TCC - Bacharelado em Ciências Sociais (Sede)
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Resultados da Pesquisa
Item A intolerância religiosa- seu conceito sociológico e as peculiaridades da sua pesquisa: uma análise do Relatório sobre a Intolerância e a Violência Religiosa no Brasil (RIVIR 2011- 2015), da Secretaria de Direitos Humanos da Presidência da República do Brasil(2024-03-07) Oliveira, Lenilda Dantas de; Barros, Marcos André de; http://lattes.cnpq.br/3743403239578149; http://lattes.cnpq.br/1605496732311372Este trabalho é uma análise do Relatório sobre Intolerância e a Violência Religiosa no Brasil – RIVIR, elaborado pela Secretaria de Direitos Humana da Presidência da República –SDH. O Relatório é resultado de uma pesquisa que reuniu dados de amplitude nacional no período de 2011 a 2015, a partir da coleta de dados obtidos através da Imprensa escrita, das Ouvidorias e de Processos Judiciais, na qual se identificou um aumento dos casos de intolerância religiosa. No período de cinco anos estudados ocorreu em média um caso de intolerância religiosa a cada dois dias, somando um total de 965 casos. A monografia realiza um Exercício de Crítica Metodológica em Ciências Sociais, apresentando um estudo do “Relatório sobre a Intolerância e a Violência religiosa no Brasil – 2011 a 2015” (RIVIR), considerando que este é resultado de uma pesquisa cujos aspectos estruturais, escolhas conceituais e metodológicas, e cujos reflexos sobre os resultados obtidos são identificados, apurados e criticados, permitindo assim uma “pesquisa sobre a pesquisa”. Como decorrência do esforço de análise foi possível e necessário problematizar o conceito de “Intolerância Religiosa” no contexto da sociologia; situar historicamente a intolerância religiosa no Brasil e através disso apresentar a importância do tema; reconstruir os resultados do RIVIR 2011-2015 e a metodologia da pesquisa na qual se baseou; e explicitar criticamente, ainda que modestamente, as virtudes metodológicas, os limites e as demandas por uma suplementação do RIVIR.Item O racismo no Brasil a partir de Manoel Bomfim e Lélia Gonzalez: parasitismo social e divisão racial e sexual do trabalho(2025-08-07) Silva, Guilherme Henrique da; Marçal Filho, José Carlos Gomes; http://lattes.cnpq.br/5449086191539864De forma hegemônica, o Pensamento Social Brasileiro do fim do século XIX e início do século XX foi condicionado pelas teses do evolucionismo, do positivismo e do darwinismo social, nos quais os povos se encontrariam em diferentes níveis de desenvolvimento e capacidade civilizatória, segundo os parâmetros eurocêntricos, determinando que a raça era a causa da miséria e não as condições históricas e sociais dos povos. Por meio da leitura das obras de Manoel Bomfim e Lélia Gonzalez, buscamos, como objetivo da pesquisa, compreender sociologicamente como as teses eurocêntricas operaram no Brasil para manter um neocolonialismo no Estado republicano brasileiro e a elaboração dos dois autores enquanto discursos afinados ao que seria a epistemologia pós-colonial do início do século XXI na América Latina. Por meio da metodologia da revisão bibliográfica das obras dos autores e seus leitores, realizamos uma leitura crítica da pertinência dos autores na compreensão do colonialismo e na produção de um contradiscurso epistêmico da reorganização do capitalismo como produtor de um neocolonialismo e do racismo no Brasil. Dessa forma, compreendemos e demonstramos como o racismo e o sexismo passaram a reproduzir as classes e distribuir os agentes, no qual as minorias raciais tornam-se parte da estrutura objetiva das relações ideológicas e políticas do sistema econômico capitalista. Através do assertivo de que a colonização fora um empreendimento expansionista do capitalismo, o neocolonialismo operado no Brasil se engendra como uma reorganização conservadora das relações sociais capitalistas, por meio do fenômeno do desenvolvimento desigual e combinado da divisão internacional do trabalho.Item Racismo ambiental no discurso sustentável: uma cartografia das injustiças socioambientais a partir do mapa nacional de conflitos(2022-05-26) Santana, Amanda Oliveira de; Mosquera, Óscar Emerson Zúñiga; http://lattes.cnpq.br/3935901322748978; http://lattes.cnpq.br/6100525706369431Esta monografia versa sobretudo acerca das contingências do discurso sustentável e da estreita relação com o racismo ambiental. A explanação conceitual está ancorada na perspectiva foucaultiana, que se debruça sobre os efeitos de poder e discurso na manutenção da vida humana, assim como no enfoque dado à necropolítica de Achille Mbembe, enquanto dinâmica de segregação e reprodução dos mundos de morte inclusive na perspectiva sustentável. O racismo ambiental se trata de uma dupla discriminação racial que expõe populações racializadas a algum tipo de vulnerabilização em decorrência da sua disposição ambiental e étnica, tal conclusão foi alcançada por Benjamim Chavis na década de 1980, quando comunidades negras e latinas da Carolina do Norte (EUA) eram escolhidas para o despejo de resíduos tóxicos. A fim de ilustrar essa exposição, o Mapa Nacional de Conflitos envolvendo injustiça ambiental fornece bases para uma análise cartográfica do discurso, onde a interação entre atividades geradoras de conflitos, as populações, os impactos socioambientais e os danos à saúde são considerados mediante os empreendimentos e valores de sustentabilidade. Assim, o trabalho coloca em evidência a invisibilização do tema racial nos discursos da sustentabilidade, o qual repercute na criação de políticas públicas, nas elaborações de soluções aos problemas ambientais e nas discussões acadêmicas de tipo epistemológicas.
