Reflexões e práticas acerca da alfabetização de um aluno com Transtorno do Espectro Autista: a colaboração como mediatizadora do processo de ensino

Abstract

O presente trabalho objetivou desenvolver colaborativamente com uma professora da sala de aula comum estratégias que contribuíssem com processo de alfabetização de um aluno do espectro autista em uma escola pública do município de Caetés-PE. Além disso, procuramos refletir acerca de possíveis contribuições através do viés da pesquisa colaborativa no que tange às práticas que perspectivavam o processo de alfabetização de alunos do espectro autista. Como principais bases teóricas para discutir os desdobramentos da pesquisa colaborativa utilizamos Ibiapina (2008) e Rabelo (2012). Buscando uma melhor compreensão sobre o desenvolvimento do trabalho docente em sala de aula comum com alunos autistas utilizamos Cunha (2015), Orrú (2012), Whitman (2015) Pereira, Barbosa, Silva, Orlando (2015) e Carlo Schmidt (2017). Por fim, para discutir o processo de alfabetização, quais habilidades devem ser desenvolvidas para que o aluno alcance o processo de alfabetização Moraes (2012). Para a produção de dados foram realizadas observações reflexivas, registradas em diário de campo gravadas em áudios, posteriormente transcritos na integra. Também foram realizadas sessões de reflexão para discussões acerca da prática docente, tendo por foco o aluno com Transtorno do Espectro Autista, elaborações de atividades de alfabetização para o aluno com TEA - Transtorno do espectro autista e para avaliações do trabalho desenvolvido. Foi participante deste estudo uma professora da sala de aula comum, além de uma professora de apoio e o aluno TEA. Como resultados deste estudo compreendemos que o processo de colaboração favoreceu espaços de diálogos e reflexões acerca das práticas que vinham sendo desenvolvidas, reflexões sobre o autismo que inferiram nas possibilidades de trabalho pensada pela docente para com a alfabetização de pessoas desse espectro. Assim podemos observar que no decorrer do processo ocorreram mudanças de posturas e concepções sobre as potencialidades do aluno e o desenvolvimento de atividades que efetivamente deram início ao processo de alfabetização do aluno.