Navegando por Assunto "Biogeografia"
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Item Análises morfométricas dos peixes da família Ostraciidae da costa Nordeste do Brasil(2022-05-27) Pigot, Anthony Daniel Hannigan; Frédou, Thierry; http://lattes.cnpq.br/8119220407894290; http://lattes.cnpq.br/9593075785053242Conhecidos como peixes cofres, as espécies Acanthostracion quadricornis, Acanthostracion polygonius e Lactophrys trigonus são todas da ordem Tetraodontiforme, família Ostraciidae. Apresentam como característica marcante um corpo encerrado em uma caixa óssea composta por placas hexagonais, razão pela qual são tão facilmente reconhecíveis, deixando do lado de fora dela somente suas nadadeiras, olhos e boca. As três espécies se encontram distribuídas pelo oceano Atlântico, em águas tropicais e temperadas e dos EUA, Bermuda, Caribe, das Antilhas ao Brasil, onde a distribuição destes peixes é ampla, pois são encontrados em águas das costas do Norte e principalmente do Nordeste, onde se encontram grandes populações dessas espécies no Brasil. São animais marinhos associados a recifes de coral, sendo encontrados em profundidades de até 80 m. Os objetivos deste trabalho se limitam a saber mais acerca da morfometria destas espécies (relativamente pouco é conhecido acerca disso) e as relações comprimento-comprimento delas, além de saber se há diferenças significativas entre dois gêneros desta mesma família e os efeitos do ambiente no formato do corpo destes peixes. Este trabalho traz informações sobre a eventual influência da forma do corpo sobre a distribuição destas espécies em relação aos ambientes da plataforma da região nordeste do Brasil. Os indivíduos capturados foram utilizados para gerar modelos lineares, obtendo-se relações comprimento-comprimento (RCC). Dados obtidos não mostraram relações estatisticamente significativas entre a distribuição das espécies ao longo da profundidade e nos habitats e na forma dos seus corpos. O formato do corpo variou de acordo com a espécie, havendo possivelmente algum outro mecanismo com maior influência sobre o formato do corpo do que os agentes exteriores analisados.Item Modelagem de distribuição e bioacústica de aves co-distribuídas em florestas úmidas da América do Sul(2022-05-27) Ferreira, Maria Eduarda Alves; Fernandes, Alexandre Mendes; http://lattes.cnpq.br/0273567197386804As florestas tropicais úmidas da América do Sul possuem uma história evolutiva um tanto intrigante. É sugerido momentos de expansão e retração dessas florestas em diferentes períodos do tempo, sendo esses momentos cruciais para eventos de dispersão, extinção e especiação das espécies. Estudos com inúmeros táxons codistribuídos entre a Amazônia e Mata Atlântica, e a existência de refúgios florestais, como os Brejos de Altitude, em meio a Caatinga demonstram a similaridade existente entre essas florestas e evidenciam uma pretérita e recorrente conectividade florestal entre os biomas. Rotas por onde ocorreram tais conexões entre as florestas foram propostas para um melhor entendimento sobre sua dinâmica histórica. Na presente pesquisa, prevemos através da modelagem de distribuição e análise dos caracteres vocais de diferentes espécies de aves co-distribuídas na Amazônia, Mata Atlântica e em fragmentos dessas florestas ao longo do Cerrado e Caatinga (Brejos de Altitude), conexões biogeográficas entre os biomas durante o Último Máximo Glacial (UMG - 21 mil anos - Ka). Além de identificar conexões passadas, esse estudo procurou entender como mudanças climáticas ocorridas do UMG até o futuro podem influenciar na distribuição das espécies. Para isso, modelos de distribuição potencial foram construídos em diferentes cenários, sendo eles passado (UMG-21Ka, Holoceno-6Ka), Presente (1970-2000) e Futuro (2070); e parâmetros vocais das espécies suboscines e oscines foram analisados. Os resultados da modelagem para o UMG identificaram conexões entre Amazônia e Mata Atlântica através das regiões mais ao sul do país, suportando a rota SE-NW, e através da Caatinga, pela rota NE. Ambas as vias de conexão podem ter desempenhado um importante papel na dispersão dos táxons entre os biomas. A análise vocal não encontrou diferença entre as vocalizações das espécies e os distintos ambientes, sugerindo dessa forma conexões recentes entre as florestas e contato entre as populações de modo que o tempo de separação entre Amazônia e Mata Atlântica não foi suficiente para distingui-las vocalmente. Para o futuro, os modelos indicam retração de áreas adequadas para a ocorrência das espécies. Esse resultado serve de alerta para ações que visem à conservação dos biomas e das aves que ocorrem em ambientes florestaisItem Modelagem de distribuição e variação vocal do bacurauzinho, Nannochordeiles pusillus (Aves: Caprimulgidae), em diferentes biomas neotropicais(2022-05-25) Nascimento, Nathália Marques da Silva do; Fernandes, Alexandre Mendes; http://lattes.cnpq.br/0273567197386804O Bacurauzinho, Nannochordeiles pusillus, possui ampla distribuição em áreas com vegetação aberta e ocorre em diferentes fitofisionomias como Cerrado, Caatinga e Pantanal. Entretanto, a história evolutiva, diferenciação genética e fenotípica do grupo ainda não é bem compreendida, e assim não há um consenso em relação ao número de subespécies existentes para o táxon. Estudos a partir de dados de sequenciamento do DNA mitocondrial e genômicos sugerem que existam duas linhagens morfologicamente distintas em N. pusillus separados há cerca de 2 milhões de anos. Uma dessas linhagens tem distribuição em áreas de vegetação abertas na Amazônia, conhecidas como Campinas e apresentam a plumagem da região subcaudal com barras pretas, enquanto que a outra linhagem tem distribuição circum-Amazônica e possuem a plumagem das subcaudais brancas. Assim, o presente trabalho teve por objetivo analisar se há diferenças de distribuição potencial em diferentes períodos (passado, presente e futuro) e se existem diferenças de canto entre as duas linhagens do bacurauzinho. Para isso, utilizamos a modelagem de distribuição, em que são combinados os pontos de ocorrência e os mapas de variáveis ambientais para criar modelos de distribuição. Para investigar variação de vocalizações na espécie, inicialmente foi feito um levantamento dos dados de canto em plataformas online e após uma triagem foram utilizados diferentes parâmetros, sendo a frequência o principal parâmetro analisado. Os resultados obtidos corroboram a existência de duas linhagens, e fortalecem que as duas linhagens devem ser reconhecidas como espécies plenas, já que apresentam diferenças morfológicas, alta divergência genética e vocal, além de possuírem distribuição parapátrica em fitofisionomias distintas. Os dados de bioacústica determinam que a linhagem da Amazônia possui canto mais lento e com maior número de frases, além da frequência, ser menor quando comparada a linhagem circum-Amazônica, sendo que a linhagem de N. pusillus circum-Amazônica apresenta canto mais rápido e com frequência mais alta. Em relação a modelagem de distribuição, a linhagem circum-Amazônica é mais generalista, ocorre em diferentes biomas de vegetação aberta e pode não ser afetada pelas mudanças climáticas, mas beneficiada, enquanto a linhagem da Amazônia é especialista das campinas amazônicas e pode sofrer redução populacional devido à perda de habitat pelas alterações de clima. Além da resolução das incertezas taxonômicas, o presente trabalho contribui para que políticas de conservação sejam tomadas, pois além da linhagem da Amazônia, outras espécies são endêmicas das campinas e estas áreas não se encontram dentro das Unidades de Conservação (UC's) de proteção integral, assim o presente trabalho contribuí para que estas sejam definidas como prioritárias para evitar a perda de diversidade biológica endêmica das campinas em decorrência das mudanças climáticasItem Taxonomia de moluscos terrestres da estação Ecológica do Tapacurá, Pernambuco(1994) Barros, Jose Carlos Nascimento de
