Navegando por Autor "Silva, Emmanoel Alexandre da"
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Item Os “Meninos do Recife”: o olhar de Abelardo da Hora sobre o abandono de crianças e adolescentes (1960-1962)(2021-12-17) Silva, Emmanoel Alexandre da; Miranda, Humberto da Silva; http://lattes.cnpq.br/1254987493556824; http://lattes.cnpq.br/8320982234183889O presente trabalho tem por objetivo discorrer sobre as contrariedades entre os discursos legais do Serviço de Assistência ao Menor (SAM) sobre crianças abandonadas e desvalidas e o cenário de vulnerabilidade social e de violência vivenciada por crianças e adolescentes, entre 1960 a 1962, na cidade do Recife. De maneira teórica-metodológica, o trabalho adota a perspectiva de crianças e adolescentes enquanto sujeitos históricos. Para tanto, nos primeiros capítulos o trabalho partiu da contextualização histórica da criação do serviço e identificou seus problemas internos e suas estratégias de disciplina e controle, a partir dos estudos foucaultianos. Em seguida, no terceiro capítulo, expôs tanto a maneira violenta e repressiva que o SAM se aplicava em Recife, ao utilizar matérias do Diário de Pernambuco, publicadas ao longo de janeiro de 1960, que denunciam o internamento de um adolescente feito de maneira abusiva e inadequada. Como também, no último capítulo, a partir da trajetória de Abelardo da Hora enquanto artista engajado e de sua produção artística como denúncia social, expôs o cenário de vulnerabilidade que crianças e adolescentes sofriam a partir da análise da gravura 22, da série Meninos do Recife (1962), do artista plástico. Neste capítulo, serão adensadas discussões teórico-metodológicas sobre o uso da arte na História, a conceituação do ser intelectual, o papel do artista na sociedade, arte engajada e militante, dentre outras. Dessa forma, o trabalho pretende contribuir com a historiografia das infâncias para que se considere crianças e adolescentes enquanto sujeitos autônomos e protagonistas da sua própria história. Como também se apresenta relevante e inovadora ao identificar as contrariedades entre as legislações e as diferentes realidades sociais do Recife a partir de fontes impressas e artísticas, ressaltando a importância da educação estético-política (GOMES, 2019) na construção da consciência histórica, levando em conta não somente a racionalidade, mas também a subjetividade, construindo assim, um modus operandi historiográfico mais humanizado e menos excludente.
