMed. Utilizando os termos de busca “Caatinga”, “Drosophilidae”, “Seasonality”, “Sazonalidade”, “Exotic species”, “Drosophila”, “Chuva”, “Seca”, “Rainfall”, “Dry”, “Neotropical” e “Invasive species”, foram selecionados cinco trabalhos realizados entre 2010 e 2017 que investigaram a sazonalidade de drosofilídeos na Caatinga. Os resultados desses trabalhos foram investigados, e o teste de aderência Qui-quadrado foi realizado para avaliar as diferenças entre as abundâncias. Foram analisadas três espécies exóticas e seis espécies nativas, totalizando 21.428 indivíduos. Tanto as espécies nativas quanto as exóticas apresentaram preferência pela chuva, observando-se que 84,5% do total de indivíduos foram amostrados nesse período. A espécie mais abundante foi a nativa Drosophila willistoni, que correspondeu a 36,4% do total de indivíduos coletados em ambos os períodos. Todas as espécies foram mais abundantes no período chuvoso de maneira individual, com exceção da nativa Drosophila cardini. Os padrões sazonais observados são semelhantes aos de outros grupos de organismos da Caatinga, como aves e anfíbios, que também têm preferência pela chuva. A sazonalidade de espécies nativas de drosofilídeos segue os padrões observados em outros biomas do Brasil e do mundo, onde a preferência é pela chuva. Já a sazonalidade das espécies exóticas difere da observada em alguns locais, provavelmente devido ao baixo número de amostragens realizadas com espécies exóticas. Os resultados obtidos reforçam a necessidade de se investigar mais detalhadamente a sazonalidade de drosofilídeos exóticos na Caatinga, a fim de se obter resultados mais fidedignos sobre a biologia dessas espécies e prevenir futuras invasões biológicas no bioma.
