Endividamento das empresas listadas na B3 durante a crise da COVID-19

Abstract

Este trabalho teve como objetivo identificar se os níveis de endividamento das empresas brasileiras foram alterados durante a pandemia da covid-19 e se os setores foram impactados de forma diferente. Para isso, utilizou-se os dados contábeis para uma amostra composta por 322 empresas abertas não-financeiras listadas na B3 (Brasil, Bolsa, Balcão), classificadas em dez setores. Para realizar a análise comparativa considerouse os anos de 2018 e 2019 como pré-pandemia e os anos de 2020 e 2021 como durante a pandemia. Os indicadores de estrutura de capital utilizados foram o endividamento total, endividamento de curto prazo, endividamento de longo prazo e a variável de dependência financeira de capital próprio. Os resultados indicaram um aumento significativo no nível de endividamento total durante a crise da covid-19, sendo percebido um aumento ainda maior dos financiamentos de curto prazo do que de longo prazo. Quando considerados os impactos no endividamento por setores da economia, percebeu-se que a pandemia acarretou consequências e reações distintas a depender do tipo de atividade do setor.