02. Unidade Acadêmica de Educação a Distância e Tecnologia (UAEADTec)
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Item A arte literária e as relações étnico-raciais na educação básica: uma contribuição para a prática docente antirracista(2023-10-24) Silva, Jobson Jorge da; Cunha, Maximiliano Wanderley Carneiro da; http://lattes.cnpq.br/0105516187749549; http://lattes.cnpq.br/9702054339589037O presente artigo objetiva apresentar uma proposta para o trabalho na educação básica na perspectiva da desconstrução de imaginários sociais que desconsideram ou desprezam as contribuições africanas à formação sociocultural brasileira. Nesse sentido, entendemos necessário iniciar a construção de uma nova mentalidade social a partir da escola, pois é nesse ambiente que crianças e adolescentes formam suas identidades sociais e aprendem a valorizar as diversas culturas e diferenças sociais existentes. Nesse sentido, pretendemos discutir a relação das questões étnico-raciais e educação básica, na sequência, apresentaremos a análise dos dados coletados a partir de entrevistas realizadas com docentes de uma escola pública e municipal no interior do estado de Pernambuco e por fim uma proposta didática que colaborará com práticas docentes que combatam o racismo na escola e insiram as questões étnico-raciais na escola básica. O trabalho, portanto, é de natureza qualitativa e fundamenta-se, principalmente, na produção de Ribeiro (2019), BNCC (2018), Munanga (2012) e Brasil (1996).Item Cinema Negro: uma necessidade política e afetiva(2019-07-27) Antônio, Iris Regina Gomes; Agra, Uirá Rupert Moreira Cruz e Costa; http://lattes.cnpq.br/1007832192720400; http://lattes.cnpq.br/1322550438465644Este trabalho analisa alguns parâmetros do cinema negro brasileiro a partir de uma breve contextualização sócio-histórica do cinema negro africano, refletindo sobre como esses impactos influenciaram na construção desse cinema, já que ambos estão na condição de territórios colonizados e passaram pelo processo de opressão racial e tiveram acesso, como espectadores, a uma produção imagética midiática que contribuiu e contribui para a manutenção desse projeto de dominação, refletindo na necessidade do foco no protagonismo amplo nessas produções, como estratégia de sobrevivência. No ano de 1997, o Festival Internacional de Curtas Metragens de São Paulo realizou a sessão Foco, onde pela primeira vez registrou-se um festival brasileiro com uma programação destinada apenas para obras de cineastas negros de vários países. Paralelamente a isso, ou até mesmo antes, cineastas negros brasileiros como Jeferson De, Rogerio de Moura, Ari Candido, Noel Carvalho, Billy Castilho, Daniel Santiago, Lilian Solá Santiago e Luiz Paulo Lima já vinham debatendo sobre a essa imagem negativa do negro nas telas e já acreditavam que só uma intervenção direta na cadeia audiovisual feita por profissionais negros poderia reverter essa situação (CARVALHO, DOMINGUES 2018). Já no ano de 2000, no mesmo festival, em sua 11° edição, ocorreu o programa Dogma Feijoada – Mostra de Diversidade Negra, que, além de trazer seis filmes brasileiros de diretores negros, teve uma parte destinada ao debate do manifesto escrito pelo cineasta Jeferson De, intitulado Gênese do Cinema Negro Brasileiro. Esse documento trazia seis diretrizes que definiam o que é o cinema negro: (1) o filme tem de ser dirigido por realizador negro brasileiro; (2) o protagonista deve ser negro; (3) a temática do filme tem de estar relacionada com a cultura negra brasileira; (4) o filme tem de ter um cronograma exequível. Filmes-ur-gentes; (5) personagens estereotipados negros (ou não) estão proibidos; (6) o roteiro deverá privilegiar o negro comum brasileiro; (7) super-heróis ou bandidos deverão ser evitados. Transformamos, então, a primeira diretriz do manifesto nosso parâmetro básico, ou seja, o foco da pesquisa são produções cinematográficas onde as pessoas negras ocupem a cadeira da direção. Outra motivação para a pesquisa foram os dados divulgados pelo Grupo de Estudos Multidisciplinares da Ação Afirmativa (GEEMA) em pesquisa focada no cinema de grande bilheteria do Brasil, que deixa nítido a desigualdade de gênero e de raça, diferindo do cinema independente, que se torna o meio em que a maior parte desses artistas negros consegue produzir cinema. Partindo de comparativos de 100 filmes produzidos de 2010 a 2019, conseguimos identificar algumas características que podem apontar algumas motivações e condições comuns que podem ou não definir linhas de pensamento e conceitos. Essas reflexões foram definidas nos capítulos: “A necessidade de documentar” que reflete sobre a forma e o conteúdo da produção de documentários no Brasil; o capítulo “Pelo direito a subjetividade” que foca nas produções que tem seu formato diverso e não se enquadram em uma linha narrativa tradicional; “Crescimento quantitativo e representações geográficas” que é o espaço para análises referentes a localidade e o progresso quantitativo dessas produções”; “Da afetividade ao embate” que destaca o cinema orgânico e emergente e como essas narrativas são contadas; e por último, “O Cinema de guerrilha ou também cinema de emergência” já citado por Jeferson De em seu manifesto, trazendo conteúdos essenciais para discussões essenciais para um convívio digno em sociedade.Item Redes sociais como ferramenta de apoio ao docente: multiculturalidade na arte(2021-08-07) Oliveira, Raira Izabel Santos de; Carvalho, Marluce Vasconcelos de; http://lattes.cnpq.br/2780914280180020; http://lattes.cnpq.br/0041203872368996Esta pesquisa tem como objetivo central analisar as causas da naturalização do racismo presente no ensino-aprendizagem, tendo em vista os conteúdos e representações imagéticas eurocêntricas. E, como objetivos específicos: discutir as causas da naturalização do racismo no ensino-aprendizagem do ensino básico e a predominância de imagens eurocêntricas no ensino de Arte e, por fim, construir material de apoio ao docente, no Instagram, que explorem as metodologias ativas e as questões da multiculturalidade, buscando desconstruir o pensamento e as representações imagéticas eurocêntricas, naturalizadas na educação e principalmente no ensino de Arte. A partir do estudo e compreensão das causas da naturalização do racismo no ensinoaprendizagem, foi possível compreender quais práticas corroboram com o simbolismo e predominância do eurocentrismo na Educação Básica e como é possível utilizar redes sociais como veículos de disseminação de novos conteúdos educacionais aplicáveis no sistema híbrido de ensino.Item A Artista Maria Auxiliadora e a Representatividade Negra em suas Pinturas(2021-08-18) Jesus, Jeisa Pereira de; Carvalho, Marluce Vasconcelos de; http://lattes.cnpq.br/2780914280180020Este trabalho investiga como o povo negro vem sendo representado na pintura brasileira ao longo da história. Desse modo, propusemos como objetivos específicos: analisar as diferenças de representações do negro produzidas pela artista negra, Maria Auxiliadora da Silva em relação às dos artistas europeus e refletir sobre a importância dessas representações da citada artista, na contemporaneidade a partir da seleção de três de suas telas. Assim foi importante fazermos um estudo dos principais artistas que foram prestando esse papel na arte pictórica, a partir dos pintores holandeses do século XVII, Frans Post (1612-1680) e Albert Eckhout (1610-1666) e dos artistas Johann Moritz Rugendas (alemão) (1802-1858) e Jean-Baptiste Debret (francês) (1768-1848) no século XIX. Identificamos o despontar dos primeiros pintores negros brasileiros a ingressarem na AIBA - Academia Imperial de Belas Artes, ainda no século XIX e àqueles ditos artistas populares, negros, que foram aparecendo no cenário artístico no século XX. A metodologia utilizada foi à pesquisa documental e bibliográfica, dentre as variadas referências utilizadas podemos destacar os autores: Vagner Gonçalves da Silva (2005), Lélia Coelho Frota (1978), Darcy Ribeiro (2020), além de outros que foram localizados durante a pesquisa em artigos acadêmicos e dissertações de mestrado. Portanto, nossa pesquisa bibliográfica seguiu um método de estudo com base na história em que contextualizamos a retratação do negro pelos pintores citados. Identificando a presença do povo negro e suas vivências nas três obras selecionadas de Maria Auxiliadora, por trazerem conceitos fortes da cultura afro-brasileira, importantes para a formação da nossa cultura nacional e analisando a diferença de suas representações em relação as da pintora, nos colocando a refletir sobre a importância dessas representações negras na contemporaneidade, a partir de três telas selecionadas, dessa artista. Observamos que a artista não somente representou a cultura afro brasileira como parte do seu cotidiano, como também trouxe conceitos fortes da cultura afro-brasileira, tais como seus manifestos religiosos, englobando festividades, musicalidade, a estética das suas vestimentas entre outras características, importantes para a formação da nossa cultura nacional.Item Oficinas de capoeira nas aulas de artes: promover, reconhecer e preservar, na perspectiva das relações étnico-Raciais(2021-08-13) Cordeiro, Fabíola da Silva; Torres, Niedja Ferreira dos Santos; http://lattes.cnpq.br/3501803097646190O objetivo da presente pesquisa foi trazer reflexões sobre a capoeira e os benefícios de ser trabalhada em instituições escolares formais com oficinas nas aulas de Artes Visuais, mais especificamente com oficinas de capoeira em seu contexto voltado para a Educação Étnicos-Raciais. Ao fazer uma análise investigativa na instituição, percebe-se a necessidade de levar esse aprendizado para o estudo em escolas de educação formal para que todos tenham acesso conforme está detalhado na Lei n. 10.639/03, onde é obrigatório e de responsabilidade legal das instituições quanto à oferta de disciplinas sobre a história e cultura afro-brasileira e africana. Com isso, torna-se imprescindível a alteração no currículo escolar, intensificando os estudos étnicos-raciais. A fundamentação teórica foi à luz de CRUZ (1997), COLI (1995) e LIBLIK (2011). Desta maneira, pretendemos estimular a inserção de oficinas voltadas para o aprendizado de forma teórica e lúdica das vivências culturais da Capoeira onde mostra que essa arte é genuinamente brasileira e faz parte da construção e da história dos povos africanos que foram escravizados no Brasil.Item O ensino de Artes Visuais para uma Educação das relações étnico - raciais no Fundamental II nas escolas públicas municipais de Ilhéus-Bahia(2021-08-13) Anjos, Eliete Silva dos; Pinto, Janille da Costa; http://lattes.cnpq.br/3170771425776045; http://lattes.cnpq.br/8484648364536984A presente pesquisa aborda sobre a necessidade do ensino de Artes Visuais para concretizar uma Educação das relações étnico-raciais, tem como objetivo analisar como está sendo implementada a Educação para as relações étnico-raciais nas aulas do Componente Curricular Arte, ofertado no Ensino Fundamental II nas escolas públicas da rede municipal de Ilhéus - BA. O referencial teórico contemplou discussões acerca das leis 10.639 (2003) e 11.645 (2008), que alterou a Lei de Diretrizes e Base da Educação Nacional (LDB) nº 9.394 (1996), e da Proposta Triangular de Ana Mae Barbosa. Os passos metodológicos utilizados na pesquisa são de abordagem qualitativa, descritiva, bibliográfica e documental, onde realizamos a revisão de literatura em artigos e livros de autores(as) que discutem sobre a proposta da Educação para as relações étnico-raciais nas aulas de artes. Assim, os dados indicam que o presente Município fomenta uma proposta pedagógica que possibilita a Educação para as relações étnico-raciais no Componente Curricular Arte como visto na Matriz Curricular, no Diário Pedagógico dos Anos Finais, no Documento Curricular Referencial, na Lei Orgânica e no Plano Municipal de Educação (PME). Constatamos que a Educação para as relações étnico-raciais no Componente Curricular Arte está sendo ofertada no Ensino Fundamental II nos Ciclos 4 e 5 e em suas correspondentes fases I e lI nas escolas públicas do Município de Ilhéus - BA, implementando as prerrogativas das leis 10.639 (2003) e 11.645 (2008).Item Brinquedos e brincadeiras: uma influência de África em nosso cotidiano(2021-10-15) Paixão, Amaralina Câmara da; Silva, Elizabeth Cristina Rosendo Tomé da; http://lattes.cnpq.br/3457017190178025Este trabalho nasce do desejo de identificarmos as influências e contribuições dos povos africanos em nossa cultura lúdica tradicional, e quais dessas intervenções poderíamos extrair elementos que enriqueçam e propiciem uma educação mais abrangente e aliançada a cultura lúdica nas vivências e aprendizagens formais e não formais. Nesse sentido, nossas pesquisas buscaram identificar brinquedos e brincadeiras de origem africana, quais desses influenciaram nossa cultura lúdica tradicional, e partindo dessa base, investigar quais elementos essenciais para formação do ser humano estariam embutidos nessa cultura do brincar e quais desses elementos conseguiríamos explorar em práticas pedagógicas na educação básica. Nessa vertente, buscamos refletir sobre como a educação, a ludicidade e a cultura lúdica afro-brasileira/africana poderiam influenciar positivamente na desconstrução dos estereótipos e favorecer nos processos de ensino/aprendizagens. Nosso referencial teórico contemplou discussões acerca da importância da ludicidade e da cultura lúdica na formação do ser humano, buscando respaldo em alguns intelectuais, estudiosos e pesquisadores como Froebel, Huizinga, Caillois, Luckesi, Brougère, Kishimoto, Vygotsky, Freire, Gomes, Cunha dentre outros. Além de informações pertinentes nas bases normativas sobre o brincar e as relações étnico-raciais na educação. Nesse entendimento, adotamos como procedimento metodológico duas pesquisas, sendo uma bibliográfica e outra de sondagem. Ressaltamos, que os dados obtidos nas pesquisas indicaram que a cultura lúdica e o estado lúdico robustecem e oportunizam um melhor desenvolvimento do ser humano, assim como o fomento das aprendizagens e fortalecimento das heranças identitárias.Item Raça e saúde: o discurso médico no diagnóstico da população negra(2021-04-01) Torres, Gwan Silvestre Arruda; Barros, Gabriel Navarro de; http://lattes.cnpq.br/3280959855647241; http://lattes.cnpq.br/9846453094987325A pesquisa analisou o discurso médico com o viés racial, de modo investigar o discurso racialista médico, nos corpos da população afro-brasileira e a utilização das teorias racias em seus diagnósticos. O recorte temporal compreende aos anos de 1889 a 1930, para o maior aprofundamento acerca das teorias raciais e de como se moldaram na socidade brasileira republicana, bem como compreender a percepção da saúde pública, seja através das academias de medicina ou das campanhas sanitárias. O estudo se dividirá em três capítulos, o primeiro se volta para apresentação, assim como a identificação das teorias raciais e sua multiplicidade de discursos, atingindo não só aos médicos, mas a outros intelectuais, até chegar a sociedade em si. Por sua vez, o capítulo dois foi a historicização da História da Medicina, desde o surgimento das primeiras Faculdades Médicas no Brasil até um olhar para a História da Medicina Pernambucana, com um viés para a historiografia regional. Por fim, analisamos diferentes fontes para contextualizar os diagnósticos médicos em corpos negros e de que maneira estes prognósticos apontaram as teorias raciais.Item O imaginário racial na fotografia de Albert Henschel (Brasil: 1860-1880)(2021-03-29) Tiné, Gustavo Henrique Ribeiro; Barros, Gabriel Navarro de; http://lattes.cnpq.br/3280959855647241; http://lattes.cnpq.br/6929820313308185As coleções de fotografias disponíveis em portais de pesquisa online, com recorte nas imagens etnográficas de meados do século XIX, revelam aspectos sociais que produzem imaginários raciais presentes nas imagens que se analisam. As imagens produzidas nos estúdios de fotografia do alemão radicado no Brasil, Albert Henschel, retratam populações negras, escravizadas, ex escravizadas e libertas que constituem parte da formulação deste imaginário racial, a partir das visualidades ali concebidas. Buscamos em textos de viajantes produzidos no período, em jornais e periódicos que circularam e na coleção de fotografias em si a constatação do discurso racial, a partir de teorias eugenistas então em discussão, que contrapõem o discurso imagético e a vida nas principais cidades do país. Os estúdios de fotografia, o imaginário visual e discursivo das imagens revelam a complexidade de vivência no pré e pós abolição, no que tange às populações afrodescendentes. A metodologia utilizada foi a análise iconográfica e iconológica (KOSSOY, 2020) que permite uma compreensão mais completa acerca das visualidades e discursos presentes nas imagens produzidas, que revelam o real potencial cognitivo da imagem (MENEZES, 2003).
