Navegando por Assunto "Estética na literatura"
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Item A série “Corte de espinhos e rosas” na ótica da recepção(2023-11-18) Alves, Carla Emanuele da Silva; Pascoal, Vinicius Gomes; http://lattes.cnpq.br/4337188466286981A literatura tem papel fundamental na formação do ser devido a seu papel humanizador, que provém da identificação pela projeção de experiência. Esse ponto evoca a função psicológica da literatura, que contempla a necessidade do ser pela ficção que, desde os primórdios, reflete o momento social e cultural em que está inserido. Desse modo, a obra espelha a experiência do autor. No entanto, o receptor não possui essencialmente as mesmas vivências do autor, o que o leva a ressignificar a construção apresentada pelo artista. Embora o leitor necessite compreender o que lê, o nível de compreensão e de interesse pela leitura tem se demonstrado um problema desde a formação escolar, que tende a se embasar nos modelos apresentados pelos livros didáticos, seguindo um roteiro que preza pela rapidez, esquecendo a necessidade de estimular a leitura sensível. Visando à necessidade de outros tipos de abordagem da literatura em sala, esse artigo se baseou na estética da recepção de Iser com enfoque dos atos de fingir, para analisar a série “Corte de Espinhos e Rosas”, da autora Sarah J. Mass. Assim, buscou-se demonstrar como a relação entre a obra e o leitor se estabelece, apresentar a recepção como meio viável e eficaz de despertar o interesse do leitor por obras com temática e linguagem próxima à realidade atual, ao passo que estas podem ser aplicadas como ferramenta para a interdisciplinaridade e desenvolvimento da consciência empática, por meio da ampliação do horizonte do indivíduo no que se refere aos traumas e mazelas humanas, ignoradas pelo sistema da sociedade.Item As lamentações de Jeremias e Jó: uma análise comparativa das suas perdas e sofrimentos(2018-08-14) Moura, Josias Leonardo de; Pereira, João Batista; http://lattes.cnpq.br/5017161166804446O presente trabalho busca identificar componentes literários no Livro de Jóe em Lamentações, de Jeremias, a partir das semelhanças e diferenças mantidas entre esses relatos bíblicos. Os condicionamentos teóricos exigidos para problematizar as nuances estéticas implicadas no corpusda pesquisa tiveram como aporte as reflexões de Luis I. J. Stadelmann, Haroldo de Campos e João Leonel, entre outros, que auxiliaram no paralelo empreendido entre os relatos, norteado pela lamentação como categoria analítica. Na metodologia foi adotado o método dialético, o que propiciou uma interpretação das simetrias e assimetrias entre os textos, ficando destacada a beleza da poesia hebraica a partir do sofrimento e das perdas externadas por Jó e Jeremias por meio de suas lamentações. Como uma possível conclusão, constata-se que ressoa em ambos os livros o anseio pela restituição das perdas sofridas e aconsciência de que elas foram merecidas ou injustamente impostas por Deus.Item Assombrações na estrada do Engenho Barbalho: o fantástico em O cara de fogo, de Jayme Griz(2019) Silva, Ivson Bruno da; Pereira, João Batista; http://lattes.cnpq.br/5017161166804446; http://lattes.cnpq.br/7326563008178361O presente artigo tem por objetivo identificar o rendimento estético do conto ‘O cavalo fantasma da estrada do engenho Barbalho’, presente na obra O cara de fogo, de Jayme Griz, à luz dos vínculos mantidos entre o fantástico e a história. A partir dos condicionantes teóricos antevistos por Tzvetan Todorov, em Introdução à literatura fantástica, David Roas, em A ameaça do fantástico, e, Walter Benjamin, em Origem do drama trágico alemão, procurou-se vislumbrar a alegoria como categoria analítica que, em diálogo com componentes sócio históricos, propiciou novas abordagens para análise do texto literário. A leitura da narrativa griziana,amparada pelo contexto, permitiu uma remissão à tradição oral, recurso mnemônico capaz de recuperar e perpetuar testemunhos de visagens e abusões na Zona da Mata Pernambucana. No mesmo sentido, as reminiscências que norteiam os múltiplos olhares sobre o texto e os efeitos de hesitação e medo, próprios do gênero fantástico, asseguram a transgressão da percepção de realidade que tende a romper a ideia de normalidade na qual o campo social se sujeita. À guisa de conclusão, sugere-se que a interpretação do conto, pautada no nexo entre texto e contexto, corrobora a manutenção da vacilação e das inquietações mantidas por personagem e leitor diante do sobrenatural que permeia o relato, colocando o homem frente ao insólito e ao inesperado que perpassam a vida.Item Paraísos artificiais e a simbologia dos arquétipos na modernidade(2019-12-11) Delfino, Josina Cristina da Silva; Moura, Valquíria Maria Cavalcante de; http://lattes.cnpq.br/1979728174658046; http://lattes.cnpq.br/4487177284296559Este estudo teve por objetivo principal problematizar questões relacionadas ao sujeito na modernidade e a importância do poeta Charles Baudelaire nessa respectiva poética. Através da obra Paraísos artificiais e de uma reflexão teórica, buscamos identificar a construção arquétipica da personalidade fragmentada de sujeitos sob o efeito alucinógeno das drogas haxixe e ópio. A partir do corpus, nos propomos a investigar o processo de como se consolidou essas representações arquétipicas na psique dos sujeitos modernos, a partir do que propõe os estudos do psicanalista C. Jung (2008) sobre arquétipos e símbolos da modernidade. Logo, observamos a “herança” arquétipica dos sujeitos modernos, retomando algumas estéticas literárias. O romantismo, simbolismo, surrealismo e transcendentalismo, cada qual contribuiu simbolicamente para a fragmentação do sujeito e sua fuga da realidade. A pesquisa é de cunho qualitativo e bibliográfico e para alcançar o objetivo proposto nos embasamos nas discussões dos seguintes autores: Friedrich (1978), Paz (1982), Goethe et al (1987) ), Benjamin (1994), Raymond (1997), Hauser (1998), Blanchot (2005), Berman (2007), Bosi (2015) e Paz (2015). O estudo está dividido em duas partes, cada qual com suas respectivas subdivisões, no primeiro momento dos detemos a traçar o percurso simbólico, por meio das suas representações em cada movimento literário, traçando um paralelo com as suas inferências na obra. Em seguida, apresentamos as concepções de arquétipos da modernidade propostas por Jung, analisando a relação destes com as observações feitas na obra, a fim de compreender a personalidade desses sujeitos imersos nessa realidade em ruptura. Ao longo da pesquisa, percebemos através da reflexão e retomada desses arquétipos presentes na obra, que a percepção de indivíduo fragmentado desses sujeitos acontece devido a uma construção estável, enraizada na sua psique ao longo do tempo, e estes não encontram esse equilíbrio a que estão adaptados na sociedade caótica da modernidade.
