Bacharelado em Agronomia (UAST)
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TCC - Trabalho de Conclusão de Curso
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Item Métodos empregados na superação de dormência tegumentar de sementes de espécies florestais da Caatinga-Uma revisão(2021-12-10) Moura, Débora Purcina de; Silva, Monalisa Alves Diniz da; http://lattes.cnpq.br/0446410743186066; http://lattes.cnpq.br/8519502793959606A Caatinga é o principal domínio vegetal da região semiárida, mas ao longo dos anos vem passando por um longo e acentuado processo de desmatamento e degradação, principalmente pela ação antrópica. Estratégias para o reflorestamento e restauração com espécies florestais nativas tornam-se necessárias. Há uma grande dificuldade em produzir mudas das espécies florestais da Caatinga, devido a maior parte das sementes apresentar dormência tegumentar, fato que dificulta a germinação. A dormência é caracterizada como o período que a semente não consegue germinar mesmo quando as condições externas são favoráveis. Há vários tipos de dormência sendo eles: fisiológica, morfológica, morfofisiológica, física e combinada, no entanto a que mais dificulta a produção de mudas é a física/tegumentar. A primeira etapa para a germinação é a absorção de água, se o tegumento possui um impedimento não é possível iniciar essa fase e consequentemente as demais. Para cada espécie há um tratamento mais indicado para a superação da dormência, pois o nível de eficiência irá depender da espessura da camada impermeável, presença de substâncias inibidoras e constituintes presentes nesta camada. Desta forma o objetivo da presente revisão foi analisar quais os métodos de superação de dormência tegumentar mais empregados e os mais eficientes que possibilitem a produção de mudas de espécies florestais da Caatinga. Durante a pesquisa foram utilizadas as seguintes palavras-chave: superação de dormência, dormência tegumentar ou física, germinação, produção de mudas, Caatinga e espécies florestais. A busca pelos artigos publicados foi nas plataformas de pesquisas Google Acadêmico, Science direct, Scielo e Periódicos Capes; considerando três idiomas (português, inglês e espanhol), entre os anos de 2011 a 2021. Foram encontrados 328 artigos, número ainda considerado relativamente baixo, considerando a relevância e importância do tema. O maior número de publicações foi na plataforma Google Acadêmico com um total de 150 acervos. Os artigos foram publicados principalmente no idioma português. Dentre os métodos mais empregados a escarificação mecânica com lixa foi o tratamento que proporcionou maior porcentagem de germinação ou emergência de plântulas. Com relação a toda abordagem realizada verifica-se que há uma necessidade de desenvolver mais pesquisas, buscando por métodos de superação de dormência que sejam eficientes e eficazes, considerando a importância de desenvolver projetos de restauração e reflorestamento em condições semiáridas, como a Caatinga.Item Aspectos do crescimento da Baraúna (Schinopsis brasiliensis Engel.), em diferentes contextos de intervenções antrópicas, na comunidade da Mata Redonda em Triunfo – PE.(2022-05-27) Santos, Natália Alves; Barros Júnior, Genival; http://lattes.cnpq.br/4379675294862211; http://lattes.cnpq.br/4530134000429562A vegetação de Caatinga apresenta característica bastante peculiar, que a torna única e, infelizmente devido as ações antrópicas considerável porção desse bioma encontra-se em extinção e outra porção em ameaça de extinção. Dentre as espécies vegetais em ameaça de extinção encontra-se a Baraúna (Schinopsis brasiliensis Engl.), uma das arbóreas de maior importância da Caatinga, considerada uma árvore nobre devido as características presentes em sua madeira. Diante desse quadro, ações de pesquisas direcionadas a evitar a extinção da espécie Baraúna mostram-se de grande importância para a preservação da biodiversidade no Bioma Caatinga. No entanto, ainda são escassos os estudos destinados ao resgate e proteção da dinâmica desta importante espécie da vegetação de Caatinga. Dessa maneira, o objetivo do presente trabalho foi de estudar o comportamento inicial e relacionar as taxas de crescimento de plantas de Baraúna introduzidas em áreas sob diferentes impactos advindos do manejo agrícola ao longo do tempo em condições ambientais de brejo de altitude. O experimento foi conduzido em um Delineamento de Blocos ao Acaso- DBC, num arranjo de 11 x 3 (11 plantas de baraúna em 3 diferentes áreas de intervenção antrópica) área 1- solo degradado; área 2- solo agricultável; área 3- sistema agroflorestal, realizado no período de outubro de 2021 à março de 2022. Foram realizadas coletas de solos para análises, de dados pluviométricos, de dados de luminosidade, de cobertura de solo e de leituras biométricas mensais. Na área 1, o solo foi classificado como argilo arenoso, compactado, baixo índice de cobertura viva e morta, presença acentuada de processos erosivos, elevada presença de luminosidade e crescimento médio das baraúnas quando comparado com as demais áreas; área 2- solo argila, compactado, elevada presença de cobertura viva, mediana presença de cobertura morta, presença de processos erosivo, elevada constatação de luminosidade e foi a área em que as plantas mostraram-se com maiores crescimentos tanto com relação ao diâmetro de caule quanto em crescimento vertical; e na área 3 solo classificado como franco argiloso arenoso, não compactado, elevado índice de cobertura viva e morta, processos erosivos pontuais, baixa 9 luminosidade e crescimento lento das baraúnas. As plantas de baraúna são exigentes em luz, necessitando de uma exposição plena do dossel de sua copa à radiação solar para garantir um desenvolvimento satisfatório dos indivíduos de sua espécie. A reintrodução da espécie Schinopsis brasiliensis no ecossistema dos brejos de altitude é recomendável em função da sua importância ecológica, ambiental, e antropológica para o enrequecimento a biodiversidade local.Item Diagnóstico ambiental por índices de vegetação no Parque Estadual Mata da Pimenteira no período chuvoso e seco(2022-05-23) Rocha, Alessandro Higor Gomes da; Bezerra, Alan Cezar; http://lattes.cnpq.br/3690303625468223; http://lattes.cnpq.br/1372320248183121Devido às necessidades de monitoramento, bem como da compreensão das condições da vegetação do Parque Estadual Mata da Pimenteira, objetivou-se analisar índices de vegetação gerados com bandas do vermelho e infravermelho, com imagens do Sentinel-2 para verificar a cobertura do solo no período chuvoso e seco de 2016 a 2021. O local de estudo situa-se no município de Serra Talhada, Pernambuco. As imagens foram processadas no Google Earth Engine para obter uma composição dos dois períodos estudados, na sequência, no software QGIS versão 3.18.3 (Zurich), foi determinado os índices de vegetação (NDVI e VCI) pela calculadora raster, uma ferramenta de cálculo disponível no Qgis que usa como base os valores dos pixels das camadas. Após a obtenção dos índices, foram alcançadas as estatísticas descritivas das imagens e classificadas a partir da ferramenta r.recode, com posterior contagem das classes de vegetação pelo r.report, para que a partir disso, foi ser feito o mapa temático para as análises e diagnóstico da área de estudo. Os resultados indicam maior média do NDVI para 2016 e 2017 com 0,7 no período chuvoso, e 0,36 no seco. O VCI teve sua maior média em 2016 com 86,04 e menor em 2018 com 63,63. No período chuvoso mais de 90% da área foi composta pela alta densidade de vegetação com o NDVI e com o VCI da classe muito leve. No período seco, a maior parte da área foi da classe “baixa densidade de vegetação” pelo NDVI e “severo” pelo VCI.Item Contribuição da condutância estomática de grupos funcionais de plantas lenhosas na condutância do dossel em vegetação de Caatinga(2022-05-23) Jesus, Angela Lucena Nascimento de; Lima, André Luiz Alves de; http://lattes.cnpq.br/3425654823765293; http://lattes.cnpq.br/3432981548836565As espécies arbóreas de regiões semiáridas contribuem de diferentes formas para o resfriamento do dossel, tendo em vista a diversidade de espécies e grupos funcionais de plantas. Embora a relação vegetação-atmosfera seja importante do ponto de vista de mudanças climáticas, trabalhos que avaliam a contribuição de grupos funcionais da caatinga para a condutância do dossel ainda são escassos. O objetivo desse trabalho foi avaliar a relação da condutância estomática de diferentes grupos funcionais de plantas com a condutância do dossel em vegetação de Caatinga. O trabalho foi realizado em uma área da Caatinga, situada na Fazenda Buenos Aires, Serra Talhada- PE. Foram avaliadas duas espécies de alta densidade de madeira (ADM) e duas espécies de baixa densidade de madeira (BDM). Os dados meteorológicos foram obtidos de uma estação micrometeorológica instalada na área de estudo e calculados a condutância do dossel. Avaliou-se a condutância estomática, temperatura foliar e o potencial hidrico do xilema. Foram coletadas amostras do caule e mensuradas estruturas anatômicas do xilema. Foi feita a análise de variância de medidas repetidas, e o teste de Tukey com p < 0,05. Os grupos funcionais contribuíram de forma distinta para a condutância do dossel. Houve relação positiva da condutância do dossel e condutância estomática (0,761). No período inicial das chuvas a condutância do dossel foi de 0,003 m s -1, sendo que a maior contribuição para condutância do dossel ocorreu pelas espécies ADM (150 mmol m-2s-1). No período chuvoso a condutância estomática das espécies aumentou, para as ADM (100 a 300 mmol m-2s-1) e BDM (200 a 300 mmol m-2s-1). condutância do dossel também aumentou no período chuvoso (0,02 e 0,05 m s-1). O potencial hídrico foi mais elevado para as espécies do grupo BDM (-1,2 MPa), e menor nas ADM (-2,5 MPa). As espécies de ADM presentaram maior quantidade de vasos xilemáticos (58 mm-2) e espessura da parede (16 m), e menor iâmetro do lúmen dos vasos do xilema (140 m). As BDM apresentaram parede fina (9 m) e menor quantidade dos vasos (5 mm-2). Esses resultados mostram que, as espécies ADM possuem estratégias que favorecem a condutância do dossel, ainda na estação seca, enquanto as BDM são mais conservadoras e contribuem com a condutância do dossel no período chuvoso. Esse estudo esclarece a importância da diversidade funcional para manutenção do equilíbrio hídrico e ambiental em regiões semiáridas, como a Caatinga.Item Taxonomia de Convolvulaceae a. Juss. na região do Pajeú, semiárido de Pernambuco, Brasil(2019-12-12) Costa, Rosemeire Santos; Melo, André Laurênio de; http://lattes.cnpq.br/0908553047440221; http://lattes.cnpq.br/4329938055697145Convolvulaceae inclui 58 gêneros e cerca de 1.880 espécies com distribuição cosmopolita, mas com maior diversidade nos trópicos. No Brasil é representada por 24 gêneros e 430 espécies. O Nordeste do país tem elevado número de espécies da família e grande carência de conhecimento sobre Convolvulaceae, apesar de que nos últimos anos, diversas novas espécies foram descritas, a maioria das quais endêmica. Estudos locais tem ajudado a reduzir essa lacuna porém, ainda assim pouco se sabe sobre a diversidade taxonômica e morfológica e a distribuição geográfica da família em algumas áreas, especialmente no semiárido. Desta forma, o presente estudo tem como objetivo realizar uma sinopse das espécies de Convolvulaceae na região do Pajeú, Pernambuco. A área de estudo está situada no domínio fitogeográfico da Caatinga e compreende 17 municípios. O estudo se baseou na coleta e observação de populações em campo e análise de coleções pertencentes ao Herbário do Semiárido do Brasil (HESBRA). Até o momento, foram reconhecidas 29 espécies distribuídas em seis gêneros, sendo Ipomoea o mais representativo com 19 espécies, seguido de Jacquemontia, com quatro, Evolvulus com três, Merremia, Operculina e Turbina, com uma espécie cada um. Os táxons registrados podem ser diferenciados, principalmente, através de características do hábito, tipo e forma das folhas e sépalas, dimensões e formato e cor da corola e presença/ausência de tricomas ou tipos. Todas as espécies são novos registros para área, uma vez que não existia estudos taxonômicos específicos para a família na região do Pajéu. A maioria das espécies foram encontradas em vegetação de caatinga, enquanto I. alba, I. decipiens, I. indica e I. parasitica apenas em florestas serranas. Ipomoea alba, I carnea e I. indica são cultivadas na região como ornamentais. Ipomoea bahiensis, I. brasiliana, I. rosea e Turbina cordata ocorrem exclusivamente no Brasil e I. decipiens, I. marcellia e I. tenera são endêmicas do domínio Caatinga. Ipomoea decipiens é aqui também pela primeira vez registrada para Pernambuco. São aqui apresentadas chaves de identificação e comentários sobre distribuição geográfica, habitats, dados fenológicos e sobre caracteres distintivos das espécies. Os dados de endemismo e a nova ocorrência destacam a importância de preservação dos ambientes encontrados na região do Pajeú, especialmente, das florestas serranas, bem como reforçam a necessidade de novos estudos taxonômicos na área.
