01.1 - Graduação (Sede)

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    O racismo no Brasil a partir de Manoel Bomfim e Lélia Gonzalez: parasitismo social e divisão racial e sexual do trabalho
    (2025-08-07) Silva, Guilherme Henrique da; Marçal Filho, José Carlos Gomes; http://lattes.cnpq.br/5449086191539864
    De forma hegemônica, o Pensamento Social Brasileiro do fim do século XIX e início do século XX foi condicionado pelas teses do evolucionismo, do positivismo e do darwinismo social, nos quais os povos se encontrariam em diferentes níveis de desenvolvimento e capacidade civilizatória, segundo os parâmetros eurocêntricos, determinando que a raça era a causa da miséria e não as condições históricas e sociais dos povos. Por meio da leitura das obras de Manoel Bomfim e Lélia Gonzalez, buscamos, como objetivo da pesquisa, compreender sociologicamente como as teses eurocêntricas operaram no Brasil para manter um neocolonialismo no Estado republicano brasileiro e a elaboração dos dois autores enquanto discursos afinados ao que seria a epistemologia pós-colonial do início do século XXI na América Latina. Por meio da metodologia da revisão bibliográfica das obras dos autores e seus leitores, realizamos uma leitura crítica da pertinência dos autores na compreensão do colonialismo e na produção de um contradiscurso epistêmico da reorganização do capitalismo como produtor de um neocolonialismo e do racismo no Brasil. Dessa forma, compreendemos e demonstramos como o racismo e o sexismo passaram a reproduzir as classes e distribuir os agentes, no qual as minorias raciais tornam-se parte da estrutura objetiva das relações ideológicas e políticas do sistema econômico capitalista. Através do assertivo de que a colonização fora um empreendimento expansionista do capitalismo, o neocolonialismo operado no Brasil se engendra como uma reorganização conservadora das relações sociais capitalistas, por meio do fenômeno do desenvolvimento desigual e combinado da divisão internacional do trabalho.
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    Modernização do recife imperial: a construção do mercado público de São José (1875-1880)
    (2023-09-12) Silva, Gabrielle Brito da; Silva, Wellington Barbosa da; http://lattes.cnpq.br/1213688229016782; http://lattes.cnpq.br/5861154945053466
    Inaugurado às 11 horas, do dia 7 de setembro de 1875, o mercado de São José que foi colocado entre a rua de Pedro Affonso e o pátio em frente a Igreja de Nossa Senhora da Penha, conforme consta nas documentações, foi recebido sob muitas celebrações, pois era tido como a mais nova e moderna construção da cidade do Recife. Com a sua abertura, as pessoas foram ao centro da cidade com ar festivo para observá-lo. As transformações que resultaram na construção do novo mercado começaram ainda no fim do século XVIII, quando frades capuchinhos do Convento de Nossa Senhora da Penha de França solicitaram ao então governador, D. Tomás José de Mello, a mudança de local do mercado de carne e peixe, antes localizado na Praça do Polé, local onde atualmente é a Praça da Independência, para a centralidade onde aconteciam as pescarias, no bairro de São José, ficando logo conhecido como Largo da Ribeira do Peixe. O presente trabalho tem como propósito, compreender como e porquê se fez necessário a criação de um estabelecimento público, onde se teve como meta principal, estabelecer um padrão comportamental espelhado nas transformações ocorridas na Europa. A criação do Mercado de São José estava envolta em um projeto de transformação do Recife em uma cidade moderna e civilizada. A sua inauguração no ano de 1875 teve como objetivo, substituir o antigo Mercado da Ribeira, local onde durante parte do século XIX, foi ocupado por populares que faziam o comércio popular e de abastecimento na cidade. Analisando o século XIX, é possível observar a edificação do mercado público, como um projeto resultante de um discurso sobre modernidade e civilidade, com o propósito de trazer um empreendimento inovador, porém que estava envolto em um projeto médico-higienista com o intuito de regulamentar um espaço destinado tanto para compras de alimentos quanto para a circulação de pessoas.
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    Imperialismo estadunidense e dependência latino-americana: o ciclo de ditaduras empresariais-militares a partir das experiências brasileira e chilena
    (2023-04-25) Ávila, João Marcelo de Farias Rocha; Marçal Filho, José Carlos Gomes; http://lattes.cnpq.br/5449086191539864; http://lattes.cnpq.br/7093772919202439
    O presente trabalho tem por finalidade investigar a correlação entre o imperialismo estadunidense, a dependência latino-americana e o ciclo de ditaduras empresariais-militares do Cone Sul (1954-1990). Nossa hipótese é a de que o ciclo de ditaduras na sub-região do continente americano serviu para aprofundar as condições de dependência dos países latino-americanos em questão, Argentina, Bolívia, Brasil, Chile, Paraguai e Uruguai, e ampliar o escopo de ação do imperialismo e de seu maior representante, os Estados Unidos. Para tanto, partimos dos pressupostos conceituais da teoria da dependência. Inicialmente apresentamos o processo de formação histórico-estrutural da América Latina e seuestabelecimento e consolidação enquanto periferia do sistema capitalista mundial. Analisamos o surgimento e expansão da manifestação do imperialismo estadunidense sobre o continente americano. Tratamos, ainda, da reconfiguração da divisão internacional do trabalho pós-Segunda Guerra Mundial, a fim de constatarmos o novo caráter do capitalismo dependente que ela acarreta. Em seguida, tomamos como estudo de caso dois dos processos de instauração de ditaduras empresariais-militares do referido ciclo, o do Brasil, em 1964, e do Chile, em 1973. Perscrutamos o peso decisivo do imperialismo estadunidense, através de numerosas fontes documentais, aliado às burguesias nacionais, no fomento e condução dos golpes brasileiro e chileno. Enfim, observamos os efeitos político-econômicos que os regimes de exceção brasileiro e chileno acarretaram, como a desnacionalização de capitais nacionais, penetração massiva de capitais estrangeiros e repressão militar-policial. Tais efeitos serviram em favor dos interesses das burguesias dependentes nacionais e centrais imperialistas, demonstrativamente beneficiárias de todo o processo. Constatamos, assim, por meio das experiências brasileira e chilena, que o ciclo de ditaduras empresariais-militares vivido no Cone Sul adquiriu conteúdo fascista, na persecução de barrar a crescente força do movimento popular e aprofundar a dependência histórica latino-americana, ao tempo tempo que fazendo ampliar as margens de ação do imperialismo estadunidense sobre o continente.