Navegando por Autor "Moura, Ariadne do Nascimento"
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Item Controle Top-Down da comunidade fitoplanctônica em reservatórios eutróficos tropicais: um cenário de biomanipulação com a adição de cladóceros planctônicos(2019-10-18) Carneiro, Celina Rebeca Valença; Moura, Ariadne do Nascimento; http://lattes.cnpq.br/5127314582444598; http://lattes.cnpq.br/2992963543722654Os crescentes níveis de eutrofização nos ecossistemas aquáticos têm chamado atenção para estudos que busquem o controle das florações de microalgas, uma vez que alguns destes organismos podem produzir toxinas capazes de causar danos aos mais variados grupos de seres vivos. Buscando possíveis soluções para esse desequilíbrio ecológico, têm-se preocupado em descobrir as particularidades da relação fitoplâncton-zooplâncton, especialmente devido aos últimos atuarem diretamente na dinâmica de ecossistemas aquáticos. Assim sendo, este estudo objetiva analisar o potencial dos cladóceros em atuar no controle top-down da biomassa fitoplanctônica de reservatórios eutróficos. O trabalho consistiu de dois experimentos: o primeiro foi realizado sob condições laboratoriais controladas com a comunidade fitoplanctônica do Açude de Apipucos-PE e o segundo foi realizado in situ com o fitoplâncton do Reservatório de Tapacurá-PE. No experimento laboratorial, foi observada a redução significativa em 67,39% e 40,17% da biomassa total nos períodos seco e chuvoso, respectivamente, após oito horas na maior densidade zooplanctônica. Por outro lado, no experimento in situ os cladóceros não obtiveram sucesso no controle da biomassa fitoplanctônica. No entanto, notou-se que o tratamento com a biomassa zooplanctônica natural do Reservatório de Tapacurá duplicada foi capaz de reduzir significativamente a biomassa de quase todos os grupos morfofuncionais. Além disso, em ambos os experimentos as espécies que apresentaram máxima dimensão linear com valores entre 0 e 100 μm não apresentaram reduções no tamanho em ambos os períodos sazonais, sugerindo que o cladócero as consumiu inteiras, enquanto que apenas no experimento I as espécies maiores que 100 μm foram reduzidas principalmente nos tratamentos com adição de 200 e 300 ind L-1. Portanto, a comunidade zooplanctônica natural do Reservatório de Tapacurá e Macrothrix spinosa demonstraram serem potenciais controladores do crescimento fitoplanctônico em ecossistemas aquáticos eutróficos tropicais.Item Diferentes respostas de espécies fitoplanctônicas aos efeitos da interação com Ceratophyllum demersum L. e herbivoria por Moina micrura Kurz, 1875(2019-12-03) Souza, Vitor Ricardo de; Moura, Ariadne do Nascimento; http://lattes.cnpq.br/5127314582444598; http://lattes.cnpq.br/1478768266839775O presente trabalho visa compreender os efeitos alelopáticos indiretos de Ceratophyllum demersum e a herbivoria de Moina micrura sobre Microcystis aeruginosa e Raphidocelis subcapitata. Para realização do estudo, cepas de algas foram cultivadas em erlenmeyers de 1000 mL preenchidos com 800 mL de meio ASM1, e sob condições de temperatura e luminosidade controladas. Foram realizados dois experimentos paralelos, com duração de seis dias, em uma sala asséptica. O primeiro experimento consistiu em quatro tratamentos com tréplicas, o qual avaliou-se a interação de C. demersum + as cepas, M. micrura + as cepas, C. demersum e M. micrura + as cepas, e o controle (cepas em proporções iguais 1:1). O segundo experimento contou com cinco tratamentos com tréplicas, onde as algas foram postas em coexistência sob diferentes concentrações: 1:0, 3:1, 1:1, 1:3 e 0:1. Foram coletadas alíquotas de 2 mL a cada dois dias (0, 2, 4 e 6) para determinação da densidade e posterior obtenção da biomassa. Os dados foram tratados estatisticamente através de uma ANOVA one-way com nível de significância estabelecido em 5% (p>0,05). Inicialmente os dados foram testados quanto a normalidade prevista pelo teste de Kolmogorov-Smirnov. No experimento 1, C. demersum e C. demersum + M. micrura inibiram significativamente M. aeruginosa a partir do segundo dia (p<0,01), enquanto que, R. subcapitata não apresentou diferenças durante todo o experimento (p>0,05). Nos tratamentos com apenas M. micrura, não houve alteração na densidade das cepas (p>0,05). Possivelmente C. demersum inibiu o crescimento da cianobactéria através da liberação de aleloquímicos, mas a clorófita foi menos afetada por dispor de maior resistência fisiológica. No experimento 2, M. aeruginosa não inibiu o crescimento de R. subcapitata em proporções iguais (1:1) e dominantes (3:1), mas foi inibida por Raphidocelis em baixas concentrações (1:3). É possível que a clorófita seja estimulada quando algas competidoras estão em menores densidades. Concluímos que a ação de C. demersum é eficiente no controle de M. aeruginosa, diferentemente de M. micrura. Em baixas concentrações, M. aeruginosa pode ser inibida por R. subcapitata, enquanto que, R. subcapitata apresenta possível resistência tanto aos aleloquímicos da macrófita, quanto às microcistinas da cianobactéria.Item Sensibilidade de cepas de Microcystis submetidas à coexistência com Ceratophyllum demerssum L.(2019-09-18) Falcão, Rafael Henrique de Moura; Moura, Ariadne do Nascimento; http://lattes.cnpq.br/5127314582444598; http://lattes.cnpq.br/2866001009624251Este trabalho objetivou avaliar a sensibilidade de quatro cepas do complexo Microcystis aeruginosa Kützing isoladas de reservatórios com a presença e ausência de macrófitas aquáticas submersas. Foi realizado um experimento de coexistência com as quatro cepas de cianobactérias, expostas à macrófita submersa Ceratophyllum demersum (ramos jovens e apicais – 7 g.L-1) durante seis dias, sob condições controladas de laboratório em erlenmeyers com 500 mL de meio nutritivo ASM1. As cepas utilizadas pertencem às espécies M. aeruginosa (BMIUFRPE-06 e BMIUFRPE-07), isoladas do reservatório de Cajueiro (com a presença de macrófitas submersas) e M. panniformis (BMIUFRPE-08 e BMIUFRPE-09), isoladas do reservatório de Tapacurá (com ausência de macrófitas submersas). O controle consistiu no cultivo de cada cepa na ausência da planta, o que totalizou oito tratamentos com quatro réplicas cada. O crescimento da macrófita foi avaliado por meio da diferença entre o peso úmido inicial e final. Alíquotas de 2 mL foram coletadas a cada dois dias, para verificar os efeitos da planta sobre a densidade das cepas, por meio da contagem de células. Esses dados foram analisados entre os tratamentos e durante os dias de amostragem, com o uso do teste T de student para dados normais e o teste de Mann-Whitney para dados não normais. Ceratophyllum demersum apresentou crescimento em todos os tratamentos em que estava exposto às cepas de cianobactérias. Em contrapartida, o crescimento das cepas foi afetado de forma diferenciada. As cepas de M. panniformis isoladas de Tapacurá (BMIUFRPE-08 e BMIUFRPE-09) foram inibidas a partir do quarto dia de experimento, enquanto que, as cepas de M. aeruginosa (Cajueiro) foram menos afetadas: BMIUFRPE-06 apresentou o crescimento reduzido a partir do quarto dia até o final do experimento; no entanto, a BMIUFRPE-07 não mostrou diferenças significativas entre os tratamentos no dia final. Desta forma, a presença de C. demersum no local de origem das cepas (Cajueiro) pode ser um fator atuante sobre a sensibilidade de Microcystis aos aleloquímicos da macrófita. A coexistência entre as cianobactérias e C. demersum no ambiente natural contribuiu para o crescimento diferenciado das cepas de Microcystis isoladas destes ambientes. Com isso, este estudo contribui para o entendimentos das estratégias de biorremediação dos reservatórios de abastecimento público com florações de cianobactérias potencialmente tóxicas.
