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    Estoque de carbono e fertilidade de tecnossolos originados de rejeitos da mineração de scheelita no semiárido brasileiro
    (2024-02-21T03:00:00Z) Nunes, Gustavo Vieira; Silva, Ygor Jacques Agra Bezerra da; http://lattes.cnpq.br/0904824873761236; http://lattes.cnpq.br/0011472973408477
    Estudar tecnossolos é essencial para compreender seu potencial para produção agrícola, recuperar áreas degradadas e sequestrar carbono. No semiárido do Nordeste brasileiro se encontra a maior mina de scheelita da América do Sul, os rejeitos dessa atividade acumulam-se desde a década de 40, impactando a qualidade ambiental. Embora os tecnossolos originados de rejeitos de mineração sejam estudados globalmente, informações sobre a fertilidade e o estoque de carbono orgânico desses solos são escassas no Brasil, especialmente em regiões semiáridas. Desse modo, o presente trabalho tem por principal objetivo avaliar o estoque de carbono e a fertilidade de tecnossolos construídos há 40 anos a partir de rejeitos da mineração de scheelita no semiárido brasileiro, com intuito de avaliar o seu potencial para uso agrícola e sequestro de carbono. Quarenta amostras compostas foram coletadas nos horizontes superficiais (0-30 cm) dos tecnossolos construídos a partir de rejeitos da Mina Brejuí, localizada no município de Currais Novos, região semiárida do estado do Rio Grande do Norte. A média da densidade do solo foi de 1,38 kg dm-3, possivelmente não havendo impacto negativo nas propriedades físico-hídricas dos tecnossolos. A média do pH em água e em KCl foi de 8,53 e 8,07, respectivamente, com ΔpH médio de -0,47. A alcalinidade nos tecnossolos, devido a carbonatos nos tactitos e mármores (materiais formadores dos rejeitos), pode restringir o crescimento vegetal por causar desequilíbrios nutricionais e deficiências de micronutrientes. As concentrações médias disponíveis de P (2,73 (mg kg-1) e K (0,14 cmolc kg-1) são limitações para a atividade agrícola, exigindo estratégias para a elevação desses nutrientes a fim de melhorar a viabilidade agrícola. A concentração média de carbono orgânico nos tecnossolos foi de 24,11 g kg⁻¹, mais do que o dobro da média observada em solos da Caatinga, que costuma ser de aproximadamente 9,3 g kg⁻¹. Os tecnossolos, derivados da mineração de scheelita, alcançaram estoques de carbono de até 222,93 Mg ha-1, superando em mais de três vezes os Vertissolos (60,08 Mg ha-1) e mais do que dobrando a média nacional (99,39 Mg ha-1), destacando seu potencial para sequestro de carbono na região semiárida. Este estudo, diante da escassez de informações sobre tecnossolos derivados da mineração em ambientes semiáridos brasileiros, contribui não apenas para a comunidade científica, mas também para os formuladores de políticas, destacando a importância da gestão eficiente dos rejeitos de mineração na recuperação de áreas degradadas, na produção agrícola sustentável e no sequestro de carbono, crucial para mitigar as mudanças climáticas.