Navegando por Assunto "Cianobactéria"
Agora exibindo 1 - 6 de 6
- Resultados por Página
- Opções de Ordenação
Item Atividade tripanocida de compostos bioativos oriundos de algas e cianobactérias: uma revisão(2021-12-07) Moura, Yanara Alessandra Santana; Marques, Daniela de Araújo Viana; http://lattes.cnpq.br/0788548123321981; http://lattes.cnpq.br/1018762976201930A doença de Chagas (DC) é enfermidade tropical negligenciada causada pelo protozoário Trypanosoma cruzi que possui três formas evolutivas, sendo as tripomastigotas e amastigotas as de interesse clínico. A DC possui duas fases clínicas, a fase aguda (assintomática na maioria dos casos) e a fase crônica (pode afetar os sistemas cardiovascular, digestório ou nervoso). As drogas disponíveis como tratamento contra a DC, benznidazol (BZN) e nifurtimox (NFX), possuem alta citotoxicidade, especialmente o NFX. O BZN, o tratamento de primeira linha, possui eficácia limitada na fase crônica da DC além de estar associada a mecanismos de resistência por parte dos parasitos. Assim, novos compostos com atividade tripanocida são necessários para agir como tratamento clínico contra DC. Vários compostos naturais são descritos como potenciais alternativas antichagásicas. Dentre eles, algas e cianobactérias são fontes promissoras desses compostos visto que eles realizam várias atividades biológicas relatadas na literatura, incluindo atividade anti-T. cruzi. Assim, o objetivo desse trabalho foi realizar uma revisão sistemática de estudos envolvendo a ação tripanocida in vitro, in vivo ou in silico de algas e cianobactérias frente a formas tripomastigotas e amastigotas de T. cruzi. Para realizar as buscas, foram utilizadas as bases de dados Science Direct, Web of Science, Springer Link, Wiley Online Library, Scielo e MDPI. No total, 15 estudos foram incluídos, e os filos Rhodophyta e Ochrophyta foram os mais estudados e promissores para atividade anti-T. cruzi. As macroalgas Dictyota dichotoma e Ulva lactuca foram a mais estudadas. Contudo, as maiores atividades antiparasitárias foram apresentadas pelo extrato da macroalga Stypopodium zonale, baseado na concentração do extrato capaz de inibir os parasitos em 50% (IC50), enquanto Tetraselmis suecica e Nostoc commune exibiram os melhores valores de IC50 entre microalgas e cianobactérias, respectivamente. Entre todos os estudos, apenas quatro princípios ativos foram identificados, sendo o elatol, obtido de Laurencia dendroidea, o mais promissor baseado no índice de seletividade para tripomastigotas (IS = 19,56) e amastigotas (IS = 26,73). O único estudo in vivo mostrou que Arthrospira maxima pode ser efetiva em ratos infectados com T. cruzi, como tratamento ou profilaxia. Apesar da atividade anti-T. cruzi de compostos bioativos de algas e cianobactérias ser promissora, estudos futuros devem explorar os mecanismos de ação dos compostos, bem como novos estudos in vivo são necessários para viabilizar futuras aplicações desses compostos para ensaios clínicos no tratamento da DC.Item Caracterização e avaliação do potencial de gelificação dos polissacarídeos extraídos da Arthrospira (Spirulina) platensis(2025-03-10) Silva, Sara Cadete da; Bezerra, Raquel Pedrosa; Silva, Marllyn Marques da; http://lattes.cnpq.br/5819032802869221; http://lattes.cnpq.br/1466206759539320; http://lattes.cnpq.br/5393058542194680Arthrospira platensis, conhecida como Spirulina é uma cianobactéria filamentosa amplamente distribuída em diversos ambientes e valorizada por seu alto teor nutricional e metabólitos bioativos. Composta majoritariamente metabólitos bioativos, como proteínas, carboidratos, lipídeos e minerais, que podem ser influenciados por fatores ambientais. Os polissacarídeos se destacam por suas propriedades funcionais e bioativas, incluindo efeitos imunomoduladores, antioxidantes e antivirais. Embora pouco estudados em comparação com os de macroalgas, além de apresentarem potencial gelificante, sugerindo aplicações em encapsulação. Portanto, o objetivo deste trabalho é caracterizar bioquimicamente e avaliar o potencial gelificante dos polissacarídeos extraídos da Arthrospira platensis. O microrganismo Arthrospira platensis foi cultivada em meio de cultura Schlösser modificado, com adição de 0,2% de milhocina, em agitação e iluminação constantes. Ao final do cultivo a biomassa produzida foi concentrada e ressuspendida em etanol absoluto (1:8), aquecida a 70 °C por 4 horas para a extração dos polissacarídeos. Os polissacarídeos foram ressuspendidos em solução de Savage para remoção de proteínas e lipídios residuais e utilizados para determinação de carboidratos totais, carboidratos redutores, carboidratos não redutores, teor de sulfatação e gelificação em soluções de cátions monovalente (NaCl), bivalente (CaCl₂) e trivalente (FeCl₃) a 100 mM e pH 6. A extração de polissacarídeos de Arthrospira platensis com etanol como precipitante obteve um rendimento de 31%. Na concentração de 10 mg/mL, as dosagens de carboidratos totais, redutores, não redutores e teor de conteúdo sulfatado foram de 0,89 mg/mL, 0,28 mg/mL, 0,6 mg/mL e 1,4 mg/mL respectivamente. Testes de gelificação com cátions monovalente (NaCl), bivalente (CaCl₂) e trivalente (FeCl₃) a 100 mM e pH 6 não resultaram em formação de geis, embora a solução de polissacarídeo concentrado a 1% tenha mostrado resistência à diluição na presença de CaCl₂. A Arthrospira platensis apresentou bom rendimento na extração de polissacarídeos e alto teor de conteúdo sulfatado. Apesar de não terem formado geis com cátions, mostrou-se resistência à diluição com CaCl₂, indicando potencial funcional e necessidade de estudos adicionais para otimizar suas propriedades gelificantes.Item Diferentes respostas de espécies fitoplanctônicas aos efeitos da interação com Ceratophyllum demersum L. e herbivoria por Moina micrura Kurz, 1875(2019-12-03) Souza, Vitor Ricardo de; Moura, Ariadne do Nascimento; http://lattes.cnpq.br/5127314582444598; http://lattes.cnpq.br/1478768266839775O presente trabalho visa compreender os efeitos alelopáticos indiretos de Ceratophyllum demersum e a herbivoria de Moina micrura sobre Microcystis aeruginosa e Raphidocelis subcapitata. Para realização do estudo, cepas de algas foram cultivadas em erlenmeyers de 1000 mL preenchidos com 800 mL de meio ASM1, e sob condições de temperatura e luminosidade controladas. Foram realizados dois experimentos paralelos, com duração de seis dias, em uma sala asséptica. O primeiro experimento consistiu em quatro tratamentos com tréplicas, o qual avaliou-se a interação de C. demersum + as cepas, M. micrura + as cepas, C. demersum e M. micrura + as cepas, e o controle (cepas em proporções iguais 1:1). O segundo experimento contou com cinco tratamentos com tréplicas, onde as algas foram postas em coexistência sob diferentes concentrações: 1:0, 3:1, 1:1, 1:3 e 0:1. Foram coletadas alíquotas de 2 mL a cada dois dias (0, 2, 4 e 6) para determinação da densidade e posterior obtenção da biomassa. Os dados foram tratados estatisticamente através de uma ANOVA one-way com nível de significância estabelecido em 5% (p>0,05). Inicialmente os dados foram testados quanto a normalidade prevista pelo teste de Kolmogorov-Smirnov. No experimento 1, C. demersum e C. demersum + M. micrura inibiram significativamente M. aeruginosa a partir do segundo dia (p<0,01), enquanto que, R. subcapitata não apresentou diferenças durante todo o experimento (p>0,05). Nos tratamentos com apenas M. micrura, não houve alteração na densidade das cepas (p>0,05). Possivelmente C. demersum inibiu o crescimento da cianobactéria através da liberação de aleloquímicos, mas a clorófita foi menos afetada por dispor de maior resistência fisiológica. No experimento 2, M. aeruginosa não inibiu o crescimento de R. subcapitata em proporções iguais (1:1) e dominantes (3:1), mas foi inibida por Raphidocelis em baixas concentrações (1:3). É possível que a clorófita seja estimulada quando algas competidoras estão em menores densidades. Concluímos que a ação de C. demersum é eficiente no controle de M. aeruginosa, diferentemente de M. micrura. Em baixas concentrações, M. aeruginosa pode ser inibida por R. subcapitata, enquanto que, R. subcapitata apresenta possível resistência tanto aos aleloquímicos da macrófita, quanto às microcistinas da cianobactéria.Item Microrganismos fotossintetizantes como potencial fonte de moléculas bioativas contra Leishmania spp.: uma revisão(2023-08-14) Silva, Sabrina Swan Souza da; Bezerra, Raquel Pedrosa; Andrade, Alexsandra Frazão de; http://lattes.cnpq.br/8560904255362766; http://lattes.cnpq.br/1466206759539320; http://lattes.cnpq.br/8504258200413633As leishmanioses são doenças infecciosas causadas por parasitos protozoários do gênero Leishmania e representam um grave problema de saúde pública de impacto mundial, afetando milhares de pessoas todos os dias. As drogas atualmente disponíveis para tratamento são baseadas em antimoniais pentavalentes que possuem efeitos colaterais adversos com casos de resistência e ineficácia sendo relatados com frequência. Assim, os microrganismos fotossintéticos (microalgas e cianobactérias) são uma ampla fonte de compostos que podem ser utilizados no tratamento de diversas doenças, e que devido ao seu rápido crescimento aliado às suas mínimas exigências nutricionais, possuem custo reduzido na produção, tornando-os fortes candidatos como matéria-prima para o desenvolvimento de novos medicamentos. A pesquisa foi realizada em bases de dados como Google Scholar, ScienceDirect, National Center for Biotechnology Information (NCBI) e Biblioteca Virtual em Saúde (BVS) utilizando os termos isoladamente e em combinação para identificar os artigos: cyanobacteria, microalgae, photosynthetic microorganisms, bioactives, antileishmanial, antiprotozoal. Os critérios de inclusão para esta revisão foram artigos originais descrevendo a atividade antiparasitária de extratos ou compostos isolados de cianobactérias e microalgas frente à infecção por Leishmania. Além disso, as referências bibliográficas dos artigos incluídos foram checadas para identificar possíveis artigos elegíveis. No total, 11 artigos foram selecionados e analisados com base nas espécies de microrganismos, compostos bioativos e sua concentração mínima para reduzir 50% da população de parasitos (IC50). As cianobactérias foram o grupo mais estudado, com ênfase no gênero Lyngbya, enquanto houve apenas um estudo utilizando três gêneros de microalgas (Nannochloris spp., Picochlorum sp. e Desmochloris sp.). Os estudos in vitro encontrados relataram o uso de peptídeos como principal bioativo com atividade anti-Leishmania, sendo o peptídeo ticonamida A, o que apresentou menor valor de IC50 (1,14 μM), e os peptídeos almiramida B e almiramida C, os mais seletivos para o parasito, com valores de IS de 21.7 e 17.4, respectivamente. Diante disso, peptídeos de microrganismos fotossintéticos são uma fonte promissora para o desenvolvimento de futuros produtos farmacológicos contra a Leishmania.Item Sensibilidade de cepas de Microcystis submetidas à coexistência com Ceratophyllum demerssum L.(2019-09-18) Falcão, Rafael Henrique de Moura; Moura, Ariadne do Nascimento; http://lattes.cnpq.br/5127314582444598; http://lattes.cnpq.br/2866001009624251Este trabalho objetivou avaliar a sensibilidade de quatro cepas do complexo Microcystis aeruginosa Kützing isoladas de reservatórios com a presença e ausência de macrófitas aquáticas submersas. Foi realizado um experimento de coexistência com as quatro cepas de cianobactérias, expostas à macrófita submersa Ceratophyllum demersum (ramos jovens e apicais – 7 g.L-1) durante seis dias, sob condições controladas de laboratório em erlenmeyers com 500 mL de meio nutritivo ASM1. As cepas utilizadas pertencem às espécies M. aeruginosa (BMIUFRPE-06 e BMIUFRPE-07), isoladas do reservatório de Cajueiro (com a presença de macrófitas submersas) e M. panniformis (BMIUFRPE-08 e BMIUFRPE-09), isoladas do reservatório de Tapacurá (com ausência de macrófitas submersas). O controle consistiu no cultivo de cada cepa na ausência da planta, o que totalizou oito tratamentos com quatro réplicas cada. O crescimento da macrófita foi avaliado por meio da diferença entre o peso úmido inicial e final. Alíquotas de 2 mL foram coletadas a cada dois dias, para verificar os efeitos da planta sobre a densidade das cepas, por meio da contagem de células. Esses dados foram analisados entre os tratamentos e durante os dias de amostragem, com o uso do teste T de student para dados normais e o teste de Mann-Whitney para dados não normais. Ceratophyllum demersum apresentou crescimento em todos os tratamentos em que estava exposto às cepas de cianobactérias. Em contrapartida, o crescimento das cepas foi afetado de forma diferenciada. As cepas de M. panniformis isoladas de Tapacurá (BMIUFRPE-08 e BMIUFRPE-09) foram inibidas a partir do quarto dia de experimento, enquanto que, as cepas de M. aeruginosa (Cajueiro) foram menos afetadas: BMIUFRPE-06 apresentou o crescimento reduzido a partir do quarto dia até o final do experimento; no entanto, a BMIUFRPE-07 não mostrou diferenças significativas entre os tratamentos no dia final. Desta forma, a presença de C. demersum no local de origem das cepas (Cajueiro) pode ser um fator atuante sobre a sensibilidade de Microcystis aos aleloquímicos da macrófita. A coexistência entre as cianobactérias e C. demersum no ambiente natural contribuiu para o crescimento diferenciado das cepas de Microcystis isoladas destes ambientes. Com isso, este estudo contribui para o entendimentos das estratégias de biorremediação dos reservatórios de abastecimento público com florações de cianobactérias potencialmente tóxicas.Item Técnicas e atividades realizadas no laboratório de biotecnologia de microalgas (Labim/Uast)(2019) Almeida, Ayanne Jamyres Gomes da Silva; Dantas, Danielli Matias de Macêdo; http://lattes.cnpq.br/3422902414863662; http://lattes.cnpq.br/9697556131506773Este relatório descreve a rotina diária acompanhada durante o estágio supervisionado obrigatório do Laboratório de Biotecnologia de Microalgas (LABIM) da Universidade Federal Rural de Pernambuco – Unidade Acadêmica de Serra Talhada (UFRPE/UAST), localizado no município de Serra Talhada-PE, durante o período compreendido de 01 de abril a 12 de junho de 2019. O LABIM foi criado com o propósito de prospectar o primeiro banco de cepas de microalgas de dulcícolas do sertão pernambucano. Com esse intuito, se pretendia conhecer a diversidade fitoplacntônica (microalgas e cianobactérias) dessa região, bem como identificar, isolar e cultivar espécimes para subsidiar pesquisas e atender as demandas locais. As atividades rotineiras são realizadas de segunda à sexta, exceto quando existe a obrigatoriedade de cumprir atividades extraordinárias, como o acompanhamento de experimentos. A sala onde as cepas de microalgas são armazenadas é mantida a 20 ºC e as cepas são agitadas uma vez ao dia, de segunda a sexta; essas são mantidas em fotoperíodo integral (24:0) de aproximadamente 2 000 lux. Os processos que envolvem a manutenção das cepas ocorrem a cada quinze ou trinta dias. As coletas são aperiódicas e objetivam aumentar o acervo de microalgas isoladas do laboratório. Este estágio proporcionou uma ampliação dos conhecimentos oriundos de disciplinas teóricas acerca de aspectos ecológicos e biotecnológicos de microalgas. Após a conclusão do estágio é nítida a sua relevância para a formação profissional dos graduandos do curso. Independentemente do local optado para realização deste, seja em laboratório ou empresas, o acompanhamento rotineiro é fundamental como um primeiro contato antes do início da carreira profissional.
