Navegando por Assunto "Memória na literatura"
Agora exibindo 1 - 3 de 3
- Resultados por Página
- Opções de Ordenação
Item Jayme Griz: literatura. história. memória(EDUFRPE, 2022) Pereira, João Batista; Silva, Ivson Bruno daItem Memórias e escritas de si em crônicas de Humberto de Campos(2018-07-25) Caldas, Karine Silva Mendes; Fernandes, Carlos Eduardo Albuquerque; http://lattes.cnpq.br/6342363393437620Este trabalho de monografia, que foi realizado a partir do estudo das memórias autobiográficas do escritor Humberto de Campos, escritas utilizando-se do gênero crônica, tem como objetivo realizar uma análise literária dessas memórias e da escrita de si do autor. A partir de quatro crônicas selecionadas do livro Memórias, estudas tendo como base os referenciais teóricos memória e escrita de si, analisamos como a escrita de si está posta no discurso do escritor, e como esse discurso foi construído e a relação que o autor estabeleceu com o leitor na elaboração de sua narrativa autobiográfica. As crônicas selecionadas foram “O brinquedo roubado”, “Nossa casinha”, “Um amigo de infância” e “O flagrante”, todas relatos de fatos ocorridos na infância do autor. Entendemos que a memória mantém vivo o passado, mas que nem todas as nossas lembranças são “nossas”, pois muito do que recordamos depende do relacionamento que temos com os grupos sociais nos quais estamos inseridos, que nos dão lembranças que se incorporam em nós e confundem-se com as originariamente nossas. Acreditamos também que nem sempre recordar é reviver o passado, mas sim reconstruí-lo a partir do que somos na atualidade. Compactuamos com aqueles que atestam que não existe autobiografia pura, e que, embora o discurso autobiográfico seja um discurso de verdade, nele existe ficção, e que onde o memorialista encontra lacunas nas lembranças ele as preenche com sua capacidade criativa. Concluímos que escrever sobre si mesmo é uma forma de dar significado à própria vida e de eternizar-se. No trabalho, além do estudo de outras obras do autor, consultamos autores como Coelho (2005), Sá (2001), Klinger (2007), Bosi (1998), Barros (1989), Chevalier e Gheebrant (2009), entre outros. Desejamos mostrar que o autor escreveu suas memórias utilizando-se do caráter confessional, estabelecendo com o leitor um pacto de real na sua narrativa, oferecendo diversos elementos garantidores de verossimilhança, e dando à sua obra também um caráter educacional, porém, em diversos momentos, admitiu a existências de lembranças fragmentadas, o que ratifica o entendimento de vários autores da impossibilidade da existência de textos biográficos puros.Item Obstinação, memória e escrevi(sentir)vência em A Mulher de Pés Descalços, de Scholastique Mukasonga(2018-08-07) Epaminondas, Paulo Fernando Medeiros; Teixeira, Renata Pimentel; http://lattes.cnpq.br/1789141041884024; http://lattes.cnpq.br/7448147847577762Este ensaio tem como objetivo analisar no romance A Mulher de Pés Descalços (2017), relato biográfico sobre Stefania, mãe de Scholastique Mukasonga, autora da obra; as categorias obstinação, memória e escrevi(sentir)vência, a partir da voz autoral de Stefania. O suporte teórico do ensaio parte do conceito de escrevivência evaristiano (1996) para analisar a voz autoral de Stefania enquanto uma escrita-vivênciasentida, em categorias que permeiam o romance do início ao fim. Também apoiam teoricamente o ensaio as concepções de Adichie (2009) sobre o perigo de reproduzirmos histórias únicas ou a importância de rompermos com paradigmas impostos sem reflexão (2012); os estudos sobre lugar de fala de Ribeiro (2017); as discussões sobre o falar subalterno de Spivak (2010); o debate sobre as condições sociais da mulher e sua influência na produção literária feminina de Woolf (1928) e o entendimento sobre o pacto autobiográfico de Lejeune (2008), dentre outros autores que se relacionam teoricamente ao desenvolvimento temático do ensaio. A metodologia do ensaio consistiu numa revisão bibliográfica, com embasamento no método dialético de pesquisa e em sua lei fundamental da ação recíproca, de Lakatos e Marconi (2003). Com a iniciativa do ensaio, considera-se que a leitura pode se tornar humanizadora, haja vista a perspectiva da literatura enquanto um direito humano, conforme defende Candido (2014), principalmente quando a escolha de quem escreve e a permissão de quem lê se encontram; e ainda que, entre descobertas e identificação, como realidades, as vozes femininas negras solicitam reconhecimento: é necessário combater o silenciamento vivenciado pela literatura feminina negra nos dias atuais e este trabalho busca contribuir para ecoar isso. Tempo de ainda perseverar, conhecer, reverberar, libertar.
