Economia Doméstica (Sede)
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Resultados da Pesquisa
Item A sobrecarga do trabalho doméstico sobre as mulheres durante a pandemia da COVID-19(2021-02) Espírito Santo, Daniely Silva do; Arrazola, Laura Susana Duque; Maciel, Michelle Cristina Rufino; http://lattes.cnpq.br/9534230023921784; http://lattes.cnpq.br/4317982181688343; http://lattes.cnpq.br/9926524294548489Como o avanço da pandemia provocada pelo Covid-19, ao longo do ano 2020 e estendendo-se para 2021, tem se observado a intensificação dos processos relacionados à acentuação das desigualdades sexuais reforçadas nas relações de gênero estabelecidas no espaço doméstico/familiar, sobretudo em função do isolamento social, home office. Nesse sentido, o argumento da responsabilização com as atividades domésticas tem feito com que as mulheres vivenciem um cotidiano que as sobrecarrega; seja em relação às atividades de cuidado com filhos/as, idosos/as, doentes da família e/ou seja, em relação a outras atividades que precisam ser desenvolvidas no âmbito doméstico. Embora as mulheres já estivessem à frente dessas atividades, mesmo antes da pandemia, com mais pessoas em casa, e tendo que conciliar, em alguns casos com o trabalho remoto, o isolamento social provocou um convívio mais intenso das famílias e um acúmulo de atividades executadas pelas mulheres, as quais, comumente não divididas de forma justa por todos os membros da família. Desse modo, faz-se necessário lembrar do enraizamento do patriarcado na sociedade contemporânea. Processo que historicamente coloca as mulheres enquanto responsáveis pelas atividades ditas “femininas” ou “coisas de mulher”, compreendidas como “improdutivas”, pois não geram recursos diretos para as famílias. Acentua-se então, o desafio de envolver todos/as da família na corresponsabilização das atividades domésticas e do cuidado, sobretudo, na figura(s) masculina(s): o homem enquanto agente participante e também responsável pelas atividades supracitadas. Para tanto, a pesquisa tem como objetivo compreender a percepção da mulher em relação à sobrecarga do trabalho doméstico durante o isolamento social causado pela pandemia da covid-19, a desigualdade na divisão das tarefas, em foco a ausência do homem e da pessoas que compartilham a casa e, apresentar como contribuição para ampliar as discussões referente a divisão sexual do trabalho e a sobrecarga da mulher no período de pandemia.Item Políticas públicas para as mulheres: avanços, limites e desafios(2021-07-26T03:00:00Z) Monteiro, Morgana Henrique; Silva, Laurileide Barbosa da; http://lattes.cnpq.br/7869325906861017; http://lattes.cnpq.br/5647649505835610Este artigo apresenta os resultados da pesquisa realizada em 2016, através do Programa de Iniciação Científica/PIC-CNPq/UFRPE, como exigência para equiparação ao Estágio Supervisionado Obrigatório do Bacharelado em Economia Doméstica. A referida pesquisa buscou identificar a direção social das políticas públicas para mulheres nos municípios de Recife, Olinda e Jaboatão dos Guararapes, de forma a promover a autonomia feminina. A metodologia utilizada foi a exploratória e teve como base a pesquisa bibliográfica e observação in loco da rotina dos locais de atendimento as mulheres, onde foram levantados dados sobre relações de gênero e autonomia feminina nos referidos municípios. Os resultados obtidos demonstram que as ações direcionadas para as mulheres se concentravam em serviços especializados no atendimento a mulher em situação de violência doméstica e/ou sexista e programas que possibilitem a autonomia econômica da mulher, seja ofertando cursos de qualificação profissional ou de empreendedorismo. Diante dos resultados apresentados foi possível afirmar que as políticas direcionadas para as mulheres se caracterizavam como políticas assistencialistas e, na conjuntura de ajuste fiscal precarizada, que precisavam avançar na direção de ações estruturantes, compreendendo e intervindo na problemática das mulheres no contexto mais amplo da totalidade da lógica do capital.Item Trajetórias subalternas urbanas: o cotidiano e o cárcere(2021) Carvalho, Edna Ferreira de; Fernandes, Raquel de Aragão Uchôa; http://lattes.cnpq.br/9733983138830524; http://lattes.cnpq.br/0845873560120755O relatório Trajetórias Subalternas Urbanas: o cotidiano de mulheres e egressas do cárcere em Pernambuco tem por objetivo compreender as relações entre modos de vida e subalternidade a partir do cotidiano de mulheres com vivência no sistema carcerário pernambucano e de modo específico compreender os impactos da COVID-19 no cotidiano destas mulheres. Neste relatório analisamos o aprofundamento das condições de subalternidade vivenciadas por mulheres com passagem pelo sistema prisional de Pernambuco. Este projeto representa o aprofundamento de pesquisas já realizadas e em andamento sobre as relações subalternas nas cidades e no cárcere (‗Modos de vida urbanos: cotidianos subalternos nas cidades – 2017-2020‘ e ‗A vida além das grades: as trajetórias de mulheres egressas do sistema prisional de Pernambuco, 2020-2021‘). É qualitativa com inspiração no método da pesquisa-ação. Estabelece como interlocutoras mulheres egressas ao sistema que estão ainda em processo de remissão de pena, e em acompanhamento pelo Patronato Penitenciário de Pernambuco. Atualmente mais de 700 mil mulheres estão encarceradas no mundo, sendo que os anos recentes têm sido caracterizados por um crescimento exponencial desta população. O Brasil, com aproximadamente 42 mil mulheres encarceradas ocupa atualmente a quarta posição no ranking mundial, tendo tido um aumento percentual de 656% entre os anos de 2000 a 2016 (INFOPEN, 2016). O estado de Pernambuco, com 1600 mulheres encarceradas, ocupa a sétima posição no cenário nacional. De acordo com dados do INFOPEN (2016), 62% das mulheres encarceradas no Brasil são negras, em Pernambuco esse percentual chega a 88%. Os resultados obtidos apontam para uma reprodução geracional de trajetórias subalternas na história de vida destas mulheres, geralmente negras, pobres, mães e periféricas, condição agravada pela vivência do e no cárcere.
