Navegando por Assunto "Ecologia marinha"
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Item Hábito alimentar da albacora branca (Thunnus alalunga) no Atlântico Sul Equatorial(2024-09-13) Sales, Vitória Carolina Dantas de Lima; Travassos, Paulo Eurico Pires Ferreira; Martins, Karla Mirella de Assis Bezerra; http://lattes.cnpq.br/9517816256433091; http://lattes.cnpq.br/0623255059511945; http://lattes.cnpq.br/4294200793056597O Thunnus alalunga (Bonnaterre 1788), conhecido no Brasil como Albacora branca, é uma espécie de atum (Scombridae: Thunnini) que apresenta ampla distribuição global, ocorrendo em três oceanos: Atlântico, Pacifico e Índico. Sendo encontrada mais comumente em águas temperadas, mas também nos trópicos, onde realiza sua atividade reprodutiva. O presente estudo teve como objetivo caracterizar o hábito alimentar da Albacora branca no Oceano Atlântico Sul Equatorial e identificar a presença de detritos antropogênicos consumidos incidentalmente pela espécie. A amostragem foi realizada durante as atividades de dois projetos desenvolvidos no Laboratório de Ecologia Marinha (LEMAR), do Departamento de Pesca e Aquicultura da Universidade Federal Rural de Pernambuco (UFRPE), sendo eles o Projeto de Apoio Técnico Científico ao Desenvolvimento da Pesca de Atuns e Afins no Brasil (PROTUNA) e o South Atlantic Albacore Reproductive Biology Study (ICCAT). Durante as coletas, foram obtidos dados biométricos dos indivíduos amostrados, como peso (P, g) e comprimento furcal (CF, cm). Os estômagos dos indivíduos foram coletados e armazenados em sacos e/ou potes plásticos com as devidas etiquetas de identificação. As análises do conteúdo estomacal foram realizadas no LEMAR, procedendo-se a identificação dos itens alimentares e dos detritos contidos em cada estômago, estimando-se o grau de repleção e o calculando-se o Índice de Importância Relativa (IRI) das presas encontradas. Para análise de detritos exógenos à alimentação natural, foi feita uma identificação visual em uma placa de Petri, com auxílio de um estereomicroscópio. Além disso, para confirmar a presença de microplásticos, foi realizado um protocolo de digestão no Laboratório de Estudos de Impactos Antrópicos na Biodiversidade Marinha e Estuarina (BIOIMPACT). Um total de 174 estômagos de Albacora branca foram analisados para descrição do conteúdo estomacal, com os indivíduos apresentando CF entre 95 e 125 cm. Cerca de 50,6% dos estômagos estavam completamente vazios e 49,4% continham algum conteúdo alimentar. Foram identificados 26 táxons, sendo 6 teleósteos, 11 cefalópodes, 7 crustáceos e 2 gastrópodes. Apenas um indivíduo apresentou a presença de microplásticos (<5 mm), representado por 45 unidades na forma de pequenas esferas, que variaram entre 0,827 mm e 1,202 mm, de cor transparente, tendo uma baixa frequência de ocorrência de 1,37%. Os fragmentos encontrados foram possivelmente ingeridos acidentalmente durante o processo natural de alimentação da espécie. Este é o primeiro estudo a avaliar e identificar a presença de microplásticos através da identificação visual no estômago do Thunnus alalunga no Oceano Atlântico Sul Equatorial, com registro de baixa frequência de ocorrência. Os resultados aqui obtidos adicionam mais informações sobre o comportamento alimentar da Albacora branca capturada no Atlântico Sul, contribuindo de forma importante para uma melhor compreensão sobre o hábito alimentar da espécie.Item Hábito alimentar da espécie Pseudupeneus maculatus, Bloch, 1793, capturada no nordeste brasileiro(2018-08-13) Barbosa, Édipo Lucas Soares; Frédou, Thierry; http://lattes.cnpq.br/8119220407894290; http://lattes.cnpq.br/0107690460253805Estudos voltados para a importância da ecologia trófica são essenciais tanto para o conhecimento da autoecologia das espécies, como para compreender as relações ecológicas que estabelecem além de necessários para a construção de tramas tróficas e a modelagem ecossistêmica e pesqueira. O objetivo do presente estudo é de caracterizar o uso do ambiente e a plasticidade alimentar do Pseudupeneus maculatus Bloch, 1793, uma espécie abundante em área recifal. Os exemplares utilizados neste estudo foram capturados no litoral da região nordeste, abrangendo os estados de Pernambuco, Paraíba e Rio Grande do Norte. Foram coletados um total de 56 indivíduos, medindo entre 7.0 cm e 27.8 cm, durante o período de 30/09/2015 á 20/10/2015. A análise da dieta mostrou que o Saramunete é um predador carnívoro, com peixes e crustáceos sempre constando na sua alimentação. De maneira geral, a espécie consumiu uma grande variedade de alimento, apresentando uma estratégia generalista / oportunista sem preferência clara por nenhum alimento. A variedade alimentar estudada encontra-se dentro dos padrões descritos por outros autores para a espécie.
