Eficiência dos gastos públicos em saúde durante a pandemia da COVID-19: uma análise para os municípios pernambucanos

Abstract

Em março de 2020, a Organização Mundial de Saúde decretou pandemia mundial da COVID-19 e solicitou isolamento social para mitigar o contágio. Ainda assim, mais de 6 milhões de pessoas vieram a óbitos por consequência do coronavírus. Para além das vidas perdidas, o mundo enfrentou um perverso desequilíbrio econômico. No Brasil, essa instabilidade levou a um aumento no nível de desemprego, ao fechamento de empresas, entre outras repercussões. O Nordeste foi uma região bastante afetada pela pandemia em todos os aspectos, o estado de Pernambuco foi o 3º com mais casos de COVID-19 na região. Este cenário possibilitou o aumento da atenção para a administração pública, de modo a verificar-se a condução das atuações dos gestores. Desse modo, o presente trabalho se propôs a identificar quais gestões municipais do estado de Pernambuco obtiveram maior eficiência no gerenciamento de gastos com saúde, no período de março de 2020 a setembro de 2022, considerando os obstáculos causados pela pandemia. No que tange os aspectos metodológicos, deriva-se de uma pesquisa de caráter exploratório com abordagens quantitativas que possibilitaram a utilização do método DEA para obter os resultados necessário para análise de eficiência. Partindo de duas óticas, foi verificado os índices de eficiência dos municípios através do modelo de retornos constantes de escala (CCR) que indicou que seis municípios atingiram o escore de eficiência igual a um e o modelo retornos variáveis de escala (BCC) que apresentou nove dos 174 municípios analisados, foram considerados eficientes na utilização destas variáveis utilizadas e neste período de tempo.