Navegando por Assunto "Biopolímeros"
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Item Desenvolvimento e caracterização do filme antimicrobiano de polibutileno adipato-co-tereftalato (PBAT) com óleo essencial de cravo da índia para utilização em embalagem ativa(2019) Amorim, Geisse Elike Pereira; Brito, Andréa Monteiro Santana Silva; http://lattes.cnpq.br/5039313786764491; http://lattes.cnpq.br/6826511553929660Embalagens biodegradáveis antimicrobianas com aditivos naturais são uma excelente alternativa para substituição de embalagens plásticas utilizadas comercialmente, uma vez que, suas vantagens vão desde a inibição da ação de microrganismos nos alimentos, até o benefício de minimizar os impactos ambientais por seu menor tempo de decomposição quando em contato com o meio ambiente. Diante disso, o objetivo do presente trabalho foi desenvolver um filme polimérico para utilização em embalagem ativa antimicrobiana, produzido a partir do polibutileno adipato-co-tereftalato (PBAT) com adição do óleo essencial de Syzygium aromaticum (cravo da índia) e caracterizá-lo, avaliando as seguintes propriedades: i) inspeção física e visual (bolhas, uniformidade e flexibilidade); ii) ensaio de migração, onde foi simulado os meios ácido, neutro e alcóolico para exposição do filme e o sistema foi monitorado na banda 1515 cm-1, em um espectrofotômetro de infravermelho (FT-IR) utilizando o acessório de reflexão total atenuada (UATR), nos tempos de 0, 22, 44, 66, 88 e 110h; iii) permeabilidade ao vapor de água, determinada pelo método gravimétrico estático dessecante, norma ASTM E96 (2000) acompanhada por um período de 880 horas; iv)transparência, determinada usando um espectrofotômetro UV-Vis, avaliados em triplicatas e realizadas cinco leituras aleatórias em cada filme e v) análise termogravimétrica (TGA), na temperatura de 30°C a 600°C.Vale ressaltar, que por meio da cromatografia gasosa, foi encontrado um teor de 72,96% de eugenol no cravo da índica utilizado, indicando que o óleo essencial escolhido apresenta um potencial antimicrobiano. Os filmes obtidos, apresentaram-se uniformes, flexíveis e sem bolhas. A migração foi efetiva no tempo de 110h, sendo as primeiras 22h o tempo de maior migração. O meio simulante neutro foi o que teve a migração mais lenta, ainda que a variação de migração em relação aos demais meios foi bem pequena, se mostrando bastante apropriados em meio neutro, alcoólico e ácido. A incorporação do óleo essencial ao PBAT provocou um aumento na transparência e na permeabilidade ao vapor de água. A análise termogravimétrica revelou que os polímeros investigados se apresentam relativamente estáveis a uma temperatura abaixo de 350°C. Com base nos resultados obtidos, foi possível demonstrar que os filmes biodegradáveis produzidos a partir de PBAT com óleo essencial de cravo da índia é um sistema promissor para fins de uso em embalagens ativas antimicrobianas.Item Encapsulamento de peptídeos inibidores da enzima conversora de angiotensina: uma revisão sistemática(2022-10-04) Amorim, Andreza Pereira de; Bezerra, Raquel Pedrosa; Souza, Karoline Mirella Soares de; http://lattes.cnpq.br/1649933694798062; http://lattes.cnpq.br/1466206759539320; http://lattes.cnpq.br/0373414973566228Os hidrolisados de proteínas (peptídeos) isolados de diversas fontes apresentam uma ampla gama de atividades biológicas, como anti-hipertensivas. Esses peptídeos anti-hipetensivos atuam inibindo a enzima conversora de angiotensina-I (ECA) no sistema cardiovascular, contribuindo para a prevenção e tratamento da hipertensão. A administração oral deste peptídeo pode ser alterada pela ação de enzimas gastrointestinais. Assim, a encapsulação tem sido uma alternativa para preservar a atividade dos peptídeos inibidores da ECA. O objetivo deste artigo foi revisar sistematicamente estudos que avaliaram a encapsulação de peptídeos da ECA. Foi realizada uma busca eletrônica nas bases de dados Pubmed, Web of Science, Scopus e complementada por busca manual no período de 2011 a 2022. No total, foram avaliados 102 artigos e apenas 12 se enquadraram nos critérios de inclusão. Nano/lipossoma é o sistema de entrega mais comum, embora nano/micropartículas tenham melhor valor de eficiência de encapsulamento (EE). Em geral, a gelificação ionotrópica e uma combinação de alginato de sódio e goma arábica forneceram o melhor valor de EE. Entre os sistemas nano/lipossomais, a técnica de hidratação de filme e fosfatidilcolina (FC) como material carreador tem sido a escolha predominante para encapsulamento de peptídeos inibidores ds ECA, embora o uso da técnica de hidratação de filme tenha apresentado maiores valores de EE quando, fosfolipídios de soja (FS) foi usado como carreador material. Assim, a escolha da técnica e do material torna-se uma etapa crucial para o encapsulamento eficaz dos peptídeos da ECA.Item Propriedades filmogênicas da mucilagem de Nopalea cochenillifera (L.) Salm-Dyck obtida com a reutilização de solvente orgânico(2022-05-27) Andrada, Lucas Vinícius Pierre de; Simões, Adriano do Nascimento; http://lattes.cnpq.br/1895049701533568; http://lattes.cnpq.br/5312196285971764A mucilagem da palma forrageira (Nopalea cochenillifera Salm-Dyck) é composta por polissacarídeos utilizados na elaboração de polímeros, os quais são alternativas interessantes aos plásticos petroquímicos, graças a características como elasticidade e a capacidade de formar rede molecular. No entanto, a extração da mucilagem, comumente realizada com etanol, bem como seu descarte, intensifica os impactos em função de sua relativa toxicidade para o meio ambiente, além do alto custo. Assim, objetivou-se implementar metodologias que resultem no reaproveitamento do álcool para o processo de extração de mucilagem e elaboração do biopolímero à base de palma forrageira. Cladódios de N. cochenillifera foram colhidos e processados para obtenção da mucilagem. Os cladódios foram cortados, retirado o parênquima aquífero e levados a processador com uso de etanol. Ao fim do processamento foi obtido um pó esbranquiçado, que foi hidratado tanto para realizar as análises físico-químicas na mucilagem quanto para formular os biopolímeros, os quais foram caracterizados via análises térmicas, ópticas, físicoquímicas e estruturais. O etanol residual da extração foi destilado em rotaevaporador para retirada de pigmentos e reestabelecimento do seu teor alcoólico. Após todas as análises, foi realizada uma nova extração de mucilagem reaproveitando-se o etanol, e novamente foram realizadas avaliações físico-químicas na mucilagem e no solvente, além de, nos biopolímeros obtidos, serem realizadas as análises térmicas, ópticas, físico-químicas e estruturais. Observou-se na mucilagem que pH, teor de vitamina C, acidez total, condutividade elétrica e sólidos solúveis não variaram significativamente, independente do extrator utilizado. Os teores de sódio e potássio, por outro lado, diminuíram quando a mucilagem foi extraída com etanol reaproveitado, indicando que o mesmo foi eficiente na remoção desses íons. Quantificou-se, no etanol proveniente da primeira extração, um alto valor de compostos fenólicos e carboidratos solúveis totais, ao passo que no etanol reaproveitado tais valores foram reduzidos consideravelmente, indicando que mesmo removeu menos componentes da mucilagem que o limpo, o que viabiliza a elaboração de biopolímeros mais compactos pois tais componentes aprimoram as propriedades estruturais, como teor de umidade e permeabilidade ao vapor d’água. Os filmes provenientes da segunda extração foram menos solúveis em água, menos espessos e mais transparentes, além de apresentarem maior estabilidade térmica que aqueles provenientes da primeira extração. Conclui-se que o etanol reaproveitado aprimorou as propriedades filmogênicas da mucilagem, tais como carboidratos e compostos fenólicos, além de não ter removido componentes nutricionais como proteínas, ácido cítrico e ácido ascórbico. Os biopolímeros provenientes da extração com álcool reaproveitado, além de apresentarem melhores aspectos morfológicos através de sua microestrutura, também apresentaram aspectos estruturais promissores, como baixa solubilidade em água e teor de umidade, indicando o reaproveitamento do solvente como uma boa alternativa ao uso de etanol puro, o qual encarece o processo de fabricação de biopolímeros, bem como promove maior quantidade de resíduos no ambiente. Entretanto são necessários estudos referentes à metodologia de reuso do solvente no que tange a qual o limite de seu potencial de reaproveitamento, de modo a tornar tal procedimento viável em escalas industriais
