TCC - Licenciatura em História (Sede)
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Item A quem serve a lei do rei: o comércio ilegal de pau-brasil em Pernambuco nas últimas décadas do século XVIII(2021-12-07) Barbosa, Luciana Lima de Andrade; Abril, Victor Hugo; http://lattes.cnpq.br/7978574619584394; http://lattes.cnpq.br/4624755136490721O contrabando foi, e é, uma constante da sociedade brasileira contemporânea, desenvolvendo um papel social para cada nicho. Mas esta não é uma prática atual, contemporânea, ela se encontra presente no país desde o início da colonização portuguesa, e bem como na atualidade, tinha então seu papel social. Entre muitos outros produtos contrabandeados chama atenção o pau-brasil, explorado desde o momento que os portugueses a esta terra chegaram, e mostrando-se grande fonte de lucro, imediatamente tornou-se alvo do descaminho. Tomando o seu comercio como monopólio, a Coroa portuguesa muito tentou combater o descaminho do pau-brasil, mas nem sempre tinha sucesso nesse combate, como mostram os documentos da pesquisa feita entre 1786 e 1791 e tratam sobre o contrabando de pau-brasil em Pernambuco mesmo após dois séculos de dominação portuguesa.Item Entre a fé e a heresia: o jogo dúbio do padre Manoel de Moraes preso pela Inquisição Portuguesa no século XVII(2023-04-15) Santos, Rafaela Silva dos; Abril, Victor Hugo; http://lattes.cnpq.br/7978574619584394; http://lattes.cnpq.br/0104430823138126Este artigo propõe evidenciar a trajetória de vida do Padre Manoel de Moraes através dos caminhos opostos seguidos por ele. Diante da análise do seu processo, transcrito e localizado na Revista do Instituto Histórico e Geográfico do Rio de Janeiro, busca-se compreender como as atitudes dele contribuíram para que fosse expulso da Companhia de Jesus e preso pela Inquisição Portuguesa. Destaca-se a relevância dos arquivos inquisitoriais para se ter conhecimento sobre Moraes e as atividades desempenhadas por ele enquanto vivia entre a Bahia, Pernambuco, Rio Grande do Norte, Paraíba e as províncias dos Países Baixos no século XVII. Além disso, reconhecer a relevância dos arquivos inquisitoriais para entender como estava estruturado o funcionamento da Inquisição Portuguesa, quem eram os indivíduos processados e como eles se relacionavam com a fé e a heresia.Item Entre a monarquia e a etnia: Antônio Pessoa Arcoverde e o cargo de governador dos índios em Pernambuco (c. 1654-c. 1694)(2021-12-07) Cavalcanti, Taylor Uchôa; Abril, Victor Hugo; http://lattes.cnpq.br/7978574619584394; http://lattes.cnpq.br/6917305758393514Na segunda metade do século XVII, o processo de interiorização português na América necessitava de um polo intermediário de negociação entre as culturas indígenas e a lusitana, de modo a conectar os sertões ao centro do governo. Sob o título de governador dos índios de Pernambuco, o presente artigo analisa as contribuições de Antônio Pessoa Arcoverde para a consolidação do avanço português sobre esse território e os mecanismos políticos-administrativos utilizados por ele para reforçar seu poder de negociação diante das autoridades coloniais. Recorrendo à base documental do Arquivo Histórico Ultramarino disponibilizada pelo Projeto Resgate e à historiografia referente ao dito posto, a investigação se debruçará pelas certidões apresentadas pelo líder tabajara em que constam os serviços militares nas guerras em Pernambuco e nos sertões – contra negros e indígenas opostos ao empreendimento –, durantes os anos de 1654 até 1694. Assim, problematiza-se a estrutura administrativa colonial, uma vez que Antônio Pessoa Arcoverde dispunha de privilégios indisponíveis a boa parte da população devido às ações de sua companhia militar.Item Impressões rebeldes: uma análise da revolta escrava de Camamu de 1691(2023-09-20) Silva, Pedro Ivo Basílio Bandeira da; Abril, Victor Hugo; http://lattes.cnpq.br/7978574619584394; http://lattes.cnpq.br/6219896900704807Esse artigo busca analisar e compreender as convulsões sociais que ocorreram na vila de Camamu, localizada na então Capitania de Ilhéus, durante o ano de 1691. Camamu, uma vila construída defronte a uma baía de mesmo nome, caracterizou-se por sua importante produção de farinha de mandioca durante o século XVII e, também, pelo voluptuoso volume de pessoas escravizadas que habitavam aquela região. Por estar numa região fronteiriça, Camamu era alvo frequente de incursões indígenas e também local propício para o surgimento de dezenas de quilombos. Esse contexto resultou numa população local consistente em escravizados, mestiços, indígenas e brancos. É em 1691 que as tensões étnico-raciais irão atingir o seu zênite, degenerando-se numa rebelião aberta de escravizados e mestiços, que entoavam gritos de “Morte aos brancos e viva a liberdade”. A revolta foi brutalmente oprimida pelas autoridades portuguesas e caracterizou-se como um dos maiores levantes de escravizados da capitania de Ilhéus no século XVII.Item Teoria e prática: uma análise comparativa entre a legislação ultramarina e a realidade do contrabando de tabaco em Pernambuco no século XVIII(2024-10-01) Silva, Everton Giovanni Albuquerque da; Abril, Victor Hugo; http://lattes.cnpq.br/7978574619584394; http://lattes.cnpq.br/4951193057750967Recentemente o estudo da América Portuguesa a partir de ilegalidades vem ganhando espaço na historiografia nacional. No entanto, apesar de a historiografia sobre as práticas de ilegalidades em Pernambuco durante o período colonial viver uma onda crescente, quando trata-se do contrabando de tabaco é difícil encontrar trabalhos sobre a temática. Dessa forma, a presente pesquisa tem por propósito a análise do contrabando deste gênero na Capitania de Pernambuco para compreender como esse fenômeno histórico insere-se dentro do contexto social e econômico da América Portuguesa. Para isso, utilizou-se o método comparativo entre a legislação existente sobre o comércio e administração do tabaco e documentos oficiais que tratam de casos de contrabando e/ou descaminho, passando de uma escala global para a regional a fim de obter novas perspectivas. Com isso observou-se que a criação de um rígido aparato legal que tinha como meta manter o monopólio comercial do tabaco não foi suficiente e propiciou como consequência formas alternativas de se comercializar o gênero: o contrabando e o descaminho.Item Trajetórias político-administrativas no Império Português: Sebastião de Castro e Caldas e seu governo na capitania de Pernambuco (1707-1710)(2020-10-29) Silva, Lídia Eurídice de Noronha; Abril, Victor Hugo; http://lattes.cnpq.br/7978574619584394; http://lattes.cnpq.br/5702311547272291Neste artigo, propomos um estudo sistemático acerca do cotidiano e dos modos de governar de Pernambuco a partir da trajetória de Sebastião de Castro e Caldas que assumiu o governo da capitania entre junho de 1707 e novembro de 1710. A figura do governador é um dos principais motores da administração colonial, ele é responsável pelo controle militar, defesa do território e detém vasta “autonomia” para negociar com os poderes locais. Ao longo deste trabalho será discutido o contraste entre a documentação normativa que norteava a atuação politico-administrativa desses agentes na América Portuguesa e a realidade da prática governativa, levando em consideração a busca por ascensão e prestígio social e a defesa dos interesses reais nas conquistas ultramarinas.Item Uma análise da atuação do governador Salvador Correa de Sá(2023-09-20) Silva, Walter Lopes Bezerra da; Abril, Victor Hugo; http://lattes.cnpq.br/7978574619584394; http://lattes.cnpq.br/8643765635502507Esse artigo analisa o governador Salvador Corrêa de Sá durante o período colonial no Brasil, através dos Regimentos e da Revolta da Cachaça ocorrida no Rio de Janeiro em 1660. Através dessa análise, foi possível verificar que os Regimentos discriminam, em teoria, a superioridade hierárquica dos governadores frente a outros cargos coloniais. Porém, ao explorar bibliografias que abordam o cotidiano das terras portuguesas na América, consegue-se identificar outros focos de poder, sendo estes locais. Houve a atuação de Vilas e Câmaras na política da colônia, significando que embora os Regimentos confirmem os governadores como representantes do rei, na prática, observamos poderes locais dialogando politicamente diretamente com o monarca português. Dessa forma, infere-se que os governadores, embora possuíssem autorização real para agir como “poder moderador”, os poderes locais permaneceram atuando, com suas próprias limitações, e em um diálogo constante com outras esferas de poder.
