Navegando por Assunto "Rap (Música)"

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“Becos da resistência”: uma análise historiográfica sobre Conceição Evaristo e Kmila CDD
(2019-12-17) Paraiso, Diana Bárbara do Nascimento; Dantas, Mariana Albuquerque; http://lattes.cnpq.br/5957556943043849
Este trabalho tem o objetivo de realizar uma análise comparativa, entre o livro “Becos da memória”, de Conceição Evaristo e o EP “Preta Cabulosa” de Kmila CDD, mulheres negras, que apresentam no lirismo discursos fortemente representativos da memória afro-brasileira, a partir do resgate oral e musical. Ambas nascidas nas periferias de grandes centros urbanos, Belo Horizonte e Rio de Janeiro, carregam em suas vivências e, consequentemente, nas suas produções, memórias coletivas. Além disso, pretende-se apontar a ausência do uso das letras e das músicas do rap no ensino de História nas escolas. Assim, procura-se como as teorias que abrangem a História Cultural no Brasil, bastante difundida a partir dos anos 1980, por agregar as subjetividades, novas abordagens e novos objetos, expandidos à escrita da História por Walter Benjamin, E.P. Thompson, Margareth Rago e outros, influenciaram no resgate historiográfico dessas autoras que utilizam de linguagens diversas, a literatura e o rap, respectivamente, contribuindo para protagonizar memórias geralmente silenciadas na história nacional tanto na universidade como nos demais espaços formais e não formais de educação.
Discurso e música: uma análise crítica de letras de rap como instrumento de denúncia e de resistência
(2023-03-28) Nogueira, Erlania Maria da Silva Souza; Guimarães, Lilian Noêmia Torres de Melo; http://lattes.cnpq.br/7778975209654541; http://lattes.cnpq.br/4635263700059688
O objetivo geral desta pesquisa visa analisar o papel do rap enquanto discurso, à luz dos estudos da Análise Crítica do discurso. Especificamente, procuramos averiguar, por meio da análise de elementos linguísticos e de elementos contextuais, a construção estereotipada que há do rap e daquele que o compõe. Além disso, intencionamos discutir a importância de um olhar crítico para as composições musicais, a fim de se refletir sobre os problemas abordados pelo rap. Como fundamento teórico, adotamos os seguintes referenciais: Fairclough (2003), Van Dijk (2001) e Wodak (2004). A pesquisa se justifica a partir do entendimento de que o discurso do rap surge como um importante instrumento utilizado para abrir espaço para que as chamadas “minorias” possam relatar os problemas sociais, políticos e econômicos enfrentados no dia a dia do povo pobre e negro, em especial. Para tanto, a pesquisa adotou como procedimento metodológico o tipo de pesquisa qualitativa. Como corpus de análise, foram selecionadas três músicas de grande circulação do rap Emicida: “Levanta e anda” (2014), “Boa Esperança” (2015) e “Ismália” (2019). Os resultados obtidos indicam que o discurso do rap – a partir da análise de elementos linguísticos que se materializam no texto, e de seus contextos sociais, históricos, políticos, culturais e econômicos de produção, circulação e recepção – não apenas procura expor as mazelas existentes na sociedade, mas principalmente busca reivindicá-las, com o intuito de propor uma mudança social.
Hip hop: a contribuição dos rappers evangélicos da cidade de Recife-PE na ressignificação do sagrado e do profano
(2018) Bezerra, Erasmo Ribeiro; Silva, Maria Auxiliadora Gonçalves da; Aquino, Rosa Maria de; http://lattes.cnpq.br/7663893470581900; http://lattes.cnpq.br/1540473468896261; http://lattes.cnpq.br/0344988958733571
O campo religioso evangélico vem apresentando mudanças significativas nesse mundo pósmoderno e com isso o entendimento sobre o sagrado e profano se adapta de acordo com a demanda religiosa das diferentes vertentes evangélicas. Dentro deste contexto, a música evangélica passou por várias transformações de modo que ao passar do tempo, ela se tornou cada vez mais heterogênea. Neste trabalho se buscou compreender como e quando a cultura hip hop foi assimilada pelo campo evangélico na cidade de Recife - PE, rompendo com a fronteira entre o sagrado e o profano, a fim de converter jovens. Os sujeitos da pesquisa foram três rappers recifenses. Foi aplicada a metodologia qualitativa com entrevistas gravadas e observação não participante das apresentações dos três artistas. Após a análise da história e características do hip hop que foi ressignificado e passou a ter o rótulo gospel, como também ao estudar sua relação com os espaços sacro e secular, conclui-se que a sacralização desse gênero musical foi mais exitosa no público jovem de igrejas menos conservadoras e foi possível graças ao papel de algumas igrejas evangélicas e ao mercado de consumo religioso que buscou legitimar o hip hop para fins religiosos, no entanto, esse processo sofreu e ainda sofre resistência de boa parte dos evangélicos mais conservadores.