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Probabilidade de ocorrência da inicialização do consumo de cigarro combinado ao consumo prévio de álcool na população brasileira
(2018) Lima, Bianca Catharina de Vasconcelos Goís; Santos, Loraine Menêses dos; http://lattes.cnpq.br/4166590770317390; http://lattes.cnpq.br/8223270064800976
Evidências atuais na literatura apontam que o consumo inicial de álcool pode levar a um uso posterior de cigarro por fatores culturais, psicológicos, emocionais e sociais. Portanto,o objetivo deste trabalho foi analisar a probabilidade de ocorrência da inicialização do consumo de cigarro, uma vez iniciado o consumo de álcool na população adulta brasileira, segundo gênero, faixa etária, raça, região e renda. Como objetivos específicos, buscou verificara proporcionalidade dos riscos entre o consumo de álcool e cigarro concomitantemente; identificar quais indivíduos inicializaram o consumo de cigarro após o consumo inicial de bebidas alcoólicas; analisar o tempo que se levou para o seu uso concomitante e os fatores que levaram a tal comportamento e verificar a incidência do consumo combinado das substâncias supracitadas por gênero. Como procedimento metodológico, foram utilizados dados secundários oriundos de um questionário obtido pela Pesquisa Nacional de Saúde (PNS) do ano de 2013. A amostra é composta por 9.717 de indivíduos, com idade acima de 17anos, de ambos os sexos, residentes em todas as regiões brasileiras, que inicializaram o consumo de bebidas alcoólicas e, que consomem ou podem vir a consumir cigarro posteriormente. Os dados foram analisados por meio dos seguintes testes de análise de sobrevivência: Razão de Verossimilhança (Irtest), Schoenfeld, Cox-Snell e Kaplan-Meier, que identificaram a proporcionalidade dos riscos do evento em questão e os possíveis fatores de risco (gênero, raça, faixa etária, níveis renda e região). Os dados obtidos demonstraram que a probabilidade de inicialização ao consumo de cigarro dado o consumo de álcool é 0,88vezes maior para homens do que para mulheres;indivíduos brancos, com idade entre 18 a 28 anos e da região sul do país apresentaram uma probabilidade maior para a inicialização ao consumo de cigarro, dado o uso prévio de álcool.Além disso, a variável renda apresentou uma relação direta com a inicialização ao consumo de cigarro.Com relação ao tempo médio de inicialização ao uso concomitante das substâncias, constatou-se que quanto mais velho for um indivíduo, há uma probabilidade cada vez menor para a inicialização do consumo de cigarro, dado o consumo de bebidas alcoólicas.Tal desfecho levanta a possibilidade de intervenção de políticas públicas brasileiras que posterguemo seu consumo, por meio de aumentos tributários destinados a venda de tais substâncias;proibição de campanhas publicitárias relacionadas ao álcool e cigarro;além do processo de conscientização entre jovens e mulheres (devido ao aumento do seu consumo ao longo dos anos) por meio de programas educativos que enalteçam as consequências que o consumo das duas substâncias pode provocar.
Teoria e prática: uma análise comparativa entre a legislação ultramarina e a realidade do contrabando de tabaco em Pernambuco no século XVIII
(2024-10-01) Silva, Everton Giovanni Albuquerque da; Abril, Victor Hugo; http://lattes.cnpq.br/7978574619584394; http://lattes.cnpq.br/4951193057750967
Recentemente o estudo da América Portuguesa a partir de ilegalidades vem ganhando espaço na historiografia nacional. No entanto, apesar de a historiografia sobre as práticas de ilegalidades em Pernambuco durante o período colonial viver uma onda crescente, quando trata-se do contrabando de tabaco é difícil encontrar trabalhos sobre a temática. Dessa forma, a presente pesquisa tem por propósito a análise do contrabando deste gênero na Capitania de Pernambuco para compreender como esse fenômeno histórico insere-se dentro do contexto social e econômico da América Portuguesa. Para isso, utilizou-se o método comparativo entre a legislação existente sobre o comércio e administração do tabaco e documentos oficiais que tratam de casos de contrabando e/ou descaminho, passando de uma escala global para a regional a fim de obter novas perspectivas. Com isso observou-se que a criação de um rígido aparato legal que tinha como meta manter o monopólio comercial do tabaco não foi suficiente e propiciou como consequência formas alternativas de se comercializar o gênero: o contrabando e o descaminho.