Navegando por Assunto "Ontogenia"
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Item Mapeamento ontogenético da composição química de espécies de Piper e avaliação do seu potencial acaricida no controle do Tetranychus urticae (Ácaro rajado)(2025-08-04) Santos, Daiane Maria Barbosa dos; Camara, Claudio Augusto Gomes da; http://lattes.cnpq.br/5615678215435460; http://lattes.cnpq.br/1313180740288475As espécies do gênero Piper se destacam por apresentar diversas atividades biológicas, incluindo potencial bioativo frente a pragas, como o Tetranychus urticae (ácaro rajado), praga agrícola de relevância econômica e difícil controle. A aplicação recorrente de acaricidas comerciais tem favorecido a seleção de populações resistentes, além de impactos negativos ao meio ambiente. Diante disso, o presente estudo teve como objetivo analisar a composição química dos óleos essenciais extraídos das folhas de plântulas e plantas adultas de cinco espécies de Piper (P. aduncum, P. dilatatum, P. hispidum, P. umbellatum e P. tuberculatum) e avaliar seu potencial acaricida frente ao T. urticae. Os óleos foram obtidos por hidrodestilação e caracterizados por cromatografia gasosa acoplada à espectrometria de massas (CG-EM). A análise demonstrou variações ontogenéticas significativas na composição dos óleos, com destaque para o dilapiol como composto majoritário em P. aduncum, e a presença de amidas alcalóides em P. tuberculatum na fase de plântula e a predominância de sesquiterpenos nas fases adultas das demais espécies. A análise de componentes principais (PCA) distinguiu os perfis químicos das espécies em quatro grupos distintos, evidenciando diferenças consideráveis na ontogenia das espécies. Os bioensaios demonstraram efeito tóxico dose-dependente para os óleos essenciais testados, destacando a P. dilatatum (CL50 = 3,65 µL/mL) sendo a mais tóxica entre as espécies sendo comparada ao produto comercial Azamax® que teve um valor próximo a esse resultado. Os óleos essenciais das cinco espécies de Piper testadas apresentaram diferentes níveis de inibição da acetilcolinesterase (AChE), com P. hispidum, P. tuberculatum e P. umbellatum demonstrando maior atividade inibitória que o controle positivo (Cloridrato de donepezila), enquanto P. aduncum apresentou inibição equivalente aos controles comerciais. Já a P. dilatatum exibiu menor efeito na inibição da AChE, sugerindo modos de ação distintos na atividade acaricida. Os resultados apontam para o potencial dos óleos essenciais como controles alternativos naturais viáveis aos acaricidas comerciais, contribuindo para práticas agrícolas mais sustentáveis.
