TCC - Licenciatura em Letras (Sede)

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    O narrador em Memórias póstumas de Brás Cubas: um olhar crítico sobre o racismo no Brasil do século XIX
    (2023-04-11) Aquino, Jhonata Roberto de; Pereira, João Batista; http://lattes.cnpq.br/5017161166804446; http://lattes.cnpq.br/5632287885985853
    Este trabalho buscou analisar como o narrador evoca o racismo estrutural em Memórias póstumas de Brás Cubas, de Machado de Assis. As bases teóricas de Walter Benjamin (1985), Carlos Reis (2013) e Norman Friedman (2002) ajudaram a contextualizar a configuração desse elemento narrativo no âmbito da estética. No romance, o narrador descreve os personagens pretos de forma discriminatória, devido às condições subalternas que ocupam na sociedade, demonizando, animalizando e objetificando seus comportamentos e corpos. Ao colocar em evidência essa visão de mundo, o romance desvela a face grotesca e preconceituosa de um estrato social privilegiado, e, ao mesmo tempo, por meio da sátira e da ironia, convida o leitor a refletir sobre como essa mentalidade ecoa no Brasil na atualidade.
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    Histórias de tia Nastácia, de Monteiro Lobato: reflexões sobre as formas simples e o ato de narrar
    (2021) Gomes, Carla Beatriz Pereira; Pereira, João Batista; http://lattes.cnpq.br/5017161166804446; http://lattes.cnpq.br/4144016518273011
    Este trabalho buscou analisar contos do livro Histórias de tia Nastácia, de Monteiro Lobato, identificando aspectos sociais e morais presentes na obra e observando suas estruturas formais e narrativas. A reflexão empreendida nos relatos foi fundamentada teoricamente pelo que propõe Andre Jolles, ao estabelecer um percurso histórico e estético sobre as formas simples, e, Walter Benjamin, ao reconhecer a trajetória e a relevância do ato de narrar para a formação humana. Como conclusão, sugere-se que as formas simples perduram como importante expressão simbólica nas sociedades, relativizando a afirmação benjaminiana, que percebe o ato de narrar em extinção no mundo moderno. A esse propósito, constata-se na obra lobatiana um consistente resgate dos fundamentos da oralidade como subsídio para sua produção literária.
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    A mimese do Eu e do Outro: a mulher e a maternidade em A filha perdida, de Elena Ferrante
    (2019-12-09) Ferraz, Málini de Figueiredo; Pereira, João Batista; http://lattes.cnpq.br/5017161166804446; http://lattes.cnpq.br/9696347205035449
    Com o propósito de discutir a representação da maternidade em A filha perdida, de Elena Ferrante, esse trabalho adotou os elementos narrativos como categorias de análise, a partir dos quais buscou-se identificar a configuração dos espaços ocupados pela mulher na sociedade. Esse enfoque foi norteado pela abordagem dialética e por pressupostos estabelecidos por Carlos Reis (2003), que compreende a narratologia a partir da exteriorização, tendência objetiva e sucessividade, e dos seus níveis de inserção: ação, enredo, tempo, espaço, ação, narrador e personagem. Com vistas a refletir sobre os contornos assumidos pela protagonista no romance, a leitura de Beth Brait (1985) e Antonio Candido (2004) contribuiu para entender o tema da maternidade que centraliza o enredo. O desenvolvimento desta temática foi fundamentado nas obras de Simone de Beauvoir (1970), para distinguir o ser mulher do ser mãe, e, de Elisabeth Badinter (1985), que problematiza o ideal do instinto e amor materno como traço intrínseco da subjetividade feminina. Sob essas óticas, a maternidade é assimilada como uma construção social, na qual a mulher é influenciada a exercer o papel de mãe, condição que resulta na perda da identidade, na submissão e na opressão.
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    A colheita do imaginário: uma análise dos símbolos viagem e casa na narrativa de Nélida Piñon
    (2019-07-11) Almeida, Marina Maimone de; Almeida, Sherry Morgana Justino de; http://lattes.cnpq.br/5332850255576710; http://lattes.cnpq.br/4456605146450370
    Este artigo apresenta um estudo da obra de Nélida Piñon (1973) a partir da discussão acerca do paradigma humano da finitude. A certeza do fim leva o ser a lidar com a morte de diferentes maneiras, seja pela sua aceitação seja pela sua negação, o homem encara essa realidade por meio do universo simbólico. Tomando como base essa temática, o presente estudo se propõe a analisar os símbolos viagem e casa presentes no conto “Colheita”, da obra Sala de Armas, de 1973, da escritora Nélida Piñon. À luz dos estudos de Durand (2002) sobre os Regimes Diurno e Noturno das imagens, de Bachelard (1993) a respeito do símbolo casa e sua divisão estrutural simbólica porão, térreo e sótão, e da consulta aos dicionários de símbolos de Chevalier (1986) e de Cirlot (1992), pretende-se tratar das diferentes posturas do ser humano diante da certeza do fim.
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    “Eis Que Vos Preveni”: ecos da bíblia judaico-cristã no romance Assunção De Salviano, de Antônio Callado
    (2019) Silva, Geovany Barnabé da; Bezerra, Antony Cardoso; http://lattes.cnpq.br/6960846544970318
    O gênero romance, sobretudo em suas expressões ocidentais, possui intrínseca relação com a herança cultural e o referente textual judaico-cristão, premissa conhecida e explorada, esteticamente, pelo ficcionista Antônio Callado. Em específico, neste artigo, analisa-se a relação estabelecida entre os elementos narrativos da Bíblia e o livro Assunção de Salviano (1954), primeiro romance do escritor. A trama desenvolve-se em torno dos constrangimentos entre a utopia política comunista e a doutrina religiosa católica, fatores que chegam a direcionar a própria leitura da obra. Encena-se, assim, um enredo apocalíptico que o conceito de figura ajuda a desvendar. Considerando-se a escassa apreciação acadêmica dedicada ao autor, visita-se a fortuna crítica acerca da produção calladiana, com o fito de mais bem entender o seu projeto literário, cabendo destaque a Marcos Martinelli (2006) e a Geam Karlo-Gomes (2013; 2017a; 2017b; 2017c; 2018). No que aos conceitos contemplados e aos instrumentais empregados na investigação diz respeito, recorre-se à contribuição de Erich Auerbach (1997; 1998), Northrop Frye (1973; 2004), Hayden White (1999), Mikhail Bakhtin (1990), György Lukács (2000), Yves Reuter (1996) e Jean-Michel Adam & Françoise Revaz (1997). Em todos os momentos, busca-se refletir sobre a inserção histórico-social do corpus e seu lugar na literatura brasileira.
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    A representação da cidade de Porto Alegre nas obras Clarissa e Olhai Os Lirios Do Campo, de Erico Verissimo
    (2019-07-10) Oliveira, Raiana Barboza de; Silva, Patrícia Soares; http://lattes.cnpq.br/3338975211491767; http://lattes.cnpq.br/5335973872918316
    Este trabalho tem, como objetivo, o estudo da representação da cidade de Porto Alegre nos romances Clarissa (1933) e Olhai os lírios do campo (1938), de Erico Verissimo. Nele, apresentamos uma análise baseada em dois elementos da narrativa, o espaço e a personagem, destacando como o primeiro deles influencia na formação da identidade das personagens Clarissa e Eugênio. Também abordamos o processo de modernização da cidade de Porto Alegre, na década de 1930, presente nas duas obras.
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    A narrativa como elemento de estruturação do quadrinho Daytripper, de Moon e Bá
    (2019-01-30) Santos, Pamella Silva Soares dos; Silva, Patrícia Soares; http://lattes.cnpq.br/3338975211491767; http://lattes.cnpq.br/9632317712851988
    Durante muito tempo, as histórias em quadrinhos foram consideradas leituras superficiais, ou até mesmo infantis, para apreciação em casa e na sala de aula. O objetivo deste trabalho é desenvolver as teorias de narratologia de Mieke Bal (1990), aliadas aos conceitos de estrutura e relação de texto e imagem de Cagnin (2013), Groesteen (2015) e Eisner (2012), para elucidar as complexidades envolvendo o gênero. Os conceitos serão utilizados para a compreensão da graphic novel Daytripper (2010), de Fabio Moon e Gabriel Bá, que dispõe de uma estrutura narrativa inovadora e exemplifica as concepções apresentadas, quebrando com os estigmas e preconceitos do gênero. Espera-se que o entendimento das ideias apresentadas, evidencie a importância do gênero na escola e na elaboração de pesquisas, principalmente na área de literatura e língua portuguesa.
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    Especulações acerca do ser em A Paixão Segundo G.H.: encontro e dissolução
    (2019-01-30) Galindo, Yasmin Maria Macedo Torres; Teixeira, Renata Pimentel; http://lattes.cnpq.br/1789141041884024; http://lattes.cnpq.br/8975120054403099
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    Os espaços da cidade no romance O Rabo da Serpente, de Leonardo Padura
    (2018-08-08) Santos, Viviane Silva; Bezerra, Antony Cardoso; http://lattes.cnpq.br/7274047087168768; http://lattes.cnpq.br/2779773908445712
    Desde o seu princípio, com as narrativas de Edgar Allan Poe e de escritores sucedâneos, o gênero literário policial apresenta as relações entre personagens e as cidades nas quais elas vivem. O ambiente faz emergirem a essência do ser ficcional e a dicotomia entre o bem e o mal; esta, tão característica do gênero e que pode espelhar uma macroestrutura. As cidades acabam por revelar, no que diz respeito às personagens, tanto a ordem dos pensamentos quanto as atitudes que tomam ao longo da narrativa. A partir do exposto, analisa-se o romance O Rabo da Serpente, do escritor cubano Leonardo Padura. Consideram-se, na investigação, a relação da obra com o gênero policial, a representação do espaço em que se desenvolve a fábula — a cidade de Havana —, assim como a divisão do espaço com o “estrangeiro” (no caso, a comunidade chinesa residente na capital cubana). Tais fatores são empregados pelo autor para a construção do perfil das personagens e para a recuperação de momentos do passado.
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    Obstinação, memória e escrevi(sentir)vência em A Mulher de Pés Descalços, de Scholastique Mukasonga
    (2018-08-07) Epaminondas, Paulo Fernando Medeiros; Teixeira, Renata Pimentel; http://lattes.cnpq.br/1789141041884024; http://lattes.cnpq.br/7448147847577762
    Este ensaio tem como objetivo analisar no romance A Mulher de Pés Descalços (2017), relato biográfico sobre Stefania, mãe de Scholastique Mukasonga, autora da obra; as categorias obstinação, memória e escrevi(sentir)vência, a partir da voz autoral de Stefania. O suporte teórico do ensaio parte do conceito de escrevivência evaristiano (1996) para analisar a voz autoral de Stefania enquanto uma escrita-vivênciasentida, em categorias que permeiam o romance do início ao fim. Também apoiam teoricamente o ensaio as concepções de Adichie (2009) sobre o perigo de reproduzirmos histórias únicas ou a importância de rompermos com paradigmas impostos sem reflexão (2012); os estudos sobre lugar de fala de Ribeiro (2017); as discussões sobre o falar subalterno de Spivak (2010); o debate sobre as condições sociais da mulher e sua influência na produção literária feminina de Woolf (1928) e o entendimento sobre o pacto autobiográfico de Lejeune (2008), dentre outros autores que se relacionam teoricamente ao desenvolvimento temático do ensaio. A metodologia do ensaio consistiu numa revisão bibliográfica, com embasamento no método dialético de pesquisa e em sua lei fundamental da ação recíproca, de Lakatos e Marconi (2003). Com a iniciativa do ensaio, considera-se que a leitura pode se tornar humanizadora, haja vista a perspectiva da literatura enquanto um direito humano, conforme defende Candido (2014), principalmente quando a escolha de quem escreve e a permissão de quem lê se encontram; e ainda que, entre descobertas e identificação, como realidades, as vozes femininas negras solicitam reconhecimento: é necessário combater o silenciamento vivenciado pela literatura feminina negra nos dias atuais e este trabalho busca contribuir para ecoar isso. Tempo de ainda perseverar, conhecer, reverberar, libertar.