02.1 - Graduação (UAEADTec)

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    Sátira: gênero literário como instrumento de ataque nos jornais pornográficos dos séculos XIX e XX
    (2021-03-23) Silva, Marcio Lima da; Azevedo, Natanael Duarte de; http://lattes.cnpq.br/1598344003069716; http://lattes.cnpq.br/9824416737110946
    A origem deste trabalho advém dos estudos que vêm sendo realizados no grupo de pesquisa, coordenado pelo professor Natanael Duarte de Azevedo, que analisa a circulação de literatura em impressos de fins do século XIX e começo do século XX. Partimos do pressuposto que a sátira é um gênero literário e tem como característica principal e prevalente a ironia e o sarcasmo. Embora nem sempre ela objetiva induzir ao riso, trata-se portanto, de uma crítica social feita às pessoas e aos seus costumes de maneira cômica e é utilizada para criticar principalmente políticos, artistas e pessoas de relevância social. Propomo-nos ainda, a analisar a construção da alegoria e da sátira como elementos fundantes da pornografia no jornal pornográfico O Riso (1911-1912), mais pontualmente no romance folhetim “As Aventuras do Rei Pausolo”, publicado semanalmente no periódico entre maio de 1911 a maio de 1912. Procuramos evidenciar como os editores do jornal O Riso estruturaram uma realidade síncrona a partir do discurso alegórico e satírico, tendo a pornografia como mote, com o objetivo de trazer à tona críticas à recém-nascida república brasileira. Sendo assim, utilizaremos como arcabouço teórico-metodológico no desenvolvimento dessa investigação Azevedo (2015) e El Far (2004) no que tange ao percurso da literatura pornográfica, como também Miskolci (2012) acerca do contexto político social brasileiro em fins do século XIX e começo do século XX. Aliado às concepções apresentadas discutiremos questões relativas à construção não sistemática do conceito de sátira pela ótica de Brummack (1971) e Schiller (1991). Ainda como aporte teórico é substancial, no que diz respeito à História Cultural, os postulados de Chartier (2002) para a concretização da presente investigação. Logo, pretendemos situar a pornografia enquanto categoria de análise em seu tempo e espaço de produção para, dessa forma, trazer, à luz da historiografia literária, narrativas silenciadas pela censura moral.