Navegando por Assunto "História social"
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Item “Formalmente ricos, realmente pobres”: o debate sobre pobreza no pensamento de Manuel Correia de Andrade (1963-2003)(2025-08-01) Siqueira, Sarah Bezerra; Machado, Maria Rita Ivo de Melo; http://lattes.cnpq.br/4858507574425651; http://lattes.cnpq.br/4144335142582239O trabalho desenvolvido tem como objetivo analisar como o Professor Manuel Correia de Andrade abordava as situações de pobreza nos conteúdos de colunas de jornais, como o Jornal do Commercio entre os anos 1963 e 2003. Visto que ele é um notável intelectual brasileiro e que contribuiu, através das suas pesquisas e textos, de maneira significativa e interdisciplinar para a compreensão das realidades sociais, econômicas e geográficas do Brasil. Para atingir o objetivo geral proposto, a pesquisa realizou um levantamento bibliográfico da sua obra. Essa pesquisa fez uso de fontes do acervo da Fundação Joaquim Nabuco (FUNDAJ), do Instituto de Estudos Brasileiros da Universidade de São Paulo (IEB/USP), e da Cátedra Manuel Correia de Andrade para mapear as temáticas relacionadas à pobreza em seus textos. Como resultado das análises dos textos conclui-se que Andrade apontou a má distribuição de renda, a concentração fundiária, a precariedade no ensino público e as relações de trabalho desiguais como estruturas causadoras centrais da pobreza no Brasil. Outros elementos também apontados nos textos das colunas foram o desemprego, as políticas neoliberais e a exclusão social, como intensificação do cenário de pobreza e criminalidade. Levando em consideração que esse trabalho busca identificar as principais preocupações acerca da temática quase 20 anos depois de seu falecimento, é observado que seus apontamentos ainda são muito atuais.Item Modernização do recife imperial: a construção do mercado público de São José (1875-1880)(2023-09-12) Silva, Gabrielle Brito da; Silva, Wellington Barbosa da; http://lattes.cnpq.br/1213688229016782; http://lattes.cnpq.br/5861154945053466Inaugurado às 11 horas, do dia 7 de setembro de 1875, o mercado de São José que foi colocado entre a rua de Pedro Affonso e o pátio em frente a Igreja de Nossa Senhora da Penha, conforme consta nas documentações, foi recebido sob muitas celebrações, pois era tido como a mais nova e moderna construção da cidade do Recife. Com a sua abertura, as pessoas foram ao centro da cidade com ar festivo para observá-lo. As transformações que resultaram na construção do novo mercado começaram ainda no fim do século XVIII, quando frades capuchinhos do Convento de Nossa Senhora da Penha de França solicitaram ao então governador, D. Tomás José de Mello, a mudança de local do mercado de carne e peixe, antes localizado na Praça do Polé, local onde atualmente é a Praça da Independência, para a centralidade onde aconteciam as pescarias, no bairro de São José, ficando logo conhecido como Largo da Ribeira do Peixe. O presente trabalho tem como propósito, compreender como e porquê se fez necessário a criação de um estabelecimento público, onde se teve como meta principal, estabelecer um padrão comportamental espelhado nas transformações ocorridas na Europa. A criação do Mercado de São José estava envolta em um projeto de transformação do Recife em uma cidade moderna e civilizada. A sua inauguração no ano de 1875 teve como objetivo, substituir o antigo Mercado da Ribeira, local onde durante parte do século XIX, foi ocupado por populares que faziam o comércio popular e de abastecimento na cidade. Analisando o século XIX, é possível observar a edificação do mercado público, como um projeto resultante de um discurso sobre modernidade e civilidade, com o propósito de trazer um empreendimento inovador, porém que estava envolto em um projeto médico-higienista com o intuito de regulamentar um espaço destinado tanto para compras de alimentos quanto para a circulação de pessoas.Item Trajetórias de vida: caminhos percorridos pelos estudantes da educação de jovens e adultos durante a sua vida escolar(2019-02-12) Silva, Danielle Maria Braga da; Nova, Taynah de Brito Barra; http://lattes.cnpq.br/1093805068631305; http://lattes.cnpq.br/9093146079896441Este trabalho tinha como objetivo geral analisar a relação do estudante de Educação de Jovens e Adultos do município de São João/PE com a instituição escolar em suas trajetórias de vida. Para alcançá-lo, propomos conhecer, por meio de narrativas de histórias de vida, o percurso escolar dos alunos da EJA; identificar quais foram principais dificuldades encontradas pelos alunos durante a sua vida escolar; e estabelecer relações entre essas dificuldades e os sentidos atribuídos por eles a escola. Desenvolvemos nossa pesquisa em uma turma de 1ª e 2ª Fase de Educação de Jovens e Adultos de uma escola municipal de São João, no agreste pernambucano. A partir da Entrevista Narrativa, baseada nas Histórias Orais de Vida, coletamos os dados com dez estudantes. Nossa análise sobre as narrativas fez emergir quatro categorias. A primeira categoria, intitulada A escola compreendida na infância, retrata as memórias construídas sobre a instituição escolar durante a infância do aluno da EJA. A categoria Reflexões sobre a vida escolar, apresenta nossa análise sobre os depoimentos que envolvem as memórias dos alunos sobre as experiências vivenciadas com relação a escola. O Estímulo para ir à escola na infância e na fase adulta é tratado nesta terceira categoria. Os elementos que aqui elencamos nos esclarecem como a família tem peso nas decisões dos sujeitos da pesquisa. Na categoria A escola para a vida... A vida para além da escola, nos aproximamos de uma escola supervalorizada pelos alunos da EJA. Se por um lado eles reconhecem que a vida pode ensinar, por outro eles relatam que é a escola que pode fazê-los, enfim, ter uma vida mais fácil, nem que seja, apenas através da aprendizagem da leitura e da escrita.Item Um “monumento penitenciário dos tempos modernos”: representações da reforma prisional em Antônio Pedro de Figueiredo (1847-1857)(2025-08-04) Moraes, João Gabriel Souza de; Britto, Aurélio de Moura; http://lattes.cnpq.br/5266624197764867Este trabalho analisa parte dos debates em torno da Reforma Prisional na província de Pernambuco. Nomeadamente, analisa a singular recepção elaborada por Antônio Pedro de Figueiredo, cuja obra jornalística emerge como observatório privilegiado para entender como a modernização penal foi traduzida, negociada e, em certa medida, apropriada pelas elites locais no limiar da segunda metade do século XIX. Sustaremos que as reflexões de Figueiredo operaram como ponte entre o vocabulário liberal-humanitário da reforma e as conveniências políticas de uma elite disposta a conciliar ordem e “progresso”. Seus artigos revelam, de um lado, um ideário disciplinador que legitima o cárcere como vitrine da modernidade jurídica; de outro, lampejos de crítica social, que questionam a miserabilidade e o pauperismo. Ao evidenciar essa ambivalência, a pesquisa preenche uma lacuna historiográfica sobre a recepção pernambucana da Reforma Prisional, mostrando que o debate penal foi indissociável das estratégias de autolegitimação de uma província que buscava afirmar-se como espaço civilizado dentro do Império.
