Navegando por Assunto "Tradição discursiva"
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Item A luta abolicionista em atas do Club Cupim: uma análise dessa tradição discursiva na segunda metade do século XIX(2023-09-04) Lima, Cristiane Alves de; Gomes, Valéria Severina; http://lattes.cnpq.br/8893406062883304; http://lattes.cnpq.br/8014778569799145De circulação em situações oficiais de comunicação e com valor jurídico, a ata foi o meio de comunicação e registro interno das deliberações entre os sócios do Club Cupim, associação abolicionista secreta fundada por João Ramos, o “ceará”, atuante no Recife entre 1884 e 1888. Os objetivos deste estudo são a análise da dimensão composicional e dos modos de dizer, verificação das dimensões temáticas e análise dos modos subversivos de dizer nas atas do Club Cupim no contexto da luta abolicionista na segunda metade do século XIX no Recife. O corpus é composto por 10 atas manuscritas produzidas entre 1884 e 1885 pelos secretários, Robespierre, Alfredo Pinto Vieira de Melo e Antonio Faria, nesta ordem. O referencial teórico que conduz este estudo parte do modelo de Tradição Discursiva proposto por (Kabatek, 2005; 2006; Koch e Oesterreicher, 2013; Castilho, Andrade e Gomes, 2018; Shibya, 2020). Os resultados apontam que, se as atas do Club Cupim possuem realizações fixas nos modos de compor e dizer, é por intermédio da língua que a fixidez se constitui, porém, agregando alterações contextuais que permitem a compreensão do momento da enunciação.Item A realização do sujeito nulo no português de Pernambuco em textos jornalísticos dos séculos XIX ao XXI(2025-02-26T03:00:00Z) Santos, Camily Cristina Portela dos; Silva, Cláudia Roberta Tavares; http://lattes.cnpq.br/0948124881794535; http://lattes.cnpq.br/9760248515676619O presente trabalho tem como objetivo compreender o comportamento dos sujeitos nulos em amostras de textos jornalísticos produzidos entre os séculos XIX e XXI com enfoque na tradição discursiva dos respectivos gêneros: carta de leitor e editorial. Logo, a partir da análise de 80 textos retirados do Diário de Pernambuco (40 de cada gênero), foi possível mapear e analisar a ocorrência dos sujeitos (nulos e plenos) tendo como base a teoria gerativista de Princípios e Parâmetros (Chomsky, 1981 e seguintes). Com base na análise realizada, os principais resultados obtidos foram os seguintes: (i) maior ocorrência dos sujeitos nulos em detrimento dos sujeitos pronominais; (ii) traços de impessoalização no editorial através da utilização do sujeito pronominal na terceira pessoa e o sujeito nulo; (iii) ampla utilização do sujeito nulo em primeira pessoa na carta de leitor. Tendo em vista os resultados obtidos, buscamos ampliar a discussão sobre os contextos que licenciam e restringem a utilização do sujeito nulo considerando as mudanças paramétricas dos gêneros estudados.Item Academia de Belas Artes Pernambucana: análise da tradição e da conexão nos telegramas do diretor Joel Francisco Jaime Galvão(2023-04-12) Brito, Bianca do Carmo Pereira; Gomes, Valéria Severina; http://lattes.cnpq.br/8893406062883304; http://lattes.cnpq.br/0536837940481312Este trabalho, ao analisar 60 cópias de telegramas do diretor da Escola de Belas Artes Pernambucana, o engenheiro Joel Galvão, entre os anos de 1936 e 1941, objetiva trazer à tona os recursos de junção e as temáticas mais frequentes na escrita desse gênero, conforme o corpus selecionado. Possui como base os pressupostos teóricos do modelo de Tradição Discursiva, expostos em Kabatek (2006), Gomes e Iapechino (2008) e Peter Koch (2021), bem como a concepção de gênero textual de Carvalho (2005) e Bezerra (2017) e a perspectiva da Linguística Textual, pautada nas pesquisas de Antunes (2005), Oliveira e Cavalcante et al (2020) acerca da coesão. O gênero textual será analisado nas dimensões temática e dos recursos linguísticos de conexão, que configuram modos tradicionais de dizer próprios da natureza do telegrama. A análise temática possibilitou perceber que os telegramas possuíam temas mais corriqueiros, em sua maioria, como felicitações, pedidos e agradecimentos. Observou-se também, do ponto de vista textual, que os telegramas realizam conexões menos complexas para a construção do seu sentido. Tais constatações corroboram com a finalidade do gênero de ser objetivo e simples. Por conta dessa característica, ele abdica do uso de variedades de conexões e exige mais do seu leitor, no ponto de vista da coerência.Item “As mal traçadas linhas” do jovem casal pernambucano N. e Z. como fonte para a historicidade da língua e do subgênero carta de amor (1949-1950)(2021-07-07) Alves Filho, Stênio Bouças; Gomes, Valéria Severina; http://lattes.cnpq.br/8893406062883304; http://lattes.cnpq.br/8322263755431658Por uma investigação que não se detenha apenas à historicidade da língua, mas também do texto, este trabalho visa analisar um corpus constituído por 32 (trinta e duas) cartas pessoais do subgênero carta de amor, escritas entre 1949 e 1950, pelo casal pernambucano não ilustre N (a noiva) e Z (o noivo). Os principais pontos analisados neste estudo são: (i) os elementos composicionais do subgênero carta de amor; (ii) os aspectos que denotam os usos, as práticas e o grau de escrita dos missivistas, além do contexto sócio-histórico de produção das cartas; e (iii) os pontos de análises que estão relacionados com a representação do possessivo de segunda pessoa do singular, verificado no recorte espaço-tempo em questão. Dito isso, sob o aparato teórico-metodológico da Sociolinguística Histórica (CONDE SILVESTRE, 2007; HERNÁNDEZ-CAMPOY; SCHILLING, 2012); do Modelo de Tradições Discursivas (KABATEK, 2006); e da Paleografia (MARTÍNEZ, 1988; PETRUCCI, 2003; CASTILLO GÓMEZ; SÁEZ, 2016), foi possível observar que a missivista N (a noiva), mesmo apresentando um maior domínio sobre o escrito, encontra-se no mesmo polo que Z (o noivo), ambos estão em um continuum mais próximo de um nível elementar de base, no que se refere à habilidade escrita. Entretanto, apesar do baixo nível de escolaridade, ambos dominam a prática de escrita de cartas amorosas, o que se configura como uma aquisição cultural da tradição discursiva carta de amor. Quanto ao uso do possessivo, identificou-se o encaixamento da forma possessiva seu (31%) no emprego referente à segunda pessoa do singular, em duelo com o possessivo teu (69%).Item Correspondências destinadas a João Ramos: tradições discursivas e estratégias de verbalização no cenário abolicionista(2023-11-21) Moura, Ana Elizabeth Bonifácio de; Gomes, Valéria Severina; http://lattes.cnpq.br/8893406062883304; http://lattes.cnpq.br/1118617615304062Este estudo apresenta os resultados da análise das correspondências destinadas a João Ramos, líder das sociedades abolicionistas pernambucanas Club Cupim e Associação Nova Emancipadora, identificando as tradições discursivas e as estratégias de verbalização utilizadas em um cenário de luta e de resistência, em Pernambuco, no século XIX. O estudo foi desenvolvido metodologicamente em quatro etapas. Com o aprofundamento teórico, que contou com o aporte do modelo de Tradição Discursiva, auxiliando na identificação dos traços recorrentes na composição das cartas (ANDRADE; GOMES, 2018; KABATEK, 2004; 2006; 2018; KOCH, 1997; LONGHIN, 2014). Na segunda as cartas estão descritas como documentos de investigação, com base na sociolinguística histórica. Na terceira etapa, será feito o tratamento do corpus, com o processo de transcrição dos documentos, seguindo as normas de edição de manuscritos e impressos propostos pelo Projetopara a História do Português Brasileiro (PHPB) e na quarta etapa, a análise qualitativa dos dados, no conjunto dos documentos, identificando os tipos de correspondências, os seus respectivos traços de tradicionalidade e estratégias de verbalização. Analisamos 62 correspondências, datadas entre 1881-1888, destinadas a João Ramos. Neste recorte, constam cartas de amigo, cartas institucionais e bilhetes, com as suas respectivas tradições discursivas e formas linguísticas de proximidade ou distância comunicativa. Os resultados deste estudo evidenciam a finalidade comunicativa de cada correspondência e a tradição discursiva na composição de cada tipo, no cenário abolicionista pernambucano. A relação entre os interlocutores e a estrutura retórica tradicional das cartas de amigos e dos bilhetes revelam traços de proximidade comunicativa e das cartas institucional à distância comunicativa.Item Do diário de viagem ao blog: que tal levar essa viagem para a sala de aula?(2025-03-12T03:00:00Z) Silva, Edilma Nascimento da; Gomes, Valéria Severina; http://lattes.cnpq.br/8893406062883304; http://lattes.cnpq.br/2712057374786605O presente artigo foi produzido para abordar a evolução do diário de viagem e a sua transição para o blog de viagem, um diário referente ao século XIX, XX e XXI, e um blog de viagem. Há vários exemplos, mas, para produção do artigo, vai ser utilizado o gênero textual diário de viagem, considerando que os gêneros textuais são flexíveis e sofrem mudanças ao longo do tempo também foi utilizado o blog, que é uma transmutação do diário. O objetivo é mostrar a evolução do gênero diário de viagem, bem como demonstrar a importância desse material tão rico em história que pode ser didatizado na sala de aula, contribuindo para construção de novos conhecimentos, compreendendo a historicidade do texto. Toma-se como base o conceito de tradição discursiva (Coseriu, 1980; Kabatek, 2006; Zavam, 2017) e a história do diário (Costa, 2008) de forma diacrônica para poder mostrar a evolução do diário de viagem ao blog. O estudo revelou que esses gêneros fazem parte do cotidiano das pessoas, usam, para efeito de comunicação, recursos verbais e não verbais e podem ser utilizados em sala de aula de forma reflexiva acerca da língua e dos textos.Item Literatura de cordel: permanência e movência das cantigas a os suportes impressos e digitais(2018-08-08) Santos, Ana Paula dos; Gomes, Valéria Severina; http://lattes.cnpq.br/8893406062883304Neste estudo pretendo verificar os traços de permanência e de movência na trajetória da Literatura de Cordel (LC) originária do período medieval em que os trovadores eram os disseminadores de informação, cultura e lazer para a população. Pretendo analisar o percurso dessa tradição oral assimilada posteriormente à tecnologia da escrita através de folhetos impressos e se relacionando modernamente aos suportes digitais. A fundamentação teórica pauta se nos textos sobre Poesia Oral e Movência (ZUMTHOR, 1993 e 1997), Interacionismo e Sociodiscursividade (BRONCKART, 1999), Tradições discursivas (KABATE K, 2006), Cultura Brasileira (AYALA, 1987). Foram analisados 20 cordéis, sendo 10 cordéis físicos que foram digitalizados pela Academia Brasileira de Literatura de Cordel (ABLC) e 10 cibercordéis, disponíveis em blogs de literatura e cultura popular. Os resultados apontam que a LC vem conquistando espaços, ou melhor, que a conquista do ciberespaço ampliou para outras pessoas além dos poetas populares, sertanejos e pessoas mais humildes, o acesso a essa literatura. É possível encontrar cordéis nos grandes centros urbanos como uma rica fonte de preservação da memória e cultura popular, nas instituições de ensino em práticas docentes, nas universidades como objeto de estudo, conquistando novos leitores assim como novos escritores.Item Manuscritos culinários de Evelina Torres Soares Ribeiro: análise da organização estrutural e dos modos de dizer(2022-07-03) Luz, Ladjane Valéria Félix de Lima; Gomes, Valéria Severina; http://lattes.cnpq.br/8893406062883304; http://lattes.cnpq.br/0043092450025707Os manuscritos culinários ultrapassam o limite da instrução para a preparação dos alimentos. Eles são fontes históricas que possibilitam estudos em várias áreas de conhecimento, permitindo uma análise tanto linguístico-textual quanto social. Diante disso, nesta pesquisa, analisamos os manuscritos culinários de Evelina Torres Soares Ribeiro, esposa de Joaquim Nabuco, escrito no início do século XX. O corpus composto por 430 manuscritos foi coletado na Fundação Joaquim Nabuco (FUNDAJ), através de doação autorizada. Os objetivos desta pesquisa são: (I) traçar o perfil da escrevente, (II) analisar a organização estrutural dos manuscritos culinários; (III) identificar os modos de dizer presentes nos manuscritos. O suporte teórico está fundamentado nos estudos desenvolvidos por Coseriu (1980; 2007), Kabatek (2006), Andrade e Gomes (2018), na perspectiva da Tradição Discursiva (TD), e Mattos e Silva (2008), Longhin (2014), Koch e Öesterreicher (2013) acerca do modo de dizer na materialidade do texto escrito. Os resultados apontam que os manuscritos culinários possuem uma estrutura não bipartida, mesclando os ingredientes e o modo de fazer, outra característica são traços linguísticos que remetem ao dialogismo, além de terem sido redigidos por uma escrevente que foi apagada da memória da sociedade, pois, existem poucas informações a respeito de Evelina.Item O comportamento das construções passivas em textos jornalísticos publicados no português de Angola do século XXI(2025-02-26T03:00:00Z) Deodato, Ingrid Eduarda Rodrigues; Silva, Cláudia Roberta Tavares; http://lattes.cnpq.br/0948124881794535; http://lattes.cnpq.br/3852974115219793Na presente pesquisa, dediquei-me a investigar as construções passivas no Português de Angola, doravante PA, analisando suas escolhas sociopolíticas e os fatores que influenciam seu uso. Utilizando-me dos estudos da Teoria de Princípios e Parâmetros (CHOMSKY, 1981 e seguintes) e analisando como as interferências linguísticas e culturais, decorrentes do período colonial, moldaram essa variedade do português, foquei nas construções passivas, analíticas e impessoais, utilizando dados extraídos de 16 edições de jornais angolanos da primeira metade do século XXI. Com este trabalho, pioneiro na universidade onde está sendo realizado, busquei evidenciar a complexidade e a riqueza do PA, compreendendo-o como um sistema linguístico em constante evolução, moldado por interações históricas, culturais e sociais únicas. Acredito que minha contribuição fortalece uma visão mais inclusiva das dinâmicas do português em contextos lusófonos e valoriza a diversidade linguística resultante desses contatos.Item O dizer nos discursos de posse de Miguel Arraes e Eraldo Gueiros à luz da tradição discursiva(2023-04-17) Prado, Sérgio Augusto; Gomes, Valéria Severina; http://lattes.cnpq.br/8893406062883304; http://lattes.cnpq.br/8829179162301416O presente trabalho tem por objetivo identificar traços de tradicionalidade no gênero discurso de posse, sob a perspectiva da Tradição Discursiva, a partir de um corpus composto por três discursos de posse de distintos governadores do estado de Pernambuco, que foram empossados em momentos singulares da história política pernambucana e brasileira. O primeiro é o discurso de Miguel Arraes, proferido em 31 de janeiro de 1963; o segundo do governador Eraldo Gueiros Leite, de 15 de março de 1971; por fim, o novo discurso de Miguel Arraes, datado de 15 de março de 1987. Os principais pontos analisados neste estudo são: o contexto sócio-político-histórico que levou a produção dos discursos, seus traços identitários enquanto gênero, a organização retórica dos mesmos, seu conteúdo temático e seus modos de dizer, especificamente o papel dos advérbios de modo presentes nos discursos. O estudo visa contribuir com as pesquisas acerca da historicidade dos textos, trazendo para análise discursos políticos e seus modos de dizer situados no período da ditadura militar. Como suporte teórico-metodológico para a elaboração deste estudo, nos baseamos nas elaborações propostas por KABATEK (2006); GOMES, JUNGBLUTH E ZAVAM (2020); LONGHIN (2011), BAKHTIN (1997); BARROS (2010); CONSTANCIO e SCHLEE (2021). A análise demonstrou que a tradicionalidade se faz presente na composição dos discursos de posse, revelando indícios de TD na amostra analisada. Ainda que proferidos em períodos diferentes e opostos ideologicamente, os discursos possuem muitas características idênticas na forma de dizer, ainda que o dizeres apresentem singularidades.Item O gênero notícia em Pernambuco: migração do jornal impresso para a esfera digital(2025-07-28T03:00:00Z) Rodrigues, Joyce Maria Gomes; Gomes, Valéria Severina; http://lattes.cnpq.br/8893406062883304Este trabalho, ao analisar 30 notícias criminais (homicídios e feminicídios) publicadas pelo Diário de Pernambuco, distribuídas entre os séculos XIX, XX e XXI, tem como objetivo observar as permanências e transformações do gênero notícia diante da migração do jornal impresso para a esfera digital. A pesquisa ancora-se nos pressupostos teóricos do modelo das Tradições Discursivas, conforme Coseriu (1980), Kabatek (2005, 2015), Koch (1997) e Andrade e Gomes (2018), considerando o gênero textual como prática historicamente estabilizada e sujeita a reformulações. A análise adota abordagem qualitativa e se desenvolve em dois eixos: estrutura composicional da notícia e nos recursos linguísticos (com ênfase na seleção lexical e na construção dos sujeitos noticiados). O estudo evidencia que, embora o gênero mantenha traços estruturais como o uso da pirâmide invertida e a objetividade informativa, há reconfigurações marcantes na linguagem e na circulação discursiva das notícias, sobretudo no contexto digital. Essas atualizações demonstram a capacidade adaptativa do gênero notícia às exigências tecnológicas, sem perder sua função social de informar com clareza e relevância.Item O uso da pontuação em editoriais das fases panfletária, literária e telegráfica(2019-12-09) Silva, Danielle Caroline Lins; Gomes, Valéria Severina; http://lattes.cnpq.br/8893406062883304; http://lattes.cnpq.br/3727669748999932O presente artigo busca traçar a historicidade do uso da pontuação na escrita de editoriais jornalísticos nas fases político-panfletária, literária-independente e telegráfico-informativa, na passagem do século XIX ao XX, que marcam a historicidade dessa tradição discursiva. O corpus é composto de sete editoriais, sendo três da fase panfletária, e dois das fases literária e telegráfica. A análise é de cunho qualitativo, visando observar os traços de mudança e permanência na pontuação dos textos referentes a cada fase descrita. O aporte teórico está pautado nos preceitos da Tradição Discursiva, com Kabatek (2004; 2005; 2006), Gomes (2007), Zavam (2009); e da Linguística Sócio-histórica, Gomes e Zavam (2018), Camara (2001), Andrade e Gomes (2018). Os resultados indicam que na passagem de uma fase a outra houve a transição de um emprego da pontuação predominantemente prosódico para um que contemple aspectos, para além dos prosódicos, sintáticos, semânticos e pragmáticos. Vincular o ensino da pontuação a estudos como esse, é oportunizar vivências de um ensino interdisciplinar, fazendo o estudante enxergar os múltiplos recursos que a língua dispõe ao considerar os mais diferentes contextos de produção e finalidades comunicativas.Item Tradições discursivas no relatório técnico da engenharia civil(2020-10-19) Oliveira, Arlene Frutuoso Coelho de; Gomes, Valéria Severina; http://lattes.cnpq.br/8893406062883304; http://lattes.cnpq.br/8441558214021223Item Uso e função da partícula que em três fases de editoriais pernambucanos(2020-11-06) Rocha, Edileusa Batista da; Gomes, Valéria Severina; http://lattes.cnpq.br/8893406062883304O presente artigo tem como objetivo analisar o uso e a função da partícula que em exemplares de editoriais de jornais pernambucanos dos séculos XIX e XX em três fases: político-panfletária, literário-independente e telegráfico-informativa. Para isso, contemplam-se os estudos morfossintáticos, com ênfase funcionalista da linguística de texto (NEVES, 2018) e na perspectiva da linguística sócio-histórica do português brasileiro; nas tradições discursivas (KABATEK, 2006), considerando a historicidade dos textos e da língua: o caso da historicidade do editorial (GOMES, 2007). O corpus é constituído por 09 editoriais pernambucanos, sendo 03 de cada fase. Desse corpus foram selecionadas 15 ocorrências de cada fase para a análise dos usos (frequência e função) da partícula que. Os resultados, ainda que preliminares, apontam que houve diminuição dos usos da partícula. Foram constatadas 281 ocorrências, sendo 113 da fase panfletária, 127 da fase literária e 41 da fase telegráfica comprovando, assim, a nossa hipótese de diminuição da frequência da partícula nos editoriais do século XIX ao XX. Dessas 15 ocorrências analisadas, com relação às funções, percebeu-se que as escolhas linguísticas foram preferencialmente no uso da partícula que exercendo classe gramatical de pronome relativo conectando dois termos de mesma função sintática.
