TCC - Licenciatura em Ciências Biológicas (Sede)
URI permanente para esta coleçãohttps://arandu.ufrpe.br/handle/123456789/445
Navegar
2 resultados
Resultados da Pesquisa
Item Identificação e caracterização de genes de peptídeos antimicrobianos (AMPs) de três espécies de insetos-praga de cana-de-açúcar(2023-04-26) Alves, Géssica dos Santos; Souza Junior, José Dijair Antonino de; http://lattes.cnpq.br/9268515833435844; http://lattes.cnpq.br/8139782800515164A cana-de-açúcar, principal matéria prima para diversos insumos sofre ataques por diversas pragas, como os lepidópteros Diatraea saccharalis, Diatraea impersonatella e Telchin licus. O controle dessas pragas costuma ser realizados com inseticidas químicos, porém com pouca efetividade, e a utilização de agentes de controle biológico como os parasitoides, bactérias e fungos entomopatogênicos. No entanto, os insetos adquiriram ao longo da evolução mecanismos de defesa contra esses patógenos e parasitas. O sistema imune inato dos insetos possui respostas celular e humoral. A resposta humoral é responsável principalmente pela produção de peptídeos antimicrobianos (AMPs). A sintese desses peptídeos ocorre através de três principais vias de sinalização, são as Via Toll, Jak-Stat e IMD (Imunodeficiência). Os peptídeos são classificados de acordo com sua estrutura e função. Foram caracterizados em Lepidoptera seis tipos de peptídeos: Attacina, Cecropina, Defensina, Gloverina, Moricina e Lebocina, que possuem ação contra fungos, leveduras, bactérias Gram-positivas e Gram-negativas. Desta forma, este trabalho teve por objetivo identificar e caracterizar a diversidade de AMPs presentes em transcritomas das principais brocas da cana-de-açúcar, assim como propor suas relações filogenéticas para observar potenciais diferenças e propor possíveis aplicações. Nós identificamos um total de 15, 18, e 25 para D. saccharalis, D. impersonatella e T. licus, respectivamente, pertencentes a todas classes descritas para a ordem Lepidoptera. Aparentemente, T. licus apresenta uma maior quantidade de genes de AMPs quando comparado com D. saccharalis e D. impersonatella. Uma explicação possível é que T. licus durante a fase larval habita a soqueira da planta que fica no solo, e por isso a lagarta tem que lidar com um número maior de microrganismos, do que as espécies do gênero Diatraea. Porém, essa hipótese precisaria de validação. Outro ponto interessante é que aparentemente o genoma depositado para D. saccharalis no NCBI não parece ser da mesma espécie da população brasileira que também é denominada D. saccharalis. Os AMPs são a principal forma de resposta humoral dos insetos e diversidade destes genes parecem estar relacionados com o modo de vida dos insetos. Os dados gerados aqui podem servir de base para aplicação dos AMPs em diferentes áreas.Item Efeito comparativo de inseticidas naturais e sintético no aparelho digestivo, gônadas e nutrição do bicudo-do-algodoeiro Anthonomus grandis Boheman (Coleoptera: Curculionidae)(2021-12-09) Ferreira, Maria Clara da Nóbrega; Cruz, Glaucilane dos Santos; Teixeira, Valéria Wanderley; http://lattes.cnpq.br/4292195468804301; http://lattes.cnpq.br/3795270436231657; http://lattes.cnpq.br/6415809873371718A cotonicultura é uma das principais atividades econômicas do Brasil, sendo o país o quarto maior produtor mundial da fibra. Dentre as maiores regiões produtoras, destacam- se o Mato Grosso e a Bahia. Todavia, o ataque de diversos insetos-pragas põe em risco as possibilidades de expansão da produção brasileira. Tais organismos são responsáveis por danos diretos e indiretos à lavoura. Dentre eles, o Anthonomus grandis recebe destaque por ser considerado, atualmente, a praga-chave da cotonicultura e uma ameaça em especial para o Nordeste brasileiro, devido ao impacto econômico que exerce sobre a oferta de matéria-prima para a indústria têxtil e oleaginosa. Este besouro possui alto poder destrutivo, capaz de ocasionar perdas de 75% a 100% da produção. Desta forma, objetivando reduzir os efeitos negativos desta praga, faz-se o uso de inseticidas químicos capazes de provocar danos fisiológicos no organismo. Em contrapartida, o uso indiscriminado resulta em prejuízos ambientais, além de favorecer o surgimento de populações resistentes. Sendo assim, é necessária a busca por medidas de controle menos danosas ao meio, porém com eficácia garantida. Neste contexto, a presente pesquisa objetivou avaliar os efeitos dos óleos essenciais de Melaleuca alternifolia e Juniperus virginiana nas DL50 e DL70, em comparação ao princípio ativo beta-ciflutrina (dose de campo) na histologia e nutrição de adultos de A. grandis, sendo estes parâmetros indispensáveis à sobrevivência de qualquer organismo. Os resultados obtidos na análise cromatográfica do óleo de M. alternifolia mostraram a presença de compostos classificados em monoterpenos e sesquiterpenos. Já o óleo de J. virginiana apresentou apenas compostos classificados em sesquiterpenos. Em relação à toxicidade, o óleo essencial de M. alternifolia demonstrou uma maior eficácia em concentrações menores. Os ensaios bioquímicos demonstraram que todos os parâmetros avaliados foram alterados, tanto pelos óleos quanto pelo inseticida, porém o M. alternifolia demonstrou maior expressividade entre eles. As análises histológicas do intestino médio apresentaram alterações no epitélio em todos os tratamentos. Nos testículos foi possível observar a redução no número de espermatozóides em todos os grupos e apenas na DL70 de M. alternifolia ocorreu a vacuolização folicular intensa. Já os ovaríolos, apresentaram nos grupos submetidos a beta-ciflutrina e ao óleo de M. alternifolia redução na região do vitelo. Sendo assim, os resultados desta pesquisa evidenciam que, assim como o princípio ativo beta-ciflutrina, os óleos essenciais de M. alternifolia e J. virginiana são capazes de provocar alterações morfológicas no intestino médio que se estendem as suas estruturas reprodutivas, promovendo a diminuição da absorção de nutrientes e do potencial reprodutivo dos adultos de A. grandis.
