Navegando por Assunto "Serviços ambientais"
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Item Influência de variáveis biométricas de espécies florestais na interceptação pluvial da floresta urbana tropical(2023-04-25) Moura, Thiago Allain Martins Siqueira; Lima Neto, Everaldo Marques de; http://lattes.cnpq.br/6791561445213969; http://lattes.cnpq.br/4967227193918552As florestas urbanas são importantes reguladoras da água, pois reduzem a sobrecarga nos reservatórios hídricos, diminuindo a intensidade das enchentes. As árvores retêm a água pluvial e auxiliam na penetração gradual da água no subsolo, tornando-se importantes para a regulação hídrica em áreas urbanas. Esta capacidade varia de acordo com características biométricas de cada espécie e indivíduo, sendo a maioria variáveis relacionadas com a copa. Para quantificar e classificar os benefícios da floresta urbana como ferramenta de regulação hídrica, é necessário um estudo aprofundado dos serviços prestados pelas árvores. Nesse sentido, a presente pesquisa teve como objetivo avaliar a influência das variáveis biométricas de indivíduos de Senna siamea e Paubrasilia echinata na interceptação pluvial. Foi testada a hipótese de que há diferença significativa entre o volume de água interceptado pelas espécies de acordo com seus diferentes padrões biométricos conferidos pelas variáveis morfológicas, dendrométricas e índices morfométricos. Para testar a hipótese, foram selecionados indivíduos de ambas as espécies presentes na floresta urbana tropical de Recife - PE. A seleção das árvores foi baseada em critérios como tamanho, idade, saúde e localização geográfica. Foram medidas as variáveis morfológicas, dendrométricas e índices morfométricos de cada árvore selecionada, bem como o volume de água interceptado pelas árvores durante os eventos pluviométricos. Os resultados foram discutidos em relação à hipótese formulada, com a identificação das diferenças significativas encontradas entre as variáveis estudadas. Dessa forma, observou-se que as taxas de interceptação pluvial entre as duas espécies foram acima de 50% na maioria dos eventos. Em caráter comparativo, a espécie P. echinata apresentou uma interceptação pluvial ligeiramente maior do que a espécie S. siamea em quase todos os eventos. A média da interceptação do grupo P. echinata (55,99%) foi maior do que a do grupo S. siamea (46,97%). Esses resultados indicam que a espécie P. echinata pode ter uma maior capacidade de interceptação pluvial do que a espécie S. siamea. Foi avaliado que a intensidade da chuva afetou diretamente a interceptação pluvial de ambas as espécies. Em eventos com intensidade de chuva menor (0,3mm/h), os percentuais médios de interceptação das espécies foram mais elevadas (85,5%), sendo (84%) para P.echinata e (87%). Para S. siamea, enquanto que em eventos com intensidade de chuva mais alta (8,5mm/h), as porcentagens médias de interceptação foram mais baixas (36%) sendo (41,3%) para P. echinata e (30,83%) Para S. siamea. Para P. echinata, a correlação de Spearman revelou que a proporção de copa apresentou-se positiva significativa com a interceptação média (0,76), enquanto a formal de copa e o índice de abrangência apresentaram correlações negativas (-0,71). Para P. echinata, indivíduos com maiores proporções de copas mais arredondadas e menos ramificadas estiveram relacionados a uma maior interceptação pluvial. Outras variáveis avaliadas não apresentaram correlação significativa com a interceptação média. Para S. siamea, foi constatado que o estudo não encontrou correlação significativa a 5% entre interceptação pluvial e as variáveis biométricas avaliadas, sugerindo a necessidade de aumentar o tamanho da amostra e assim melhorar a precisão das estimativas e aumentar o poder estatístico do teste. No entanto, é importante destacar que a correlação não implica causalidade entre as variáveis. Foi observado que indivíduos de S.siamea da amostra apresentam características morfológicas que podem favorecer uma maior cobertura de copa e, consequentemente, maior potencial para oferta de serviços ecossistêmicos quando bem desenvolvidos, mas estão sofrendo de desbastes excessivos..Item Percepção ambiental e perfil socioeconômico de frequentadores em duas áreas verdes no Recife – PE(2022-10-06) Barbosa, Júlio César Martins; Lima Neto, Everaldo Marques de; http://lattes.cnpq.br/6791561445213969; http://lattes.cnpq.br/1104545851624309O estudo da percepção ambiental é de importante relevância para entender, além da inter-relação do homem e o meio ambiente, suas expectativas, julgamentos e condutas, satisfações e insatisfações. Estes estudos proporcionam uma visão única dos sentimentos e valores desenvolvidos pelas pessoas para com o ambiente e que refletem diretamente na formação de ações sobre estes espaços. O objetivo deste trabalho é verificar se a classificação socioeconômica dos frequentadores de duas áreas verdes do Recife-PE pode influenciar na percepção ambiental dessas pessoas, quais as relações ambientais e serviços ecossistêmicos existentes e qual o reflexo na conscientização e sensibilização ambiental. Para isso, utilizou-se um questionário semiestruturado com perguntas de cunho social e ambiental e fez-se a aplicação de forma in loco com 8 visitas sendo 5 na Praça de Joana Bezerra e 3 na Praça de Casa Forte. Para análise dos dados utilizou-se o Microsoft Excel 2013 onde fez-se tabulação e organização dos dados, cálculo dos percentuais e construção dos gráficos. Como resultados, encontrou-se diferenças na questão socioeconômica entre os bairros, principalmente em relação a escolaridade e renda mensal, no entanto, as percepções ambientais do público-alvo em ambos os bairros foi positivo, com destaque para o Praça de Casa Forte. Foram observados ainda a presença de serviços ecossistêmicos nos dois locais de estudo, se destacando a melhoria no clima, qualidade do ar, lazer, recreação e atividades físicas e beleza paisagística. Com isso, conclui-se que a presença de áreas verdes influenciam na qualidade de vida da população e que se faz necessário o conhecimento da visão social para o planejamento de ações e estratégias voltadas para as comunidades.Item Uso de plantas tóxicas na arborização e ornamentação urbana e suas ameaças à saúde pública e polinizadores locais(2021-12-14) Gomes, Nicole Pegoraro; Sperandio, Marcus Vinícius Loss; http://lattes.cnpq.br/4157291425794314; http://lattes.cnpq.br/5024205327901053O uso de plantas tóxicas ao longo de uma jornada evolutiva abrange diferentes formas e funções em diversas culturas ao redor do mundo enquanto recursos da época. No momento atual, pode-se afirmar que a presença de espécies nocivas em áreas de arborização e ornamentação urbana implica em acidentes toxicológicos à população e prejuízos para ecologia das cidades. Tratando-se dos impactos refletidos na saúde pública e na integridade de polinizadores habitantes de gradiente urbana, o presente estudo tem como objetivo elaborar um levantamento bibliográfico sobre o uso de plantas tóxicas ao longo do tempo, dando alusão às espécies voltadas à ornamentação urbana e suas ameaças, bem como, propor estratégias de divulgação, recomendação técnica e científica voltadas à população e ao poder público municipal. Realizou-se, então, uma pesquisa a partir de artigos e dissertações presentes em bases de dados específicos: Google Scholar, Science Direct, Scientific Electronic Library Online (SciELO), PubMed, Sistema Nacional de Informações Tóxico-Farmacológicas (SINITOX), Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA) e periódicos especializados. As atividades de divulgação pedagógica e científica foram realizadas no Jardim Botânico do Recife. E com o apoio da instituição, elaborou-se uma proposta de recomendação técnico-científica para fins de implementação de políticas municipais voltadas à temática central. Foi possível compreender que a biodiversidade das cidades torna-se mais escassa, e a população mais susceptível a intoxicações devido às lacunas nos planejamentos de arborização urbana, falhas na construção de políticas públicas de saúde atuais e pouco investimento em educação ambiental à população abrangendo espécies nocivas. O que impõe a constatação de que ao tratar-se de áreas públicas e ambientes domésticos, para se buscar melhores benefícios através da arborização e ornamentação urbana, não é recomendado como prioridade, utilizar espécies que apresentam princípios tóxicos relacionados com a casca, látex, flores ou folhas da planta devido à possibilidade de contato com a população e interferência nos serviços ecossistêmicos de polinizadores da fauna nativa.
