TCC - Licenciatura em Letras (Sede)
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Item Monteiro Lobato e José Lins do Rego: um diálogo possível na literatura infantil e juvenil brasileira(2019-12-10) Costa, Amanda Karoline Alves da; Almeida, Sherry Morgana Justino de; http://lattes.cnpq.br/5332850255576710; http://lattes.cnpq.br/9496121313393774A obra literária de Monteiro Lobato que toma como público as crianças constitui um marco importante na literatura infantojuvenil brasileira. O criador do Sítio do Pica-pau Amarelo tornou-se o escritor do porviroscópio, por sua visão de mundo voltada para o progresso e repleta de ideias arrojadas para o desenvolvimento socioeconômico do país. Lobato acreditava na influência da literatura na formação do homem, por isso dedicou-se a produzir para crianças, uma vez que as enxergava como edificadoras do futuro Brasil, desenvolvido social, econômica e culturalmente. Nacionalista crítico dedicou-se à pesquisa das raízes culturais brasileiras, erigindo no Sítio um imaginário ficcional cujas histórias são contadas com auxílio de várias personagens que integram o folclore nacional, tais como o saci e a cuca. Tal interesse pelo folclore brasileiro não foi prerrogativa de Monteiro Lobato. Outros escritores, nas primeiras décadas do século XX, hoje consagrados como clássicos, voltaram-se a escrever livros narrando histórias recolhidas da sabedoria popular. Neste artigo, iremos estabelecer uma relação entre as histórias contadas nos livros Histórias da Velha Totônia (1936), de José Lins do Rego, e Histórias de Tia Nastácia (1937), de Lobato. A narrativa oral de cunho folclórico é o pano de fundo das obras, que reúnem textos da tradição oral europeia, indígena e africana - bases em que se apoia o imaginário do folclore brasileiro. Através de uma comparação entre os recursos temático-estilísticos utilizados pelos autores, apontaremos para a existência de uma produção literária consistente para o público infantil que dialoga diretamente com o universo ficcional que, aos poucos, fomentou em Monteiro Lobato a criação do imaginário do Sítio, dando-lhe base para a escritura da obra literária infantojuvenil até hoje mais importante da literatura brasileira. Para tanto, embasamo-nos em estudiosos como Arroyo (2011), Benjamin (1994), Coelho (2010), Perrone-Moisés (2007), entre outros.Item A figura feminina nas crônicas de Rachel de Queiroz e Irene Lisboa(2019-12-09) Nascimento, Amanda Silva do; Bezerra, Antony Cardoso; http://lattes.cnpq.br/7274047087168768; http://lattes.cnpq.br/8776645321219612Analisa-se a figura feminina nas crônicas de Rachel de Queiroz e de Irene Lisboa, explorando como se configuram as personagens a partir das questões econômicas, da violência e da representação da mulher na literatura; bem como as personagens servem de instrumento para a denúncia de um contexto histórico e social português e brasileiro do século 20. Propõe-se encontrar as confluências e divergências da representatividade feminina existente na escrita das duas autoras. Utilizamos para o embasamento teórico conceitual do gênero literário Massaud Moisés (2007), Paula Lopes Cristina (2010), Davi Arrigucci (1987), Machado de Assis (1994) entre outros para identificar suas características ao longo das crônicas lidas e analisadas, a ideia que as escritoras possuem sobre a composição de crônicas (a partir de suas crônicas metalinguísticas). Na leitura dos textos, também inquirimos os processos de adjetivação com base em Murata (2008) para aprofundarmos nosso trabalho de análise das seis crônicas utilizadas, sendo três de cada cronista. Buscamos valorizar um gênero ainda pouco apreciado pela Academia, tal qual o feito literário de duas importantes escritoras para o campo literário. Como aporte teórico a respeito de Rachel de Queiroz utilizamos Hollanda (2005), Eduardo Assis (2005), Oliveira, Freire e Chaves (2012) e para Irene Lisboa nos valemos de Paula Morão (1983), Óscar Lopes (1994) entre outros. Essas cronistas muito contribuíram para o campo literário, mas ainda permanecem pouco pesquisadas e por merecerem total estima decidimos desenvolver esta pesquisa. Reconhecendo a importância dessas escritoras para a literatura de seus países e além deles.Item João e as imposições de gênero em como se estivéssemos em um palimpsesto de putas (2016), de Elvira Vigna(2019-01-30) Barreto, Jéssica Jordanny Rosa; Teixeira, Renata Pimentel; http://lattes.cnpq.br/1789141041884024; http://lattes.cnpq.br/1109264212618027O presente trabalho analisará o romance Como se estivéssemos em um palimpsesto de putas (2016) da escritora, ilustradora e jornalista carioca Elvira Vigna. Apesar de pouco explorada pela Academia, a obra de Elvira dialoga com questões contemporâneas, pintando um retrato fiel da nossa sociedade. Com uma narrativa de frases curtas e duras, a leitura dessa autora exige do leitor total entrega na busca do não dito nas entrelinhas. O romance trata do dia a dia de personagens banais, com foco em João, um executivo carioca que, apesar de casado, busca refúgio/companhia em garotas de programa, como reforço aos símbolos de masculinidade. Através dessa personagem, refletiremos sobre as imposições do gênero sobre o indivíduo, mas, para isso, traçaremos um breve panorama sobre os estudos de gênero a partir de Ciampa (1990), Butler (2003), Bouvoir (1970), Silva (2000), Louro (1997) e Strey (1998). Em seguida, apontaremos através da personagem em questão os postulados de Bourdieu (1998) sobre a dominação social masculina e a rotulação de indivíduos de acordo com sua genitália, associada diretamente ao gênero, segundo Oliveira (2004). Por fim, traçaremos uma breve reflexão sobre a necessidade de estudos de gênero que contemplem as questões em torno da masculinidade, assim como estudos mais amplos sobre a obra de Elvira Vigna.Item “Eis Que Vos Preveni”: ecos da bíblia judaico-cristã no romance Assunção De Salviano, de Antônio Callado(2019) Silva, Geovany Barnabé da; Bezerra, Antony Cardoso; http://lattes.cnpq.br/6960846544970318O gênero romance, sobretudo em suas expressões ocidentais, possui intrínseca relação com a herança cultural e o referente textual judaico-cristão, premissa conhecida e explorada, esteticamente, pelo ficcionista Antônio Callado. Em específico, neste artigo, analisa-se a relação estabelecida entre os elementos narrativos da Bíblia e o livro Assunção de Salviano (1954), primeiro romance do escritor. A trama desenvolve-se em torno dos constrangimentos entre a utopia política comunista e a doutrina religiosa católica, fatores que chegam a direcionar a própria leitura da obra. Encena-se, assim, um enredo apocalíptico que o conceito de figura ajuda a desvendar. Considerando-se a escassa apreciação acadêmica dedicada ao autor, visita-se a fortuna crítica acerca da produção calladiana, com o fito de mais bem entender o seu projeto literário, cabendo destaque a Marcos Martinelli (2006) e a Geam Karlo-Gomes (2013; 2017a; 2017b; 2017c; 2018). No que aos conceitos contemplados e aos instrumentais empregados na investigação diz respeito, recorre-se à contribuição de Erich Auerbach (1997; 1998), Northrop Frye (1973; 2004), Hayden White (1999), Mikhail Bakhtin (1990), György Lukács (2000), Yves Reuter (1996) e Jean-Michel Adam & Françoise Revaz (1997). Em todos os momentos, busca-se refletir sobre a inserção histórico-social do corpus e seu lugar na literatura brasileira.
