TCC - Engenharia de Pesca (Sede)
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Item Avaliação da situação dos estoques de camarões capturados comercialmente no nordeste do Brasil com métodos para dados limitados(2019-06-28) Silva, Matheus Lourenço Soares da; Andrade, Humber Agrelli de; http://lattes.cnpq.br/5938373350418153O objetivo do trabalho foi analisar os dados disponíveis sobre a pesca de camarões na região Nordeste para avaliar as situações do estoque das principais espécies capturadas na região. Para isso foram analisados dados disponíveis sobre captura e crescimento dessas espécies. Foi analisado incialmente a captura geral ao longo dos anos e feita utilização de modelos para avaliar o estado das pescarias. Os resultados demonstraram que a pesca de camarões no Nordeste é uma atividade crescente ao longo dos anos e dentre as espécies capturadas, o camarão rosa (Penaeus Subtilis) se apresentou com comprimento de primeira captura LC= 9 cm, rendimento por recruta de Y/R = 1,8g, mortalidade por pesca Fmáx. = 4,9, com capturas abaixo do tamanho de primeira maturação (L50), gerando um Rendimento Máximo Sustentável de 532 t. Para o camarão sete-barbas (Xiphopenaeus Kroery) que é mais abundante que os demais, observou-se uma situação com Lc= 8 cm, um Y/R =0,16g, Fmáx. = 12, sendo capturado acima do L50 para espécie, e gerou-se um Rendimento Máximo Sustentável próximo de 7525 t para a espécie. E para o camarão branco (Penaeus Schimitt) observou-se Lc= 10 cm, Y/R=1,30 g, Fmáx. = 6,2, com capturas abaixo do L50 e com um Rendimento Máximo Sustentável estimado de 3300 t para a espécie. Em geral essas pescarias são realizadas sem estabelecimento de quotas de captura, abaixo do comprimento de primeira maturação (L50) e em altos coeficientes de mortalidade por pesca, porém não observou-se sinais de declínios nos rendimentos, ou de sobrepesca de acordo com as combinações de F e Lc observadas para a região. O conhecimento sobre o rendimento máximo sustentável e rendimento por recruta podem servir de ferramentas úteis para propor medidas de gestão desses recursos.Item Composição e variação temporal da assembleia de peixes capturados em currais no litoral norte do estado de Pernambuco(2019-01-23) Dias, Victor Sacramento; Andrade, Humber Agrelli de; http://lattes.cnpq.br/5938373350418153; http://lattes.cnpq.br/9813030378070984Neste trabalho o objetivo foi gerar informações a respeito da composição e diversidade da assembleia de peixes capturada na pesca de curral realizada no litoral norte de Pernambuco, bem como sobre a sua variação ao longo do tempo e as associações com temperatura e pluviosidade. Foram realizadas coletas mensais em currais localizados no litoral norte de Pernambuco em Ponta de Pedras. As amostras foram obtidas uma vez por mês, a partir de capturas comerciais realizadas em quatro currais da região. Foram obtidas informações sobre a temperatura e os horários da despesca além da captura em número. Dados a respeito da precipitação média da região forão obtidos junto à Agência Pernambucana de Águas e Clima (APAC). Os exemplares amostrados foram identificados, pesados (g) e medidos (mm). Quando a identificação in situ não foi possível, os exemplares foram levados para o Laboratório de Modelagem Estatística Aplicada (MOE), para posterior identificação e biometria. Foi calculado o índice de diversidade de Shannon e a riqueza de Margalef. Entre as famílias mais frequentes destacam-se Haemulidae e Carangidae. Há uma tendência as associações positivas entre pluviosidade e os índices de riqueza e diversidade. O índice de Margalef calculado apresenta um padrão de decaimento da riqueza durante o período chuvoso dos anos 2014, 2015 e 2016. A diversidade média para os períodos foram H’ = 2,24, para o período pretérito, e H’ = 2,48 para o período vigente. Das espécies que compõem a assembleia capturada nos currais foi possível observar 105 táxons durante o período amostral. A assembleia é composta em sua maioria por indivíduos de baixa importância comercial. Tanto a riqueza, quanto a diversidade possuem uma relação indireta com a pluviosidade local. A pesca de curral no litoral norte de Pernambuco é considerada uma atividade de baixa diversidade. A biomassa de maior valor provém de espécies das famílias Carangidae, Lutijanidae e Mugilidae, com destaque para os gêneros Caranx, Mugil e Lutjanus.Item Estrutura de tamanho do Espadarte (Xiphias gladius) capturado pela Frota Brasileira De Espinhel Pelágico entre 2004 e 2011(2019-12-09) Camelo, Túlio Seabra; Andrade, Humber Agrelli de; http://lattes.cnpq.br/5938373350418153O espadarte (Xiphias gladius) é uma das principais espécies capturadas na pesca de espinhel pelágico ao redor do mundo. Informações sobre a ecologia e a biologia das espécies exploradas comercialmente são importantes no processo de avaliação de estoques e a tomada de decisões para o manejo das pescarias. O objetivo deste trabalho é analisar a estrutura do tamanho do espadarte capturado pela frota brasileira de espinhel pelágico entre 2004 e 2011. As informações referentes às medidas de comprimento (mandíbula inferior-furca – MIF) e ao sexo foram provenientes de dados do Programa de Observadores de Bordo (PROBORDO) contidos no Banco Nacional de dados de Atuns e Afins (BNDA), mantido pela Secretaria de Aquicultura e Pesca (SAP/MAPA). O programa gerou dados para o período de 2004 a 2011. Entre os 98.995 espécimes analisados, 55.490 eram machos e 43.505 eram fêmeas, caracterizando uma razão macho:fêmea de 1,3:1. A média do MIF para as fêmeas foi de 164,7 cm, com mínimo e máximo de 15,0 e 425,0 cm respectivamente. Os machos apresentaram uma média de 146,8 cm, com mínimo e máximo de 10,0 e 357,0 cm respectivamente. De modo geral, todos os anos apresentaram mais de 50% dos dados concentrados em tamanhos de 100-200 cm. Os dados de comprimento corroboram com resultados de outros autores, o que indica que o espadarte capturado pela frota brasileira tem a mesma média de tamanho que em outras regiões ao longo do mundo e em sua maioria são animais de até 3 anos de idade. A proporção sexual difere das encontradas por outros autores, o que indica que a razão macho:fêmea pode ser explicada por comportamentos diferenciais entre fêmeas e machos, condicionado por aspectos da fisiologia do indivíduo. Os resultados de comprimento de captura expostos por este estudo podem ser usados como base de discussão para análise de tamanho de primeira captura além de outras estratégias de gestão no que tangem a conservação do espadarte do Atlântico Sul.Item Mudanças de alvos da frota de espinhel pelágico brasileira no oeste do Atlântico Sul(2019-12-09) Freitas, Ana Júlia Rufino de; Andrade, Humber Agrelli de; http://lattes.cnpq.br/5938373350418153; http://lattes.cnpq.br/1439868990084791O desenvolvimento da pesca com espinhel no Brasil foi relativamente bem documentado até a década de 2000. No entanto, desde então, há pouca informação disponível, principalmente no que diz respeito às espécies alvo dos pescadores em diferentes períodos do histórico da pescaria. Essa carência compromete o manejo pesqueiro desses organismos e consequentemente sua sustentabilidade ambiental. Diante dessa problemática, este trabalho avaliou, por meio de informações do Banco Nacional de Dados de Atuns e Afins (BNDA), as variações na distribuição temporal e espacial na composição das capturas da frota de espinhel pelágico brasileira para diferentes espécies de atuns e afins no oceano Atlântico Sul, entre 1978 e 2016. No início do desenvolvimento da pesca a frota concentrou-se em regiões oceânicas próximo à região costeira do Brasil, tendo como principais bandeiras atuantes as nacionais e as asiáticas, com destaque para as capturas de espadarte e albacora branca respectivamente. De 1998 a 2002 houve um incremento no número de embarcações e das capturas de todas as espécies analisadas, além da expansão da área de pesca. Por fim, de 2002 a 2016 houve uma predominância das bandeiras nacionais e espanholas, com capturas voltadas para a pesca de espadarte e tubarão azul.Item Relações morfométricas da Opisthonema oglinum (Le Sueur, 1818) capturada no Litoral Norte de Pernambuco(2021-02-22) Barbosa, Willyson Soares; Andrade, Humber Agrelli de; http://lattes.cnpq.br/5938373350418153; http://lattes.cnpq.br/9604665491187383A manjuba (Opisthonema oglinum) é um recurso pesqueiro de grande valor socioeconômico. A espécie é de fácil identificação visual, apresenta o último raio da nadadeira dorsal filamentoso e longo, uma coloração dorsal azulada e uma mancha escura na região superior do opérculo. Em Pernambuco, existem pescarias direcionadas para a manjuba, como o mangote e a rede de emalhe, e também ocorre a captura pelos currais. Os exemplares capturados são comercializados em mercados públicos, peixarias ou utilizados para consumo familiar. Estudos das relações morfométricas são utilizados para a compreensão de fenômenos ecológicos como o crescimento e reprodução. Dados de morfometria são utilizados para a estimativa de parâmetros para avaliações de estoques pesqueiros, o estudo da dinâmica de populações e para definições taxonômicas. Neste estudo foram analisadas 237 manjubas, e avaliados ajustes de modelos lineares, exponenciais, logarítmicos e potenciais com o objetivo de compreender quais melhor descrevem relações morfométricas e a relação peso-comprimento. Os modelos logarítmicos não descrevem bem as relações morfométricas da O. oglinum. Quando necessário, para estimar o comprimento padrão (CP), em milímetros, a medida mais indicada é a distância do início da nadadeira peitoral ao pedúnculo caudal (DPP), com um modelo linear. Para estimar o peso em gramas (P) a medida mais indicada é a altura do corpo no início da nadadeira dorsal (HD) fazendo uso de um modelo potencial. A relação peso-comprimento estimada para os sexos agrupados foi P = 1,85×10-5CP2,99, com R² = 0,94. Não há evidências para rejeitar a hipótese de que o coeficiente alométrico seja igual a 3, o que significa que não se apoia a hipótese de ausência de isometria.Item Relatório de Iniciação Científica para equiparação de ESO: identificação dos critérios adotados pelos pescadores na tomada de decisão em viagens de pesca de espinhel pelágico(2025) Santos, Douglas Aroucha dos; Andrade, Humber Agrelli de; http://lattes.cnpq.br/5938373350418153A eficácia das expedições de pesca está intrinsecamente ligada às decisões estratégicas tomadas pelos capitães durante as viagens. Compreender os critérios que embasam essas decisões não apenas influencia o sucesso econômico das operações, mas também é fundamental para a gestão responsável dos recursos pesqueiros e a sustentabilidade dos ecossistemas marinhos. Neste contexto, este estudo se propõe a analisar os padrões de decisão em viagens de pesca de espinhel pelágico, destacando a relevância econômica das escolhas feitas pelos pescadores. O estudo utilizou dados do Banco Nacional de Dados de Atuns e Afins (BNDA), coletados pela frota brasileira de espinhel pelágico durante suas operações. A metodologia incluiu a identificação de viagens de pesca, enfrentando desafios como a ausência de indicadores de início e fim das viagens, e dados não registrados quanto ao peso capturado. Para superar isso, foi implementada uma análise detalhada das distâncias percorridas e a estimativa do peso dos peixes, utilizando relações comprimento-peso. Na análise econômica, o preço do pescado foi estimado com base nos dados disponibilizados pelo Sistema oficial para extração das estatísticas do comércio exterior brasileiro de bens (COMEX STAT), garantindo uma referência confiável e atualizada para os cálculos e projeções. Para a análise detalhada foi selecionada uma viagem de uma embarcação espanhola ocorrida em 2007. Foi identificada a predominância do espadarte como espécie-alvo, refletindo a estratégia da frota espanhola, reconhecida por priorizar essa espécie na época analisada. A expedição resultou na captura de 1.208 espadartes, somando cerca de 63,4 toneladas, destacando-se em comparação às demais espécies capturadas. A embarcação se deslocou e operou em diferentes zonas de pesca, percorrendo longas distâncias de até 221 km entre lances, o que demonstra a grande flexibilidade visando a otimização da rentabilidade. A análise econômica indicou o espadarte como a principal fonte de receita, foi observado que entre 2003 e 2023, houve um aumento no valor médio anual do quilo de espadarte exportado pelo Brasil, refletindo sua competitividade e aceitação no mercado internacional. A compreensão dessa dinâmica operacional é essencial para promover a gestão sustentável dos recursos pesqueiros, impulsionar o desenvolvimento econômico e formular políticas públicas eficazes e adaptadas às necessidades do setor.
