Bacharelado em Medicina Veterinária (UAG)
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Item Prolapso peniano em Jabuti-piranga (Chelonoidis carbonaria) com resolução cirúrgica: relato de caso(2019-07-05) Telesca, Patricia Bussamra; Vasconcelos, Ruben Horn; http://lattes.cnpq.br/3641527128333770; http://lattes.cnpq.br/6159659667666462Atualmente, a criação de animais silvestres vem se tornando cada vez mais popular, uma vez que apresentam menores custos e tempo requeridos para manutenção quando comparados aos cães e gatos. Dentre estes, os jabutis são frequentemente procurados. Estes animais estão classificados na classe Reptilia, subclasse Anapsida, ordem Testudines, subordem Cryptodira. Adicionalmente, estes répteis de corpo compacto são terrestres e apresentam membros locomotores cilíndricos e robustos para carregar a carapaça rígida e bem desenvolvida. De forma direta e indireta, grande parte das doenças que afetam os répteis em cativeiro ocorrem devido a nutrição e ambiente inadequado. Uma das causas mais comuns de prolapso peniano em testudíneos criados em cativeiro é o hiperparatireoidismo nutricional secundário, o qual ocorre como resultado da dieta e manejo inadequado do animal e tem a desproporção cálciofósforo na dieta como um dos principais fatores predisponentes. O prolapso peniano também pode ocorrer devido a outros fatores como por exemplo traumas, separação forçada durante a copulação, infecção, inflamação, causas neurológicas, parasitismo intestinal e impactação cloacal. Portanto, o objetivo deste trabalho é relatar um caso de prolapso peniano em um jabutipiranga (Chelonoidis carbonaria) de aproximadamente 15 anos, o qual foi submetido a uma penectomia para correção de tal enfermidade. Na anamnese, o proprietário informou que o animal era alimentado com frutas, alguns vegetais e legumes. Contudo, não tinha acesso a proteína animal ou vegetais escuros. No exame clínico, constatou-se que o jabuti apresentava escudos piramidais e fraqueza muscular, o que são sinais de um distúrbio nutricional decorrente de anos de manejo inadequado em cativeiro. Havia também escoriações no plastrão, unhas crescidas e falha na marcha, a qual era realizada de forma arrastada e lenta. Além disso, observou-se que o pênis se encontrava exposto em constante atrito com o chão, apresentando escoriações e não foi possível reintroduzi-lo na cloaca. Após ausência de melhora com a tratamento clínico de correção da nutrição e administração de cálcio, optou-se pelo tratamento cirúrgico. Neste, anestesia inalatória foi utilizada e a penectomia total foi realizada na região proximal ao tecido desvitalizado. Um mês após o procedimento, o animal apresentou considerável melhora com boa cicatrização do coto e ausência de recidiva. Pôde-se constatar, então, que o procedimento adotado foi adequado para a correção do prolapso. Adicionalmente, o animal ainda apresentava discreta falha na locomoção, o que sugere que as alterações decorrentes do período com falha nutricional ainda permaneciam.Item Síndrome do comportamento destrutivo de penas em psitacídeos(2019-07-11) Costa, Rafaela Queiroz da; Vasconcelos, Ruben Horn; http://lattes.cnpq.br/3641527128333770; http://lattes.cnpq.br/8502476051192152Diversos fatores podem causar o comportamento destrutivo de penas, dentre eles hereditariedade, disfunção cerebral, anormalidades em nervos sensitivos periféricos, fatores ambientais, nutrição inadequada, infecções e distúrbios de comportamento. O diagnóstico desta síndrome com base em informações detalhadas do cotidiano do animal, além de diversos exames físicos e laboratoriais para determinar o melhor tratamento, que de acordo com a causa identificada, pode se dar por um ou vários métodos diferentes, como recondicionamento de comportamento, enriquecimento ambiental e ajuste da dieta para atingir o equilíbrio nutricional necessário. Adicionalmente, o ambiente da ave deve ser adequado às suas necessidades evitando umidade, estresse e condições que gerem alergias. Além disso, tratamento farmacológico com diversas medicações já foram descritos, a exemplo de antidepressivos, anti-histamínicos, terapia hormonal, antipsicóticos e benzodiazepínicos. Todavia, foi identificado que todas as medicações têm efeitos colaterais diversos e que somente a medicação não consegue tratar definitivamente a doença. Como uma síndrome multifatorial, o estudo demonstrou que diferentes tratamentos devem ser associados, como adequação ambiental, fatores nutricionais ajustados, readequação de comportamentos e administração de fármacos. Estas alternativas são igualmente importantes e necessárias no tratamento de comportamento destrutivo de penas. Contudo, apesar de todos esses tratamentos melhorarem consideravelmente a vida do psitacídeo, essa condição raramente desaparece definitivamente dos hábitos do animal.
