TCC - Licenciatura em Letras (Sede)
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Item Coletividade negra das mulheres no romance Niketche: uma história de poligamia, de Paulina Chiziane(2019-12-10) Borba, Luciana Rachel Leite; Almeida, Sherry Morgana Justino de; http://lattes.cnpq.br/5332850255576710Este trabalho mostra o universo ficcional no qual vive Rami, no romance Niketche: uma história de poligamia, de Paulina Chiziane (2002). Esta personagem questiona a falta que sente do marido, Tony, que para resolver as “coisas de homem” se evade do lar. Diante disso, Rami parte em busca de respostas para sua solidão. Ela começa uma jornada, levantando questionamentos sobre sua existência, sobre a condição da mulher dentro da sociedade em que vive ao descobrir semelhanças de vida entre ela e as amantes de seu marido. Nessas mulheres, Rami passa a enxergar a possibilidade de unir vozes femininas, deixando de lado o comportamento de rivalidade que a sociedade impõe às mulheres. As vozes dessas mulheres traídas, em uníssono, despertam nela e nas outras esposas de seu marido um sentimento de desobediência à cultura machista que vigora nessa narrativa. Ao se unirem, praticam a sororidade – aspecto relevante no movimento feminista. Mesmo que Chiziane não se considere parte desse movimento, sua obra fala por ela e por outras mulheres sobre temas que integram a pauta feminista. Para embasamento, foram utilizadas ideias do ativismo feminista negro norte americano com Bell Hooks (1981), estudos de Florentina Souza e Silva (2006) sobre a perspectiva do corpo negro marginalizado, Ana Cláudia Lemos Pacheco (2013) sobre a solidão da mulher negra, e em Octavio Paz (1984) também com as questões de solidão, e do papel construído para a mulher na sociedade. Jacimara Souza Santana (2009) que trata sobre o lobolo (casamento) em Moçambique também fará parte deste ensaio.Item Lima Barreto e Caio Prado Junior: olhares da ficção e da história sobre a sociedade brasileira(2021) Silva Neto, Mirko da; Bezerra, Antony Cardoso; http://lattes.cnpq.br/7274047087168768; http://lattes.cnpq.br/9357090702023832O presente artigo tem por objetivo analisar aspectos coincidentes entre as obras de Caio Prado Junior, Formação do Brasil Contemporâneo, e o Triste Fim de Policarpo Quaresma, de Lima Barreto. O livro de Caio Prado Junior escrito em 1942 faz um retrospecto do Brasil Colonial, analisando questões econômicas, políticas e sociais que envolveram o país desde sua formação, atendendo-se ao caráter histórico deste artigo. Por outro lado, tem-se a percepção da obra ficcional de Lima Barreto, Triste Fim de Policarpo Quaresma, escrito em 1911, alguns anos após a Proclamação da República. Com base nessas obras, uma de cunho literário, outra de cunho histórico, pretende-se indicar suas coincidências factuais. Tem-se, por exemplo, o ineficiente aparato judicial brasileiro retratado por Caio Prado como uma justiça cara e morosa; e a péssima prestação jurisdicional ficcionalizada por Lima Barreto. A excessiva burocracia da administração pública destacados por um e por outro, como também aspectos sociais de nosso povo. Sobreleva-se a questão moral do indivíduo, que em seu cerne pouco contribuiu para a formação de pátria livre e transcende-se no tempo.
