Navegando por Assunto "Sociolinguística"
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Item A concordância nominal de número e de gênero em variedades não-europeias do Português(2018-08-06) Gomes, Suellen Pamela Ramos; Silva, Cláudia Roberta Tavares; http://lattes.cnpq.br/0948124881794535; http://lattes.cnpq.br/5738294611148737Este estudo buscou investigar a concordância nominal (CN) de número e de gênero na escrita de falantes do português brasileiro (PB) e nos dados orais de fala do português angolano (PA) e moçambicano (PB). Para tanto, sob os pressupostos da Sociolinguística Variacionista (LABOV (1972 [2008]), discutimos que fatores linguísticos e extralinguísticos favorecem ou desfavorecem essa concordância. O corpus do PB constituiu-se de 1272 ocorrências de sintagmas nominais (SN) para a concordância número e de 5.088 ocorrências para a concordância de gênero, com o percentual de 100% de aplicação da variante padrão para esta última. Quanto ao PA, encontramos 170 ocorrências para a concordância de número e 434, para gênero. Para o PM, foram 28 ocorrências para número e 96 para gênero. Por fim, verificamos, nos corpora desta pesquisa, de acordo com as três regras linguísticas (LABOV, 2003), que a CN de número e de gênero para o PB mostrou-se semicategórica e categórica respectivamente, e, para as variedades africanas do português, a CN de número apresentou-se como uma regra semicategórica para o PA e variável para o PM, e a CN de gênero, semicategórica para ambas.Item A concordância verbal em textos escritos por estudantes de Garanhuns - PE: uma análise sociolinguística(2018-08-27) Silva, Ricardo Soares da; Lima, Emanuelle Camila Moraes de Melo Albuquerque; http://lattes.cnpq.br/0470905904340465; http://lattes.cnpq.br/8091023593918666Este trabalho apresenta um estudo sobre a variação de concordância verbal da língua em seu uso real de alunos da cidade de Garanhuns - PE. Para realizarmos esta pesquisa, utilizamos como base teórico-metodológica a Sociolinguística Variacionista que tem como iniciador William Labov (2008), que considera a língua em seu contexto social, fizemos uso também de pesquisas realizadas anteriormente sobre o fenômeno estudado como as de Moura (2007), Rodrigues (1987), Vieira (1994) entre outras. Partindo desse pressuposto de que a concordância verbal do português do Brasil é uma regra variável, na qual há uma variante de prestígio e uma variante desprestigiada em competição entre si, procuramos não só verificar essa variação como também identificar os fatores linguísticos e sociais que estão influenciando e condicionando essa variação na escrita formal. O uso das variantes foi analisado de acordo com os fatores linguísticos e sociais já postulados por outros estudiosos. Dentre os fatores linguísticos selecionamos o tipo de verbo (estado e ação) e posição do verbo em relação ao sujeito. Os fatores extralinguísticos analisados foram: o sexo e o nível de escolaridade dos alunos. A partir da metodologia Laboviana, fizemos a coleta dos dados, montamos o corpus da pesquisa constituído por trinta textos produzidos por alunos dos 6º e 9º ano do ensino fundamental II e 3° ano do ensino médio e o analisamos. A quantificação dos dados foi feita por meio de tabulação e nos permitiu chegar aos seguintes resultados: há ausência da concordância verbal na linguagem escrita dos informantes em geral de (14,15%) empregados principalmente entre os alunos de escolaridade maior (3º ano), assim como sexo masculino é o que mais apresenta a forma não-padrão. Verificamos os dois fatores linguísticos que também atuam como condicionadores de uma variante. Portanto, foi visto que a escola influencia os discentes a empregarem a língua em sua norma padrão, amenizando o uso de variações tidas como não padrão.Item A diversidade linguística no português brasileiro : reflexões sobre o preconceito linguístico no ambiente educacional(2023-11-29) Lima, Maria Andrielly Matos de; Pedrosa, Paloma Pereira Borba; http://lattes.cnpq.br/1116526654784440A presente pesquisa apresenta algumas reflexões, a partir da teoria da sociolinguística, sobre as diferentes formas de comunicação presentes na língua portuguesa, influenciadas pelos fatores sociais, econômicos, históricos e culturais e tem como objetivo geral verificar as concepções linguísticas de 4 (quatro) docentes de Língua Portuguesa da Educação Básica, atuantes no Município de Santa Maria do Cambucá- PE, refletindo sobre a necessidade de práticas pedagógicas que não menosprezem a língua materna no combate ao preconceito linguístico. E, como objetivos específicos, buscou-se: analisar o fenômeno sociolinguístico para uma melhor compreensão acerca dos aspectos da linguagem, discutir a relevância das concepções sociolinguísticas para a práxis pedagógica, evidenciar as contribuições da Linguística Aplicada (LA) para o ensino de língua materna e refletir sobre o papel da escola e do professor diante do preconceito linguístico. Para a construção deste artigo, realizou-se uma pesquisa bibliográfica, baseada em livros e artigos científicos, tendo como aporte teórico as contribuições de Antunes (2003; 2007), Bagno (2007; 2007), Bortoni-Ricardo (2004; 2005), Soares (2000), dentre outros, salientando a relevância de práticas pedagógicas que valorizam a diversidade linguística durante o processo de ensino e aprendizagem, por meio de documentos oficiais que orientam o ensino da língua materna, como os PCNs e a BNCC. Posteriormente, foi realizada uma pesquisa de campo por meio da aplicação de uma entrevista com 4 (quatro) docentes de Língua Portuguesa, desenvolvida com a finalidade de analisar como abordam esse fenômeno linguístico nas atividades que integram a sua prática pedagógica e sua atuação docente. Desse modo, a finalidade da referente pesquisa é buscar, sobretudo, enfatizar a importância da Variação Linguística (VL) no contexto social, dentre a necessidade de uma reflexão sobre o preconceito linguístico no ambiente educacional, visando obter meios que ampliem o repertório comunicativo dos estudantes e uma valorização da diversidade linguística brasileira. A partir das informações analisadas, conclui-se que é de extrema relevância que haja uma conscientização nas instituições de ensino, de modo que as práticas didático-pedagógicas adotadas pelos docentes de Língua Portuguesa sejam capazes de atribuir o conhecimento necessário acerca da VL, com o intuito de ampliar o repertório comunicativo dos estudantes e visando a desconstrução do preconceito linguístico ainda presente na sociedade, além de contribuir para uma sociedade consciente, capaz de respeitar todo e qualquer tipo de diversidade existente no país.Item A influência da fala na escrita de textos produzidos por estudantes do 6° ano de uma escola pública(2019-07-03) Cândido, Maria Caroline Tenório; Lima, Rafael Bezerra de; http://lattes.cnpq.br/8700226970298080; http://lattes.cnpq.br/7718869065485051O presente Trabalho tem por objetivo principal analisar a influência da fala na escrita em textos produzidos por estudantes de uma escola da rede pública municipal da cidade de Bom Conselho-Pernambuco. Para tanto, baseamo-nos em trabalhos feitos por Cagliari (2008), Bortoni-Ricardo (2014), Bagno (2008), entre outros pesquisadores da corrente de Labov (2008), o pesquisador pioneiro da teoria que estuda a Variação Linguística. Procuramos defender a hipótese de que há variação linguística nos textos produzidos por essa comunidade de fala, para isto consideramos fatores internos e externos à língua. Elaboramos uma pesquisa quantitativa de cunho variacionista para a coleta dos dados, com isso obtemos um corpus constituído por um número de 2.838 ocorrências dos fenômenos linguísticos, retirados de 72 textos escritos pelos discentes de duas turmas de 6º ano da escola selecionada. A quantificação dos dados é apresentada por meio de tabelas e gráficos, fundamentada no modelo metodológico disponível em Tarallo (1986). Dessa forma, no desenvolvimento da investigação, constatamos que existe interferência da fala na escrita condicionada por fatores internos, processos fonológicos e externos à língua, como sexo e localização geográfica.Item A pronúncia do R retroflexo do inglês por alunos de uma escola de idiomas em Serra Talhada-PE(2018) Pereira, Alana Santos; Santos, Renata Lívia de Araújo; http://lattes.cnpq.br/7009377945244623; http://lattes.cnpq.br/0849895202690132Esta pesquisa tem como objetivo analisar a pronúncia do r retroflexo da Língua Inglesa na fala de estudantes de uma escola de idiomas localizada na Serra Talhada - PE. Para tanto, utilizamos como suporte teórico-metodológico os pressupostos da Sociolinguística Variacionista, que busca explicar a língua em uso, bem como sua relação com a sociedade, a fim de analisarmos os fatores sociais que atuam sobreo fenômeno, na comunidade de fala estudada. Da mesma forma, recorremos à Fonética e Fonologia, numa perspectiva Estruturalista, com a intenção de fazermos a descrição do fone estudado, como também dos fatores linguísticos que podem atuar sobre ele. Assumindo que existe variação na fala de indivíduos pertencentes a uma mesma comunidade linguística, e que essa variação se estende ao processo de aprendizagem de uma língua estrangeira, selecionamos alguns fatores, linguísticos e extralinguísticos, levantando hipóteses de que tais fatores possam provocar uma variação na pronúncia do retroflexo, a saber: a posição do fone na palavra, o nível de proficiência do aprendiz e o nível de monitoramento na leitura do material utilizado na coleta dos dados. Assim sendo, gravamos a fala de 10 informantes matriculados na escola de idiomas selecionada para a pesquisa –sendo 5 do nível básico II e 5 do nível avançado –e propusemos a leitura do seguinte material para a coleta dos dados que compuseram o presente estudo: listade palavras, lista de imagens e um texto contendo palavras que apresentassem o retroflexo, no intuito de averiguar nossa hipótese inicial de que o nível avançado apresentaria maior proficiência que o nível básico na pronúncia do fone. Finalmente, realizamos a análise do corpus, concluindo que existe variação na fala dos aprendizes da Língua Inglesa, confirmando que os alunos do nível avançado demonstram maior proficiência na articulação do retroflexo que os alunos do nível básico, e comprovando que há tanto fatores linguísticos quanto fatores extralinguísticos favorecem a variação, tais como a substituição do retroflexo /I/pelo tepe /r/ pela aspirada /h/, além do apagamento do fone.Item A variação do fonema fricativo alveolar // na língua falada na cidade de Orocó(2020-12-15) Lima, Carlos Álack de; Santos, Renata Lívia de Araújo; http://lattes.cnpq.br/7009377945244623; http://lattes.cnpq.br/8017557620002069Este trabalho apresenta uma pesquisa quantitativa dentro dos pressupostos teóricos e metodológicos da Sociolinguística (2008 [1972]), a fim de mostrar dados significativos sobre a fala dos moradores da cidade de Orocó. Observamos a variação linguística presente na fala dos orocoenses a partir da seleção do fenômeno de aspiração do fonema fricativo alveolar dental desvozeado //, que chamou a nossa atenção devido à grande ocorrência presente na transcrição dos dados. A pesquisa fundamenta-se, mais especificamente, na Teoria da Variação Linguística, de Labov (2008 [1972]), que tem como proposta de estudo observar a relação entre a língua que falamos e a sociedade em que vivemos. Essa relação é mútua e intensifica a heterogeneidade da língua, que por sua vez já é interna e natural ao sistema linguístico. Para este estudo, contextualizamos o fenômeno analisado, a variante [], mediante os estudos sobre a Fonética e a Fonologia que, por sua vez, são os estudos da produção da fala. A metodologia do trabalho se estabelece por meio da elaboração de um roteiro para a realização da pesquisa em que foram feitas coletas de fichas sociais e de dados linguísticos por meio de entrevistas, da transcrição dos dados coletados, da codificação e da rodagem dos dados através do programa computacional GoldVarbX. Com isso, notamos que na comunidade de fala em questão há a presença do fenômeno de aspiração [] da fricativa //. Dentre as variáveis postas em análise, as que tiveram um percentual maior de influência foram: contexto procedente, contexto precedente e sexo, nessa ordem, respectivamente. Entretanto, consideramos que os moradores da cidade de Orocó-PE, por meio da nossa análise, tendem a realizar pouco o fenômeno de aspiração.Item Análise das orientações do currículo de Pernambuco para o trabalho com a variação linguística(2019-12-13) Cavalcanti, Paloma Agrelis; Lima, Emanuelle Camila Moraes de Melo Albuquerque; Santos, Eudes da Silva; http://lattes.cnpq.br/8701527300251171; http://lattes.cnpq.br/0470905904340465; http://lattes.cnpq.br/9098086086244833O presente trabalho analisará o trabalho com a variedade linguística no Currículo de Pernambuco, um documento criado em 2019 e que serve orientador do trabalho pedagógico nos Ensinos Infantil, Fundamental e Médio. A pesquisa se deterá aos anos finais do Ensino Fundamental (6º ao 9º ano), observando a variação linguística nas habilidades que o documento propõe em seu Organizador Curricular. Para realizarmos essa pesquisa de cunho documental, utilizamos como marco teórico-metodológico a Sociolinguística Variacionista, que teve como percursor Willian Labov (2008) e a Sociolinguística Educacional, amparando-nos nos autores Bortoni-Ricardo (2005) e Sgarbi & Roncália (2011). Na análise do documento, percebemos que algumas das habilidades dentro dos quatro eixos propostos - eixo da Leitura (doze habilidades), da Produção Textual (quatro habilidades), da Oralidade (quatro habilidades) e da Análise Linguística/Semiótica (quatro habilidades), observam as diversas variedades linguísticas, considerando todo o aparato que o aluno já traz consigo, o contexto comunicativo das atividades e textos trabalhados em sala de aula, e, a partir disto, trabalha para ampliar o repertório dos estudantes, considerando, dessa forma, todas as variações da língua Portuguesa como autênticas e legítimas.Item Análise do tratamento dado à variação linguística em um livro didático de língua portuguesa(2019-07-30) Lopes, Fernando José Valença; Santos, Eudes da Silva; http://lattes.cnpq.br/8701527300251171; http://lattes.cnpq.br/2655392880923714A língua que falamos não possui uma única forma. Ela é heterogênea e está cheia de variações. Basta observarmos como usamos a linguagem, e assim perceberemos que uma pessoa não fala igual à outra. Essa variação se justifica através dos fatores linguísticos e extralinguísticos que influenciam na forma de comunicação de cada falante. Esse trabalho tem como objetivo principal analisar o tratamento dado à variação linguística no livro didático de língua portuguesa. A pesquisa se caracteriza como qualitativa, de cunho bibliográfico e de caráter documental, sendo justificada por ter como base o livro didático. De forma mais específica, faremos uma abordagem sobre os estudos sociolinguísticos, observando as formas de variação da língua e aplicando o conteúdo na análise do material. Para tanto, tomamos como base os seguintes autores: Labov (2008), Tarallo (1986), Ilari e Basso (2006), González (2015), entre outros, para tratarmos de questões relativas à variação linguística e ao livro didático, além de outros temas correlacionados. A análise do livro apresentou a variação linguística presente no capítulo analisado, descrevendo as formas de variação, mas ainda limitando-se sobre a forma em que ela deve ser de fato apresentada. Portanto, devemos reconhecer que já é um avanço o fato de termos a presença dessa temática explanada no material didático. Isso porque, desta maneira, é possível compreender que a língua não deve ser tratada como homogênea e que o professor deve assumir uma postura heterogênea, no que tange à forma de trabalhar com as variações linguísticas, ao exercer a docência.Item “As mal traçadas linhas” do jovem casal pernambucano N. e Z. como fonte para a historicidade da língua e do subgênero carta de amor (1949-1950)(2021-07-07) Alves Filho, Stênio Bouças; Gomes, Valéria Severina; http://lattes.cnpq.br/8893406062883304; http://lattes.cnpq.br/8322263755431658Por uma investigação que não se detenha apenas à historicidade da língua, mas também do texto, este trabalho visa analisar um corpus constituído por 32 (trinta e duas) cartas pessoais do subgênero carta de amor, escritas entre 1949 e 1950, pelo casal pernambucano não ilustre N (a noiva) e Z (o noivo). Os principais pontos analisados neste estudo são: (i) os elementos composicionais do subgênero carta de amor; (ii) os aspectos que denotam os usos, as práticas e o grau de escrita dos missivistas, além do contexto sócio-histórico de produção das cartas; e (iii) os pontos de análises que estão relacionados com a representação do possessivo de segunda pessoa do singular, verificado no recorte espaço-tempo em questão. Dito isso, sob o aparato teórico-metodológico da Sociolinguística Histórica (CONDE SILVESTRE, 2007; HERNÁNDEZ-CAMPOY; SCHILLING, 2012); do Modelo de Tradições Discursivas (KABATEK, 2006); e da Paleografia (MARTÍNEZ, 1988; PETRUCCI, 2003; CASTILLO GÓMEZ; SÁEZ, 2016), foi possível observar que a missivista N (a noiva), mesmo apresentando um maior domínio sobre o escrito, encontra-se no mesmo polo que Z (o noivo), ambos estão em um continuum mais próximo de um nível elementar de base, no que se refere à habilidade escrita. Entretanto, apesar do baixo nível de escolaridade, ambos dominam a prática de escrita de cartas amorosas, o que se configura como uma aquisição cultural da tradição discursiva carta de amor. Quanto ao uso do possessivo, identificou-se o encaixamento da forma possessiva seu (31%) no emprego referente à segunda pessoa do singular, em duelo com o possessivo teu (69%).Item Aspectos descritivos e sócio-históricos da língua falada em Pernambuco(EDUFRPE; FACEPE, 2015) Sedrins, Adeilson Pinheiro; Sá, Edmilson José deItem Duelo entre Tu e Você em cartas pessoais pernambucanas dos séculos XIX e XX(2019-01-31) Santos, Alessandra Alves da Silva; Gomes, Valéria Severina; http://lattes.cnpq.br/8893406062883304; http://lattes.cnpq.br/7629223581665415Este artigo tem como objetivo analisar a ocorrência de mistura no emprego dos pronomes pertencentes aos paradigmas do Tu e do Você nos contextos morfossintáticos acusativo e dativo. Quanto ao aspecto teórico, toma-se por base as perspectivas da Tradição Discursiva (KABATEK, 2006; LONGHIN, 2014), da Linguística Histórica (CASTILHO, 2016), da Sociolinguística Histórica (CONDE SILVESTRE, 2007), da Proximidade e Distância comunicativa (KOCH e OESTERREICHER, 2007) e da teoria do Poder e da Solidariedade (BROWN e GILMAN, 1960). Os resultados mostram que as escolhas das formas de tratamento e a ocorrência de mistura dos paradigmas do Tu e Você têm vinculação com o tipo de relação estabelecida entre os escreventes, considerando a maior ou a menor proximidade entre os missivistas e seus interlocutores, além de marcas da tradição discursiva, especialmente, na despedida das cartas.Item Estratégias de preenchimento da posição acusativa: uma análise contrastiva entre gramáticas descritivas, prescritivas e livros didáticos de Língua Portuguesa adotados em Pernambuco(2023-09-19) Bezerra, Gleisy Patrícia de Souza; Silva, Cláudia Roberta Tavares; http://lattes.cnpq.br/0948124881794535Neste artigo, apresenta-se uma análise contrastiva sobre as estratégias de preenchimento da posição acusativa, com foco no que é contemplado: (i) pelas gramáticas descritivas do PB, tendo em mente os contextos linguísticos e sociais de sua ocorrência, (ii) pela abordagem prescritiva das gramáticas sobre o tipos de estratégia selecionada e (iii) pela abordagem dos livros didáticos de Língua Portuguesa (LP) adotados em Pernambuco destinados a alunos do 7º ano, levando em conta se contemplam uma reflexão sobre diferentes estratégias, atendendo, assim ao que está previsto na BNCC. Ancorada na Sociolinguística Variacionista (LABOV [1972] 2008); WEINREICH; LABOV; HERZOG, [1968] 2006), será levado em conta o uso variável de quatro variantes que preenchem a posição acusativa (a saber: o clítico, o objeto nulo, o pronome lexical e o sintagma nominal) que são condicionadas por fatores linguísticos e sociais (TARALLO E DUARTE (1988), MATTOS E SILVA (2003)). Tomando por base que, na BNCC (BRASIL, 2018), está previsto o trabalho com a variação linguística, esta investigação inscrevese na interface teoria e prática, a fim de verificar se as propostas de atividades dos livros didáticos contemplam todas as variantes. Ademais, essa proposta ganha relevância porque, até onde temos verificado, são ainda escassas pesquisas no âmbito da Sociolinguística no estado de Pernambuco que se voltem ao tratamento da variação linguística em livros didáticos no âmbito morfossintático. A investigação ora desenvolvida busca contribuir com o processo ensino-aprendizagem da variação a partir de discussões que podem servir como pontos de partida para novas reflexões por parte de professores de LP.Item “Maria eu observei nas palavras que mandastes dizer na carta que tu ainda duvidas do meu amor, mas você não tem razão de assim se expressar”: a variação dos pronomes pessoais Tu e Você em cartas de amor rurais do sertão pernambucano(2018) Lima, Tallys Júlio Souza; Ataíde, Cleber Alves de; http://lattes.cnpq.br/4301066659702331; http://lattes.cnpq.br/6686116967696807O presente trabalho tem por objetivo apresentar os resultados da investigação sobre a variação de uso das formas de tratamento TU~VOCÊ na posição sintática de sujeito em cartas de amor produzidas, nas décadas de 50 e 70, por dois casais não-ilustres oriundos de uma comunidade rural do sertão pernambucano. Para analisar a alternância entre as formas tratamentais, consideramos o aporte teórico-metodológico da Sociolinguística Histórica e Variacionista, além do o auxilio do programa computacional Goldvarb, a fim de verificar a atuação dos seguintes fatores: categoria de realização do sujeito preenchida e não-preenchida e o paradigma de concordância entre os elementos sintáticos Sujeito-Verbo (S-V). Na análise quantitativa dos dados, conseguiu-se evidenciar a produtividade do subsistema de tratamento Você/Tu (LOPES E CAVALCANTE, 2011), para o interior do estado de Pernambuco, utilizado como estratégia de referência à segunda pessoa do discurso. Notou-se também que há uma preferência de uso pelos escreventes do pronome VOCÊ em categoria preenchida e o aumento gradativo da produtividade da forma inovadora (VOCÊ) ao longo dos anos. Considerando o paradigma de concordância S-V, podemos constatar que, na documentação remanescente ao período analisado, já havia vestígio do atual subsistema de tratamento empregado no estado de Pernambuco: uso de Tu/Você com nível de concordância média (SCHERRE et. al., 2009; 2015 e 2018), sendo que, nos anos 50, detectouse uma coexistência proporcional no uso entre as duas formas pronominais TU e VOCÊ distribuídas dentro do subsistema Você/Tu. Já nos anos 70, percebe-se uma preferencia pelos missivistas no emprego de VOCÊ como pronome sujeito, embora a forma conservadora TU mantivesse-se resistente no subsistema como marca de desinência verbal.Item O comportamento da palatalização das fricativas alveolares [s] e [z] em coda silábica medial no português brasileiro falado na comunidade de Santa Cruz da Baixa Verde(2020-10-13) Rodrigues, Pedro Henrique da Silva; Santos, Renata Lívia de Araújo; http://lattes.cnpq.br/7009377945244623Este trabalho analisa o comportamento da palatalização das fricativas alveolares [s] e [z] em coda silábica medial no português brasileiro falado na comunidade de Santa Cruz da Baixa Verde - PE, sob os panoramas teórico-metodológicos da Teoria da Variação Laboviana. As formas alternativas analisadas em relação ao comportamento da palatalização das fricativas alveolares compreendem: fricativa alveolar não-vozeada [s], fricativa alveolar vozeada [z], fricativa alveopalatal não-vozeada [ʃ] e fricativa alveopalatal vozeada [ʒ]. Esta pesquisa apresenta como objetivo principal descrever os fatores estruturais e sociais que condicionam a variação aqui em estudo e revela-se importante pelo fato de até então não se ter uma pesquisa sobre o fenômeno linguístico em questão na referida comunidade de fala. Os fatores linguísticos analisados foram o contexto precedente e o contexto seguinte. O corpus utilizado foi extraído de entrevistas com informantes da cidade estudada e foi dividido de acordo com os grupos de fatores extralinguísticos faixa etária, sexo e nível de escolarização. Também são analisadas variáveis linguísticas que podem influenciar na variação. Os resultados mostraram que entre as variantes [s] e [ʃ], a última foi mais realizada, principalmente diante de [t], consoante que se mostrou como fator favorecedor do fenômeno da palatalização na comunidade de fala. Entre [z] e [ʒ], a primeira foi a que apresentou mais casos, ou seja, a variante não-palatalizada predominou.Item O comportamento das construções passivas em textos jornalísticos publicados no português de Angola do século XXI(2025-02-26) Deodato, Ingrid Eduarda Rodrigues; Silva, Cláudia Roberta Tavares; http://lattes.cnpq.br/0948124881794535; http://lattes.cnpq.br/3852974115219793Na presente pesquisa, dediquei-me a investigar as construções passivas no Português de Angola, doravante PA, analisando suas escolhas sociopolíticas e os fatores que influenciam seu uso. Utilizando-me dos estudos da Teoria de Princípios e Parâmetros (CHOMSKY, 1981 e seguintes) e analisando como as interferências linguísticas e culturais, decorrentes do período colonial, moldaram essa variedade do português, foquei nas construções passivas, analíticas e impessoais, utilizando dados extraídos de 16 edições de jornais angolanos da primeira metade do século XXI. Com este trabalho, pioneiro na universidade onde está sendo realizado, busquei evidenciar a complexidade e a riqueza do PA, compreendendo-o como um sistema linguístico em constante evolução, moldado por interações históricas, culturais e sociais únicas. Acredito que minha contribuição fortalece uma visão mais inclusiva das dinâmicas do português em contextos lusófonos e valoriza a diversidade linguística resultante desses contatos.Item O mapeamento dos processos de hipersegmentação na escrita de alunos de uma escola pública da cidade do Recife(2018-08-06) Silva, Letícia Karla Belmiro da; Silva, André Pedro da; http://lattes.cnpq.br/0620934260898634; http://lattes.cnpq.br/7723488792103117O presente artigo é resultado de reflexões teóricas e metodológicas acerca dos processos de hipersegmentação na escrita de alunos do 9º ano do ensino fundamental de uma escola pública da cidade de Recife-PE. Nos preocuparemos em explicar e analisar dados acerca de tal fenômeno com o principal objetivo de verificar o porquê deste processo, geralmente recorrente nos primeiros anos do Ensino Fundamental, persistir no 9º ano e quais fatores condicionam sua ocorrência nesse nível de escolaridade. É de nosso interesse também observar se os hábitos de leitura e escrita dos estudantes influenciam nos resultados, além de perceber como se dão as relações entre palavra gramatical e palavra fonológica no fenômeno observado. Para a elaboração desta pesquisa, nos pautamos nos pressupostos teóricos da Sociolinguística Variacionista. Os dados coletados foram analisados à luz dos pressupostos sociolinguísticos encontrados em Labov (2008), Bisol (2004), Cunha e Miranda (2009); Miranda (2006); e Rocha e Robles (2017). O corpus desta pesquisa foi coletado a partir de produções textuais elaboradas por um total de 22 alunos, 11 sujeitos femininos e 11 sujeitos masculinos, do 9º ano ensino fundamental. Foram realizadas leituras, discussões e produções textuais, além do preenchimento de dois questionários sobre os hábitos de leitura e escrita dos estudantes. Os resultados da pesquisa indicam que os casos de Hipersegmentação produzidos por alunos do 9º ano sofrem influência de ordem morfológica e fonológica e revelam as tentativas que o escrevente faz em busca da delimitação das palavras escritas, espelhando o que é mais regular na língua e revelando o seu conhecimento linguístico. Os hábitos de leitura e escrita revelam possíveis fatores que dificultam a aprendizagem dos alunos, como a falta de escrita.Item O processo de epêntese vocálica na escrita de alunos do Ensino Fundamental de escola pública da cidade de Recife/PE: por um projeto de intervenção(2018-08-06) França, Andréa Maria de; Silva, André Pedro da; http://lattes.cnpq.br/0620934260898634; http://lattes.cnpq.br/5863996368620195Neste trabalho, apresentaremos os resultados da pesquisa realizada sobre o fenômeno da epêntese vocálica, que é uma variação típica da linguagem oral e geralmente representada na escrita durante a fase da aquisição, em escritas de alunos do Ensino Fundamental II, como podemos observar nas palavras ritimo ~ ritmo; pineu ~ pneu; adivogado ~ advogado que caracterizam este fenômeno, além de propor atividades para sala de aula entorno do fenômeno. Esta pesquisa visa investigar, a partir de textos escritos em contexto de sala de aula, a influência das variantes extralinguísticas sobre a variação linguística no fenômeno fonético-fonológico em decorrência da epêntese vocálica e a relação da fala na escrita neste fenômeno. Para isto, adotamos uma análise quantitativa, com base nos estudos Sociolinguísticos Laboviano (LABOV, 1972 [2008]), e de metodologia indutiva dos dados retirados da pesquisa de campo, realizada por meio de dois ditados de palavras, constituída de 15 palavras previamente selecionadas. O corpus foi montado através da produção de alunos do 6º ao 9º ano da Escola Estadual Cônego Rochael de Medeiros, na cidade de Recife - PE. Os resultados obtidos, neste estudo, revelaram que há a ocorrência do fenômeno epentético em todos os anos pesquisados, porém com o passar dos anos esse índice diminui.Item O tratamento da variação linguística no ensino da língua portuguesa em escolas públicas da zona rural da cidade de Flores - PE(2020-10-23) Leite, Laryssa Vieira; Brito, Dorothy Bezerra Silva de; http://lattes.cnpq.br/1796648943044087; http://lattes.cnpq.br/8136092416193445O presente estudo tem como objetivos compreender como questões de variação linguística são abordadas no ensino fundamental em escolas públicas da cidade de Flores - PE, discutir como é o tratamento da variação linguística na sala de aula e obter, através de dados das entrevistas, informações sobre o trabalho do professor com a variação linguística. Com esse ensejo, utilizamos como base teórica Bagno (2007), Sgarbi e Roncália (2009), Zilles e Faraco (2015) e Faraco (2020), os Parâmetros Curriculares Nacionais (1997; 1998; 2000) e a Base Nacional Comum Curricular (2018). Realizamos como procedimento metodológico um levantamento bibliográfico, uma coleta de informações realizadas por entrevistas contidas em questionários via WhatsApp com três professoras de três escolas do Ensino Fundamental, e, por fim, realizamos análises e discussões das respostas obtidas na entrevista. Como resultado, tivemos nossa hipótese parcialmente corroborada, uma vez que os documentos oficiais da educação dão orientações, mas não auxiliam o docente com sugestões de práticas para abordar na sala de aula, de forma consistente, o tema variação linguística. Compreendemos ainda que os sujeitos da pesquisa, por terem uma abordagem que considera a variação linguística como inerente ao social, contemplam o primeiro passo para a implementação de uma pedagogia da variação linguística.
