Navegando por Assunto "Alelopatia"
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Item Favaliação da atividade alelopática do extrato aquoso de Senna siamea (Lam.) H.S. Irwin & Barneby sobre o desenvolvimento de plântulas de Lactuca sativa l.(2019) Medeiros, Luanna Torres de; Saraiva, Rogério de Aquino; http://lattes.cnpq.br/6812072552819682; http://lattes.cnpq.br/8680775638977616A alelopatia é compreendida como um processo que ocorre em comunidades vegetais, onde as espécies atuam por meio de mecanismos capazes de interferir no crescimento e desenvolvimento de outras plantas, através da liberação de substâncias químicas, também denominadas de aleloquímicos, que são oriundas de processos que ocorrem naturalmente em seu metabolismo secundário e posteriormente depositadas no substrato. Esses aleloquímicos podem desempenhar ações prejudiciais ou vantajosas quando em contato com outras plantas presentes no mesmo ambiente, conforme a quantidade e as circunstâncias em que se encontram no local. Senna siamea (Lam) H.S. Irwin & Barneby, conhecida popularmente por canafístula ou cássia-de-sião é originária da Tailândia, mas amplamente encontrada na região do semiárido brasileiro, a qual possui aplicação abundante no uso paisagístico, no sombreamento e diversas pesquisas etnofarmacológicas. Considerando a grande dispersão de espécies de S. siamea ao longo de todo o Nordeste brasileiro, objetivamos avaliar sua atividade alelopática sobre o desenvolvimento de plântulas de Lactuca sativa (alface). Para isto, foram colocadas 25 sementes de L. sativa em placas de Petri, e simultaneamente também foram acrescentadas diferentes concentrações (0, 25, 50, 75 e 100) do extrato aquoso das folhas de Senna siamea, em seguida as placas semeadas foram realocadas para uma câmara de germinação onde permaneceram durante sete dias sob monitoramento diário. As análises foram realizadas através de medições das radículas e hipocótilos das plântulas e bioensaios de fitotoxicidade e testes fitoquímicos, a partir dos quais foram detectados a presença de classes de metabólitos secundários como flavonoides e compostos fenólicos. A partir disso, verificou-se um efeito inibitório em relação as plântulas de alface que foi constatado por meio das observações do comprimento da radícula e hipocótilo, diminuição do vigor, presença de necrose e redução no teor de clorofilas e carotenoides. Fundamentando-se nos conhecimentos obtidos, é possível evidenciar que esta espécie de planta possui potencial relevante como fonte de compostos químicos com propriedades biotecnológicas significantes na produção de herbicidas naturais para uso menos agressivo ao ambiente contra plantas daninhas, além da busca por maiores informações para a utilização adequada de espécies vegetais que possuem potencial alelopático.Item Sensibilidade de cepas de Microcystis submetidas à coexistência com Ceratophyllum demerssum L.(2019-09-18) Falcão, Rafael Henrique de Moura; Moura, Ariadne do Nascimento; http://lattes.cnpq.br/5127314582444598; http://lattes.cnpq.br/2866001009624251Este trabalho objetivou avaliar a sensibilidade de quatro cepas do complexo Microcystis aeruginosa Kützing isoladas de reservatórios com a presença e ausência de macrófitas aquáticas submersas. Foi realizado um experimento de coexistência com as quatro cepas de cianobactérias, expostas à macrófita submersa Ceratophyllum demersum (ramos jovens e apicais – 7 g.L-1) durante seis dias, sob condições controladas de laboratório em erlenmeyers com 500 mL de meio nutritivo ASM1. As cepas utilizadas pertencem às espécies M. aeruginosa (BMIUFRPE-06 e BMIUFRPE-07), isoladas do reservatório de Cajueiro (com a presença de macrófitas submersas) e M. panniformis (BMIUFRPE-08 e BMIUFRPE-09), isoladas do reservatório de Tapacurá (com ausência de macrófitas submersas). O controle consistiu no cultivo de cada cepa na ausência da planta, o que totalizou oito tratamentos com quatro réplicas cada. O crescimento da macrófita foi avaliado por meio da diferença entre o peso úmido inicial e final. Alíquotas de 2 mL foram coletadas a cada dois dias, para verificar os efeitos da planta sobre a densidade das cepas, por meio da contagem de células. Esses dados foram analisados entre os tratamentos e durante os dias de amostragem, com o uso do teste T de student para dados normais e o teste de Mann-Whitney para dados não normais. Ceratophyllum demersum apresentou crescimento em todos os tratamentos em que estava exposto às cepas de cianobactérias. Em contrapartida, o crescimento das cepas foi afetado de forma diferenciada. As cepas de M. panniformis isoladas de Tapacurá (BMIUFRPE-08 e BMIUFRPE-09) foram inibidas a partir do quarto dia de experimento, enquanto que, as cepas de M. aeruginosa (Cajueiro) foram menos afetadas: BMIUFRPE-06 apresentou o crescimento reduzido a partir do quarto dia até o final do experimento; no entanto, a BMIUFRPE-07 não mostrou diferenças significativas entre os tratamentos no dia final. Desta forma, a presença de C. demersum no local de origem das cepas (Cajueiro) pode ser um fator atuante sobre a sensibilidade de Microcystis aos aleloquímicos da macrófita. A coexistência entre as cianobactérias e C. demersum no ambiente natural contribuiu para o crescimento diferenciado das cepas de Microcystis isoladas destes ambientes. Com isso, este estudo contribui para o entendimentos das estratégias de biorremediação dos reservatórios de abastecimento público com florações de cianobactérias potencialmente tóxicas.
