TCC - Licenciatura em Letras (Sede)

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    Carolina Maria de Jesus: fome, pobreza, política e racismo no livro "Quarto de Despejo"
    (2025-03-10) Silva, Paula Alícia Pereira da; Teixeira, Renata Pimentel; http://lattes.cnpq.br/1789141041884024
    Este estudo se dedica a destacar a importância, a representatividade e, ainda, discutir o esquecimento de Carolina Maria de Jesus no Brasil, tendo como foco sua obra Quarto de Despejo, publicada em 1960 e traduzida para diversos idiomas, e a refletir sobre a desvalorização da literatura feminina afro-brasileira. A partir de uma abordagem histórica e literária investiga-se o contexto da marginalização enfrentada por Carolina na favela do Canindé em São Paulo, onde trouxe à tona questões raciais, sociais, políticas e de classe que são o ponto principal da sua obra. Esta pesquisa discute os fatores que contribuíram para esse esquecimento, com destaque para o racismo estrutural e as limitações do sistema brasileiro. O estudo também destaca a importância do livro como um ato de resistência, dando voz a uma mulher subalternizada e rompendo com os padrões da literatura tradicional. Reflete – a partir de pensadoras como Adichie (2009); Lorde (1984); Martins (2007), entre outras/os - sobre a relevância contínua da obra no combate às desigualdades sociais e raciais no Brasil. Por meio desta análise, busca-se destacar a importância de Carolina Maria de Jesus na construção de uma literatura verdadeiramente plural e inclusiva no Brasil.
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    O mecanismo do "jeitinho brasileiro" na figura de Cassi Jones no romance Clara dos Anjos, de Lima Barreto
    (2025-03-10) Silva, Wharlley Dawsley Oliveira; Teixeira, Renata Pimentel; http://lattes.cnpq.br/1789141041884024; http://lattes.cnpq.br/9845192264495307
    Este trabalho busca entender a configuração do “jeitinho brasileiro” na figura da personagem Cassi Jones presente na obra Clara dos Anjos (1920) de Lima Barreto, com foco na parcialidade do uso desse mecanismo na sociedade brasileira e a desmistificação do racismo velado do próprio conceito e das virulências de discursos hegemônicos. Apoiado em estudos como Jessé Souza (2018) que nortearam essa discussão; além de eventual fortuna crítica sobre a obra de Lima sobre o entendimento do jeitinho como um aspecto repetido e enraizado no caráter nacional brasileiro, trabalharemos na análise e explicitação desse mecanismo e sua utilização no cotidiano brasileiro. Traçaremos como essa configuração social é utilizada entre todas as camadas sociais do país, como é aceito ou se torna uma virulência dependendo de quem utiliza, e como configura situações de poder, além de mecanismo dissonante perante a burocracia. Ademais, identificaremos certos tipos de jeitinho apoiados nos estudos antropológicos de Lívia Barbosa (2005), Roberto DaMatta (1997), entre outros, e qual seria o tipo e jeitinho da personagem Cassi Jones e outros personagens do escritor Lima Barreto. Além de mencionar também cânones literários amplamente discutidos que se associam com os estudos do jeitinho na literatura brasileira para buscar entender o surgimento da sua configuração no panorama literário, mas também como uma instituição intrínseca, mas forjada a ferro na sociedade brasileira.
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    A violência contra a mulher negra no conto “Maria”, de Conceição Evaristo
    (2021) Araujo, Riviane Gomes de; Paes, Iêdo de Oliveira; http://lattes.cnpq.br/3281218394136739; http://lattes.cnpq.br/9175332250049871
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    O papel da literatura na ressignificação e na reconstrução do “ser” negra
    (2021) Santos, Fabiola Cristina Fernandes dos; Paes, Iêdo de Oliveira; http://lattes.cnpq.br/3281218394136739; http://lattes.cnpq.br/9376251790781300
    Este ensaio procura refletir sobre o papel da literatura na ressignificação e na reconstrução da autoimagem da mulher negra, na reconstrução do “ser” negra no sentido mais existencial da palavra e construção de um lugar de fala das mulheres negras nas obras: Rosa Maria Rosa de Conceição Evaristo e Mulata exportação de Elisa Lucinda. Faz se necessário a quebra dos estereótipos pela literatura afro feminina brasileira contemporânea, pois existe um incômodo no que concerne a representação da figura da mulher negra, sempre muito estereotipada, e já evidenciamos a gênese da quebra desses estereótipos nessas duas obras dessas escritoras fantásticas. Antes as mulheres negras eram apenas objetos de contemplação e apreciação, sempre aparecendo nas obras literárias, até mesmo do cânone, de maneira estereotipada e até mesmo desumanizadas pelas sombras do patriarcado e do racismo. Com a ascensão de nomes como Conceição Evaristo e Elisa Lucinda percebemos uma apropriação de seu lugar de fala pela mulher negra, ela passa a representar-se na literatura, a quebrar estereótipos e a reconstruir-se enquanto mulher negra; passa a ecoar a sua voz pelo mundo, lançando seu olhar e percepção do mundo, e escancara seu desejo de quebrar estereótipos incrustados e a denunciar injustiças de forma poética, em escrevivências cheia de lirismo e desejo de reinventar-se.
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    Jeremias: o racismo estrutural na pele
    (2020) Melo, Rafael Felipe de; Teixeira, Renata Pimentel; http://lattes.cnpq.br/1789141041884024; http://lattes.cnpq.br/8597326012494932
    Este trabalho tem por objetivo compreender como o racismo estrutural é retratado na obra Jeremias Pele, uma história em quadrinhos ligada à série da Turma da Mônica, de Maurício de Sousa, e como, através da temática social abordada, a personagem ganha relevância. Dessa forma, buscamos realizar nossa análise a partir do aporte teórico-metodológico da teoria crítica pós-colonialista, na qual utilizamos Bonnici (2005), bem como recorremos aos estudos de Sílvio Almeida (2019) sobre racismo, em sua obra Racismo Estrutural, para problematizar questões ligadas ao enredo que tratam das questões raciais. Ainda recorremos a Antônio Luiz Cagnin (2015), Fábio Paiva (2016) e Waldomiro Vergueiro (2019) para abordarmos questões voltadas à linguagem semiótica e à trajetória do gênero história em quadrinhos. Com base em nossas análises, concluímos que a trajetória do personagem é permeada pelo racismo, o que lhe causou apagamento em relação ao cartel de personagens relevantes, muito embora tenha feito parte das primeiras criações do Maurício de Sousa, além de só chegar ao patamar de protagonista e com uma história relevante quando passa a ser escrito por artistas negros e traz à tona as discussões raciais, evidenciando o racismo estrutural que influencia diretamente o contexto cultural.