Navegando por Assunto "Desigualdades sociais"
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Item Controvérsias em torno de um conceito: um estudo da raça nas Ciências Sociais(2019-12-10) Nascimento, Elisa Duarte; Portela Júnior, Aristeu; http://lattes.cnpq.br/2261345425063739Este trabalho de conclusão de curso tem como objetivo analisar a importância da categoria “raça” na explicação sociológica das desigualdades sociais. Para tal, apresentamos um histórico do debate acerca da “raça” no Brasil, apontando as ideologias por trás do conceito nas teorias que se espalharam no país a partir do século XIX, expondo as imbricações entre os aspectos de raça e classe e analisando, através do exemplo das Ações Afirmativas de cotas raciais para o ingresso ao ensino superior, como se encontra o debate atual das relações raciais no Brasil. Nos utilizamos da revisão bibliográfica de diversos autores considerados de grande importância para o debate das relações étnico-raciais nacionais e internacionais. Percebemos, no fim do estudo, que por mais que alguns autores preguem a superação da utilização da “raça” enquanto conceito científico, este segue sendo um marcador social e, dessa forma, persiste sendo de extrema importância para entendermos a realidade social.Item Educação em Direitos Humanos no cotidiano das universidades: reflexões a partir do Projeto Diálogos(2021) Bispo, Jorge Luiz dos Santos Monteiro; Fernandes, Raquel de Aragão Uchôa; http://lattes.cnpq.br/9733983138830524O presente artigo foi desenvolvido a partir do projeto Diálogos que vem sendo desenvolvido desde o ano 2017 no âmbito do Observatório da Família/Instituto Menino Miguel e curso de Bacharelado em Economia Doméstica e representa a possibilidade de ampliação de espaços para educação em Direitos Humanos no cotidiano da Universidade Federal Rural de Pernambuco/UFRPE. O projeto atua através da criação de espaços de reflexão sobre temáticas vinculadas aos campos das famílias, subalternidades, acesso a direitos, políticas públicas e justiça. O objetivo da proposta é o de construir e experienciar espaços de debate e reflexão sobre as temáticas relativas aos Direitos Humanos, através da integração entre as ações de extensão na Universidade e grupos/instituições/indivíduos vinculados ao campo da gestão pública, movimentos sociais, sistema de justiça, buscando viabilizar debates relacionados às experiências provenientes de diferentes “chão de trabalho”, viabilizando a reflexão e aprofundamento dos temas a partir de experiências concretas cotidianamente vivenciadas nos encontros entre os sujeitos, as instituições e o acesso aos direitos. A delimitação dos campos, seleção das temáticas, dos sujeitos envolvidos nos processos de mediação e o diálogo, se efetivaram a partir dos temas de atuação do Observatório da Família, grupo vinculado desde 2011 ao Departamento de Ciências Domésticas, hoje Departamento de Ciências do Consumo e atualmente vinculado ao Instituto Menino Miguel. Para este artigo faremos o recorte nos dois últimos anos de ação do projeto, 2018 e 2019, período em que as ações do Observatório da Família se voltaram para a perspectiva dos modos de vida subalternos urbanos de corpos e indivíduos com vivência do cárcere. Iremos apresentar seis debates realizados no período, com temas relacionados ao cotidiano e vivência do e no cárcere e, ainda, no processo de integração entre extensão e pesquisa, três grupos focais com reflexões sobre o cárcere, o encarceramento e os corpos encarceráveis. Os resultados apontam para a necessidade de trazer a temática do cárcere para dentro das universidades como forma de ampliar a compreensão dos/as futuros profissionais das diferentes áreas sobre as trajetórias que levam ao encarceramento em uma sociedade que se caracteriza pelo encarceramento em massa de jovens, negros, pobres e periféricos.Item Índices de áreas verdes e a relação com dados socioeconômicos em Recife/PE(2023-09-04) Lima Junior, Francisco de Assis de; Lima Neto, Everaldo Marques de; http://lattes.cnpq.br/6791561445213969; http://lattes.cnpq.br/6109865471506527O crescimento urbano consolidado em concreto, juntamente com a contínua supressão da vegetação, contribui para a deterioração das condições ambientais e está diretamente ligado à menor qualidade de vida. O índice de áreas verdes públicas (IAVP) é fundamental para avaliar a qualidade de vida urbana e o bem-estar da população, onde a grande maioria de espaços livres não é incorporada para a população de baixa renda. Neste estudo, buscamos analisar a distribuição de índices de áreas verdes e a sua relação com dados socioeconômicos, subsidiando o planejamento da floresta urbana em Recife-PE. Para atingir esse objetivo, foi essencial empregar dados de shapefiles que representam as áreas verdes, como praças e parques, em conjunto com informações socioeconômicas, permitindo realizar os cálculos das correlações. A cidade do Recife possui 462 áreas verdes que se enquadram como Área Verde de Convivência, Recreação, Esporte ou Lazer - AVCEL, totalizando 227,34 ha (21 parques e 441 praças), apresentou 1,48 m²/hab no índice de praças por habitante (IAPH). O IAPH oscilou de 0,44 a 3,45 entre as Regiões Político Administrativas - RPAs, destacando a RPA 6, que apresentou a maior quantidade de áreas verdes (114), no entanto, detém um dos menores índices de áreas de praça por regional – IAPR com 0,97% e um IAPH de 1,06, demonstrando que a quantidade de áreas verdes na região, não está correlacionado com os índices de áreas verdes. Somente 5 bairros dispõem de valores acima de 15 m²/hab de AVCEL, ou seja, 94,70% dos bairros não atendem aos critérios determinados pela Sociedade Brasileira de Arborização Urbana (SBAU). A maioria das AVCEL está concentrada em 14 bairros, que compreendem mais de 50% de todas as áreas na cidade. Cerca de 5,56% dos habitantes da cidade do Recife-PE, não possuem acesso a AVCEL em seus bairros. A correlação Spearman revelou que o rendimento nominal médio mensal dos domicílios (RNMD) na RPA 3, apresentou correlações moderadas e positivas com as AVCEL (0, 4936), IAPH (0,5367) e o IAPB (0,5277), indicando que bairros com maior renda tendem a ter mais áreas verdes e espaços públicos, e uma correlação negativa moderada com o número de habitantes (-0,5118), sugerindo que bairros mais ricos tendem a ter menor densidade populacional. A distribuição desigual dessas áreas influência diretamente nas disparidades socioeconômicas entre os bairros da cidade, identificando padrões de distribuição de áreas verdes, que ressaltam a importância de um planejamento urbano sustentável e inclusivo.Item Jovens adultos na criminalidade e as políticas públicas de segurança em Pernambuco(2020-11-04) Monteiro, Kátia Nunes; Fernandes, Raquel de Aragão Uchôa; http://lattes.cnpq.br/9733983138830524; http://lattes.cnpq.br/2797256199797396A criminalidade está atrelada a vários fatores, muitos deles vinculados ao não acesso a direitos e proteções sociais e tem origem direta na desigualdade social que é estruturante da formação social do Brasil. Uma outra dimensão associada ao cometimento de crimes e/ou atos infracionais se volta para o campo do consumo ou da busca por acesso. Muitos estudos apontam esta relação principalmente no que diz respeito ao envolvimento com o tráfico de drogas e/ou furto de adolescentes e jovens adultos. No país a criminalidade e a resposta por parte do Estado de encarceramento em massa gera grandes impactos para a sociedade, o Brasil ocupa hoje a quarta posição no ranking de encarceramento, com a marca de 338 presos por 100 mil habitantes (INFOPEN, 2019). Diante deste quadro a tendência é que os efeitos sejam maiores nos estados onde a política pública relacionada ao combate ao crime e a criminalidade está organizada de modo inconsistente. Neste sentido o objetivo deste artigo é analisar o caso de Pernambuco, através de um programa de governo, Pacto pela Vida, que vigora no estado desde 2007 e tem o objetivo de monitorar e a avaliar constantemente ações através das taxas de criminalidade, tendo como indicador próprio, os Crimes Violentos Letais Intencionais. Para compreender a relação do consumo e a criminalidade, o estudo tem caráter qualitativo e buscou analisar a relação entre criminalidade e consumo a partir de fatores da criminalização entre jovens de 18 a 30 anos no estado. O levantamento de dados se deu através de pesquisa exploratória, bibliográfica e documental. Os resultados apontam para a relação entre criminalidade, desigualdade social e expressões da sociedade de consumo manifesta através do capitalismo desfreado, reafirmando a essencialidade de políticas públicas abrangentes voltadas para a segurança para se poder mudar essa realidade difícil.Item “O crime compensa?”: uma análise social e econômica das políticas de segurança no estado de Pernambuco (2008-2022)(2024-03-07) Tonial, Erickson de Oliveira; Freitas, Petrus Alves; http://lattes.cnpq.br/1474091666288817; http://lattes.cnpq.br/4632805876888797Este trabalho investiga a relação entre Crimes Violentos Letais e Intencionais (CVLI) e indicadores econômicos como PIB, educação, habitação, saneamento básico e investimentos em segurança pública em Pernambuco, entre 2008 e 2022, utilizando uma metodologia de revisão literária e análise estatística de correlação para demonstrar a interação entre esses fatores. Desse modo, abordou-se a persistência da violência na história do estado de Pernambuco, relacionando-a com a desigualdade social e o desenvolvimento econômico, além da análise das classes sociais para entender as disparidades, econômicas e políticas, ressaltando a importância da formulação de políticas públicas para a promoção da justiça social. Inspirado na Teoria Econômica do Crime de Gary Becker, o estudo enfatiza os determinantes econômicos dos atos criminosos, analisando incentivos, custos e benefícios, e considera a marginalização, a desigualdade social e a falta de oportunidades como contribuintes significativos para a criminalidade. Os resultados da correlação fornecem insights sobre a possível relação entre Crimes Violentos Letais e Intencionais e os indicadores econômicos, mas devem ser interpretados com cautela. Como descrito ao longo deste trabalho, há diversas abordagens para interpretar qual a motivação e casualidade que o indivíduo tem para cometimento do crime. Em suma, esses resultados indicam que investimentos nos indicadores analisados estão associados a uma redução nos índices de Crimes Violentos Letais Intencionais, resultado obtido através da correlação de Pearson. Isso sugere que políticas e investimentos sociais em várias áreas podem desempenhar um papel importante na prevenção da criminalidade.
