Navegando por Assunto "Espaço e tempo na literatura"
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Item Espaço literário e sociedade em Vidas secas, de Graciliano Ramos(2023-04-12) Freitas, Paloma Gomes de; Pereira, João Batista; http://lattes.cnpq.br/5017161166804446; http://lattes.cnpq.br/8263342505561871Este trabalho buscou identificar a influência do espaço nas ações e na vida dos personagens em Vidas secas, de Graciliano Ramos. Norteado por fundamentos teóricos de Luís Alberto Brandão (2013), Osman Lins (1976) e Ozíris Borges Filho (2008), analisamos os fatores espaciais que levam à pauperização, à zoomorfização, à desterritorialização e à exploração dos personagens, constituídos como marionetes do locus sertanejo e de um sistema econômico condicionado ao capital. A análise observou como os espaços geográfico e social são elementos fundamentais para entender as transformações de Fabiano, e como essa mudança repercute nos integrantes da sua família, inserindo-os em um incessante ciclo de fuga e morteItem O romance histórico Parábola do Cágado Velho: o tempo e o espaço na criação de Pepetela(2019-12-10) Jesus, Andresa Karine Rodrigues Novais de; Paes, Iêdo de Oliveira; http://lattes.cnpq.br/3281218394136739; http://lattes.cnpq.br/3684406531086211O presente artigo tem por objetivo explorar os aspectos de tempo e espaço na construção diegética do romance histórico Parábola do Cágado Velho, do escritor angolano Pepetela. Parte integrante da chamada “Geração da Utopia” em Angola, o escritor procura por meio de suas obras resgatar a história do seu povo devastada pela chegada do colonizador português e, em concomitância, expôr os traços político-sociais que fundamentam a Angola pós-libertação. Entre as tradições e os costumes modernos a narrativa se configura com traços da identidade literária pela qual Pepetela lutou - com um texto marcado pela oralidade (utilizando amplamente o kimbundo) –, que reaviva um tempo no qual os ensinamentos eram compartilhados por uma figura sábia e de grande importância dentro das tribos. Entre o passado e o presente incerto dessa parte da África, a esperança é um norteador nesse romance. O tempo, segundo Defina (1975) nas narrativas históricas se materializa concreto e, de fato, é tão presente quanto uma das personagens em Parábola do Cágado Velho. Mesmo escrevendo sobre a fome e a guerra, cicatrizes do povo angolano, Pepetela escreve em um tom de contação de estória ao unir fala e escrita, o que nas palavras de Barthes (2000) em um escritor é um ato de humanidade.
