01.1 - Graduação (Sede)

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    Avaliação da estrutura populacional dos elasmobrânquios em um ecossistema insular no Oceano Atlântico Equatorial
    (2024-03-08) Rocha, Geremias Anacleto Lira da; Oliveira, Paulo Guilherme Vasconcelos de; Bezerra, Natalia Priscila Alves; http://lattes.cnpq.br/5613525779232672; http://lattes.cnpq.br/5700488412022830; http://lattes.cnpq.br/7804455435101278
    Dados de observação por unidade de esforço (OPUE) foram utilizados para acessar a estrutura populacional dos elasmobrânquios que compõe a fauna do Arquipélago de São Pedro e São Paulo (ASPSP) no Oceano Atlântico Equatorial a partir de avistamentos realizados durante o período de 2008 a 2019. Nesse contexto, o objetivo geral do trabalho foi prover informações acerca da estrutura populacional dos elasmobrânquios que compõe a fauna do ASPSP a partir de avistamentos realizados nos censos visuais na região, no intuito de contribuir com a conservação do ecossistema insular e das espécies que habitam a região. No transcorrer do estudo, foram avistados 904 indivíduos durante um esforço amostral de 767 horas e 2 minutos de observação ao longo de 52 expedições ao ASPSP. As raias representaram 96,2% das observações, com destaque para a Mobula tarapacana (95,75%, n= 833), sendo a espécie mais representativa, seguida pela Mobula thurstoni (4,02%, n= 35) e Mobula mobular (0,23%, n= 2). Os tubarões representaram 3,76% das observações, com a exclusividade da família Carcharhinidae nas avistagens, representado pela espécie Carcharhinus galapagensis (97,06%, n= 33) e Carcharhinus falciformis (2,94%, n= 1). Do total de indivíduos avistados, foi possível identificar o sexo de 304 espécimes, dos quais 188 eram fêmeas, a saber: 182 M. tarapacana, 1 M. thurstoni e 5 C. galapagensis. Já para os machos, foram identificados 116 indivíduos, são esses: 111 M. tarapacana, 4 M. thurstoni e 1 C. galapagensis. As variações da OPUE consistente para os anos e meses de amostragem indicam uma tendência da ocorrência das espécies de elasmobrânquios no ASPSP tendo os maiores valores anuais ocorrendo em 2010 e 2015 bem como os valores mensais se sobressaindo entre os meses de fevereiro e agosto. De acordo com os critérios da IUCN, no presente estudo, apenas o tubarão de galápagos não é considerado ameaçado de extinção. O conhecimento acerca da estrutura populacional dos elasmobrânquios é fundamental para o manejo e conservação das espécies no ASPSP, contribuindo, assim, para o desenvolvimento de estratégias capazes de melhor conhecer a condição de suas populações e de reduzir a sua interação com a pesca.
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    Aspectos reprodutivos e caracterização dos otólitos do agulhão Tylosurus acus acus (Lacepède, 1803) no Arquipélago de São Pedro e São Paulo, Brasil
    (2022-05-27) Falcão, Alice Cabral Delgado; Oliveira, Paulo Guilherme Vasconcelos de; Bezerra, Natalia Priscila Alves; http://lattes.cnpq.br/5613525779232672; http://lattes.cnpq.br/5700488412022830; http://lattes.cnpq.br/3782971920533955
    O agulhão Tylosurus acus acus é uma subespécie de belonídeo residente e abundante no Arquipélago de São Pedro e São Paulo que não apresenta dados documentados sobre a sua biologia em todo o oceano Atlântico Sul. A reprodução e caracterização dos otólitos são aspectos importantes a serem estudados e desconhecidos para T. acus acus. O estudo visa proporcionar as primeiras informações sobre a biologia reprodutiva e caracterização dos otólitos da espécie. Durante março de 2019 a março de 2020, 120 gônadas foram retiradas, medidas e pesadas e utilizadas para o estudo reprodutivo, enquanto 101 pares de otólitos foram retirados. As gônadas foram avaliadas macroscopicamente segundo a escala de Brown-Peterson. O índice gonadal foi calculado pela equação proposta por Schaeffer & Orange (1956). O comprimento médio da primeira maturação sexual foi calculado pela frequência relativa de indivíduos adultos por classe de comprimento. As feições morfológicas analisadas foram rostro, antirrostro, sulco acústico, óstio, cauda e o recorte das margens. As medidas utilizadas nas análises morfométricas foram altura, comprimento e peso do otólito, que foram correlacionados entre si e com o comprimento furcal. A proporção sexual encontrada foi de 3,4F:1M, que pode ser resultado de uma segregação sexual. A distribuição mensal da proporção dos estágios de maturação indica que o local é provavelmente uma zona de reprodução para a espécie. Fatores abióticos e bióticos, principalmente a temperatura, se mostram essenciais para dinâmica populacional e reprodutiva da espécie. As altas correlações entre as medidas dos otólitos indicam que as variáveis crescem em conjunto e à medida que o indivíduo cresce, as feições do otólito mudam. As informações geradas no presente estudo poderão contribuir para a conservação do T. acus acus em todo o Oceano Atlântico.
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    Imagens subaquáticas geradas pelas Estações Remotas de Vídeo Subaquáticas com Isca (BRUVS) no Arquipélago de São Pedro e São Paulo
    (2021-12-14) Bezerra, Natalia Priscila Alves; Oliveira, Paulo Guilherme Vasconcelos de; http://lattes.cnpq.br/5700488412022830; http://lattes.cnpq.br/5613525779232672
    O Relatório de Estágio Supervisionado (RESO) teve como objetivo analisar as filmagens geradas pelas Estações Remotas de Vídeo Subaquáticas com Isca (BRUVS, sigla em inglês) provenientes do arquipélago de São Pedro e São Paulo (ASPSP), a menor e a mais remota ilha oceânica brasileira. A partir das observações das imagens, foi possível avaliar a eficácia dos BRUVs para monitorar a biodiversidade e realizar estimativas de abundância dos elasmobrânquios e peixes ósseos na região. Para tanto, as amostragens foram realizadas em profundidades que variaram entre cinco e 30 m no entorno do ASPSP, por meio do uso da câmera GoPro Hero 5 fixada a uma base de aço inoxidável em forma de trapézio, com uma extensão, em cuja extremidade foi posicionada a isca. Todos os organismos registrados nos vídeos foram identificados ao menor táxon possível. O número máximo de indivíduos de uma mesma espécie observados em cada ponto de coleta foram também contabilizados. Em expedições realizadas de setembro de 2018 até janeiro de 2020 ao ASPSP, foram registrados 2.700 minutos de vídeos, obtidos em 35 lançamentos dos BRUVs nas circunvizinhanças da ilha. Um total de 2.991 indivíduos foi registrado nos BRUVs, pertencentes a seis ordens, 10 famílias e 19 espécies. Quatro espécies de elasmobrânquios e 15 de teleósteos foram avistadas. O cangulo-preto (Melichthys niger) foi a espécie mais representativa em número de indivíduos (1.822) com 61% de todos os exemplares registrados, seguido pelo peixe-rei (Elagatis bipinnulata) com 14% (404), guarajuba (Caranx crysos) (202) e xaréu-preto (Caranx lugubris). Quanto ao número total de elasmobrânquios registrados, a maior ocorrência foi atribuída ao tubarão lombo preto (Carcharhinus falciformis) (43), seguido pelo tubarão de Galápagos (Carcharhinus galapagensis) (33) e a raia manta chilena (Mobula tarapacana) (13). O C. falciformis recebeu o status de vulnerável (VU) na categoria da IUCN, sendo essa espécie cerca da metade dos elasmobrânquios contabilizados. Além disso, M. tarapacana e o tubarão baleia (Rhincodon typus), também avistados nos BRUVs, são espécies classificadas como ameaçadas de extinção (EN), que fazem do arquipélago um ponto de passagem em suas rotas migratórias. Assim, o uso de BRUVs se mostrou eficiente para avaliar a fauna marinha na região, sendo uma técnica não invasiva e não destrutiva, ideal para o monitoramento de Áreas Marinhas Protegidas.
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    Biologia reprodutiva do bonito-listrado, Katsuwonus pelamis (Perciformes: Scombridae), no Arquipélago de São Pedro e São Paulo, Brasil
    (2021-03-05) Xavier, Victória Sincorá; Hazin, Fábio Hissa Vieira; Bezerra, Natalia Priscila Alves; http://lattes.cnpq.br/5613525779232672; http://lattes.cnpq.br/2479583060761727; http://lattes.cnpq.br/3068003817335469
    O bonito-listrado (Katsuwonus pelamis), família Scombridae, é uma espécie pelágica e cosmopolita que possui valor comercial elevado. Tendo por objetivo estudar o seu ciclo reprodutivo no Arquipélago de São Pedro e São Paulo (ASPSP), ecossistema insular brasileiro localizado no Atlântico Equatorial, coletas de material biológico foram realizadas durante expedições científicas entre julho de 2016 e fevereiro de 2020. Após a captura com linha de mão, os espécimes foram mensurados quanto aos seus comprimentos furcal (CF) e total (CT), tendo sido, em seguida, eviscerados para a identificação do sexo e coleta das gônadas, que foram, então, medidas e pesadas. A proporção sexual total e mensal foi calculada através da razão entre o número total de machos e fêmeas capturados, sendo aplicado o teste de qui-quadrado (p<0,05) para verificar possíveis diferenças estatisticamente significativas. As gônadas foram analisadas macroscópica- e microscopicamente quanto aos seus estágios de maturação sexual. A fim de se identificar a época de desova no ASPSP, o Índice Gonadal (IG) dos adultos foi calculado, avaliando-se a variação de sua média mensal. O tamanho de primeira maturação sexual (L50) foi igualmente estimado, verificando-se a proporção de espécimes juvenis e adultos na pesca local. Dos 292 espécimes coletados, 165 (56,5%) eram machos e 127 (43,5%) eram fêmeas, resultando em uma proporção sexual de 1,3M:1F, sem diferenças estatisticamente significativas (x2= 1,5; p> 0,05) para o período analisado. As fêmeas alcançaram maior amplitude de tamanho (33,6 a 64,5 cm) comparadas aos machos (34,0 a 63,0 cm), porém sem diferenças estatísticas entre os comprimentos (p>0,05). Os valores médios mensais do IG variaram de 16,96 a 52,06, para fêmeas, e de 11,58 a 60,90, para machos. A menor média para o sexo feminino foi observada em agosto, e para os machos, em dezembro, com ambos apresentando o maior valor de IG em fevereiro. O L50 foi estimado em 40,7 cm, para fêmeas, e 38,5 cm, para os machos. A fecundidade média por lote foi de 260.660 ovócitos. As análises histológicas indicaram um desenvolvimento assíncrono dos ovócitos, caracterizando uma desova intermitente e fecundidade indeterminada. Os resultados sugerem que a época de desova mais intensa do bonito-listrado no entorno do ASPSP tem início no final do ano, se estendendo até maio.
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    Estrutura populacional e influência ambiental na abundância de tubarões-baleia (Rhincodon typus Smith 1828) no Arquipélago de São Pedro e São Paulo, Brasil
    (2021-08-06) Veloso, João Vitor Albuquerque; Oliveira, Paulo Guilherme Vasconcelos de; Rocha, Bruno César Luz Macena; http://lattes.cnpq.br/9328544763622285; http://lattes.cnpq.br/5700488412022830; http://lattes.cnpq.br/8258401973123405
    O Arquipélago de São Pedro e São Paulo (ASPSP) é um importante local de observação do tubarão-baleia no Brasil por apresentar a maior frequência de avistamentos conhecida no país. No presente trabalho, os dados de avistamentos durante expedições científicas realizadas entre 2005 e 2018 (13 anos) foram computados e analisados. As informações sobre os avistamentos foram agrupadas por mês, calculando-se a frequência relativa mensal, que foi, então, avaliada em relação a variáveis ambientais (temperatura e clorofila) obtidas por sensoriamento remoto, com o objetivo inferir sobre a sua influência na frequência de ocorrência da espécie naquele local. Também foram coletados fotos e vídeos dos tubarões-baleia. As imagens que apresentaram qualidade satisfatória foram processadas utilizando o programa semi-automatizado chamado I³S (Interactive Individual Identification System). Os resultados obtidos até o momento são de grande importância para a compreensão dos aspectos populacionais, comportamentais, dos hábitos alimentares e movimentos migratórios do tubarão-baleia no Oceano Atlântico, já que fortalecem a hipótese de que as avistagens podem ter relação com as variáveis ambientais como temperatura superficial do mar (TSM) e concentração de clorofila-a, incluindo uma possível fidelidade ao arquipélago já que por foto identificação confirmamos cinco reavistamentos sendo três com poucos dias de diferença, um com cerca de um ano e um indivíduo reavistado três vezes em anos diferentes.